A PERSEVERANÇA É O PREÇO DA VITÓRIA.
Como vimos no post anterior, o WinME
(de Millennium Edition) foi lançado a toque de caixa porque o WinXP ainda não estava maduro e a Microsoft queria aproveitar o apelo mercadológico
da virada do milênio. Mas o tiro saiu pela culatra: essa encarnação de seu festejado sistema foi um fiasco retumbante, tanto de crítica quando de
público (a exemplo do que ocorreria mais adiante com o Vista
e os 8/8.1).
Embora não tenha correspondido às expectativas da empresa de Redmond, a nova versão inaugurou a Restauração do Sistema, que permite reverter o computador a um “ponto” criado quando tudo vai bem, evitando, assim, reinstalar o sistema do zero se um malware, uma atualização de driver malsucedida ou um aplicativo malcomportado, por exemplo, comprometer a estabilidade do sistema.
Observação: No Win98SE, essa "viagem no tempo" podia ser feita com o Scanreg, mas era preciso recorrer ao prompt de comando e escolher, por tentativa e erro, a partir de uma lista de backups do registro, a cópia capaz de recolocar o bonde nos trilhos. Para usuários iniciantes e medianos, a interface gráfica é muito mais amigável, daí a Restauração do Sistema ter sido mantida nas encarnações posteriores do Windows. Quando ativado, o recurso cria “pontos” (backups das configurações do Registro e de outros arquivos essenciais ao funcionamento do computador) que funcionam como um salva-vidas inflável em situações de naufrágio. O problema é que salva-vidas podem estar furados.
Travamentos, telas azuis, reinicializações aleatórias e assemelhados são menos frequentes atualmente do que nas versões vetustas do Windows, mas isso não significa que não ocorram. A boa notícia é que tudo é reversível no âmbito do software, ainda que isso exija reinstalar o sistema do zero. Mas não se deve chutar o pau da barraca sem antes tentar soluções “menos invasivas”.
Malwares (vírus, trojans e afins) podem causar lentidão ou comprometer a estabilidade do computador, embora o objetivo primário dessas pragas seja atualmente roubar dados pessoais/confidenciais das vítimas. Caso sua suíte de segurança não aponte nenhuma ocorrência suspeita, colha uma segunda opinião (ou terceira, ou quarta) de antimalwares baseados na Web — como HouseCall, ActiveScan, Kaspersky, F-Secure, Bitdefender ou Microsoft Safety Scanner, entre outros —, lembrando que o uso dessas ferramentas não o desobriga de manter uma suíte de segurança instalada no computador.
Se as varreduras não encontrarem nada suspeito, puxe pela memória: o problema começou depois que você atualizou o Windows ou um driver de dispositivo? Ou depois de que um aplicativo qualquer foi adicionado ao computador? Caso não seja essa a causa, execute o Windows PowerShell como administrador, digite sfc
/scannow e tecle Enter para dar início à verificação
e correção de arquivos corrompidos do sistema (não se esqueça de dar um espaço
entre sfc e scannow).
O problema terá sido resolvido
se, ao final da verificação, uma mensagem der conta de que arquivos corrompidos foram encontrados e
reparados com êxito. Caso contrário, digite Dism / Online / Cleanup-Image / RestoreHealth e tecle Enter. O processo
pode demorar um bocado e não é incomum a barra de progressão empacar
em 20%, mas eu recomendo não interrompê-lo.
Se nem assim o problema for resolvido, torne a executar
o DISM usando o comando Dism /Online /Cleanup-Image
/RestoreHealth /Source:wim:X:\sources\install.wim:1 (substitua o X pela
letra referente à partição que contém os arquivos de instalação do Windows).
Ao final, execute novamente o comando sfc /scannow e torça
para que dessa vez a mensagem dê conta de que está tudo OK.
Continua...