VISÃO SEM AÇÃO NÃO PASSA DE SONHO; AÇÃO SEM VISÃO É SÓ PASSATEMPO; VISÃO COM AÇÃO PODE MUDAR O MUNDO.
Para concluir esta sequência, resta dizer que usar um VPN
em computadores de mesa ou portáteis (Windows ou Mac), smartphones
e tablets (Android ou iOS) e roteadores (Linux)
é muito simples. Na maioria dos casos, basta instalar o software e seguir as
instruções — que podem ser extremamente detalhadas, embora tudo que você precise
fazer após instalar o aplicativo seja digitar seu nome de usuário e senha e
selecionar um servidor.
Há quem relute em usar VPNs por achar que elas
degradam (ainda mais) a velocidade de uma conexão chinfrim. É fato que uma
pequena desaceleração pode ocorrer, mas ela costuma ser quase imperceptível para
quem dispõe de um aparelho de configuração de hardware aceitável e utiliza um
serviço de boa qualidade. A lentidão, quando ocorre, se deve principalmente à
criptografia dos dados, que exige muito do processador. Por óbvio, quanto maior
for a frequência de operação da CPU, mais rápida será a criptografia e
menor o impacto na velocidade de conexão.
A despeito de parecer contraditório, a VPN acarretar
efeitos benéficos a uma conexão varia
muito, mas desde que o usuário escolha um serviço de primeira linha, que conte
com redes bem estruturadas e provedores de largura de banda de qualidade
superior. Ainda assim, é preciso levar em conta que a redução da velocidade será
tanto maior quanto mais distante estiver o servidor ao qual você se conectar. Vale
destacar também, por oportuno, que usar uma VPN no celular não impede os
aplicativos aos quais você concedeu permissões de acesso invasivas de coletar e
enviar dados aos respectivos desenvolvedores.
Existe uma miríade de VPN disponíveis, tanto pagas
quanto gratuitas. Muitas são fornecidas por empresas de segurança digital —
como F-Secure, Kaspersky, Avira etc. Se você fizer uma
busca no Google por “ofertas de VPN”, não só encontrará dúzias de opções
como também passará a ser bombardeado por outras tantas toda vez que abrir seu
navegador. No entanto, tenha em mente que serviços gratuitos de VPN
estabelecem limites de dados pra lá de miseráveis, já que se destinam a
estimular o usuário a migrar para um plano pago. Alguns deles podem inclusive
esconder armadilhas: o portal TheBestVPN, que reúne reviews de
usuários, testou centenas de serviços de VPNs e constatou que boa parte deles não
cumpria o que prometia em suas políticas de privacidade — caso do PureVPN, HideMyAss, HotSpot
Shield, VPN Unlimited e VyprVPN (clique aqui para
acessar a lista completa).
Nem tudo que é caro é melhor, mas o que é melhor geralmente
custar mais caro. No geral, quando mais caro for o plano que você contratar,
melhor será o serviço prestado. Algumas VPNs têm interfaces tão ruins
que é quase impossível as utilizar — portanto, não contrate um plano de três
anos de olho no desconto sem antes ter certeza de que o serviço é adequado a
seu perfil de usuário. Lembre-se de que, quanto mais locais de servidor o
provedor tiver, mais opções você terá e maior será a probabilidade de sua
conexão ser rápida e estável. E se sua intenção for contornar restrições
geográficas — para acessar o conteúdo da Netflix dos EUA, por exemplo —,
de nada adianta você economizar alguns trocados contratando um provedor de VPN
que não disponha de servidores nos EUA ou não lhe ofereça a possibilidade de
escolher a localização dos servidores. Demais disso, se sua preocupação é com segurança,
vale a pena investir um pouco mais num serviço que não grave logs de
navegação dos usuários. Provedores de VPN que mantêm registros podem
se transformar facilmente em bombas de efeito retardado.
Conclui no próximo capítulo.