No alvorecer da computação pessoal, os computadores não tinham disco rígido nem sistema operacional. Tampouco havia interface gráfica ou mouse. Operar os PCs de então exigia conhecimentos de programação, expertise e capacidade de memorização (para decorar centenas de comandos de prompt e digitá-los corretamente, já que qualquer letra, cifra, espaço ou caractere a mais ou a menos resultava em mensagens de erro). Mas não há nada como o tempo para passar.
A GUI — sigla de Graphical User Interface, ou interface gráfica do usuário —, foi desenvolvida pela Xerox nos anos 1970 e adotada pela Apple na década de 80. O mouse surgiu nos anos 1960 (e ganhou esse “apelido” porque alguém achou o cabo que conectava o dispositivo ao computador parecido com o rabo de um camundongo), mas veio a ter utilidade prática com o advento das interfaces gráficas em sistemas e programas.
Atualmente, qualquer smartphone de entrada de linha tem mais poder de processamento do que o do pool de mainframes que a NASA usou durante o projeto Apollo. No entanto, a despeito de toda essa evolução, os principais dispositivos de entrada de dados continuam sendo o teclado e o mouse — ainda que seja possível operar o computador por voz e smartphones e tablets dispensam mouse e teclado físico (o dedo do usuário emula as funções do dispositivo apontador e a tela sensível ao toque tornou o teclado virtual padrão de mercado).
O mouse foi aprimorado ao longo dos anos, mas o modelo convencional continua mantendo as características básicas do SleekMouse (criado pela IBM), ainda os dispositivos “de esfera” foram substituídos pelos ópticos — que "fotografam" a área de varredura milhares de vezes por segundo, transportando os movimentos para a tela de forma mais precisa do que a bolinha de borracha, e proporcionando uma experiência mais confortável, tanto em games quanto em aplicações convencionais.
Vale lembrar que quase tudo o que fazemos com o mouse também pode ser feito a partir de atalhos de teclado, mas isso é assunto para uma próxima postagem.
Continua...