sexta-feira, 20 de maio de 2022

SMARTPHONE — COMO CHECAR O ESTADO DA BATERIA?

QUEM SABE FAZ, QUEM NÃO SABE ENSINA.

Nos iPhones e iPads, o sistema operacional da Apple permite verificar facilmente o estado da bateria. Como o Android não oferece esse recurso, alguns fabricantes de smartphones preenchem  a lacuna integrando em seus produtos (ou oferecendo em suas lojas virtuais) apps destinados a executar uma checagem completa do aparelho.


A Samsung oferece uma opção no menu Configurações que apresenta um diagnóstico detalhado sobre bateria, rede, Wi-Fi, câmera etc. Abrindo as configurações, tocando em Bateria e Cuidados com o Dispositivo e em Diagnóstico, você comanda uma varredura completa; tocando em Bateria, a verificação se limita à integridade desse dispositivo. Nos aparelhos da Motorola, basta acessar as Configurações e tocar em Bateria para obter informações sobre o consumo de aplicativos específicos, saber quando se passou desde a última recarga e ter uma estimativa da autonomia restante. 


Aplicativos de terceiros, como o Cacheify Diagnostics e o AccuBattery), oferecem informações detalhadas sobre as condições da bateria e o consumo de energia, mas você pode checar várias funções de smartphones Android — entre as quais o estado da bateria — digitando o código *#*#4636#*#* (para aparelhos da marca Xiaomi o código é *#*#6485#*#*). Uma vez inserido o código, selecione “Informações da bateria” na lista de opções e confira no item “Integridade da bateria” (“Bom" ou “Perfeito” indicam que o componente está funcionando com deveria). 


Observação: Essa dica pode não funcionar em todas as marcas/modelos de celular e também depende da versão do Android. O código não funcionou no meu Samsung A20 e no Moto G60 o item "Informações da Bateria" não foi exibido na lista. Ambos os aparelhos utilizam a versão 11 do Android (Red Velvet Cake).


A vida útil das baterias de lítio é limitada a algo entre 300 e 600 ciclos. Cada ciclo corresponde a uma descarga completa seguida de uma recarga completa. O tempo e o uso do aparelho promovem um desgaste irreversível, mas que o usuário pode retardar adotando alguns cuidados simples, como não expor o aparelho a calor excessivo e a condições ambientais adversas, evitando que a bateria fique totalmente sem carga e que seja totalmente carregada (esse componente opera melhor com 40% ~ 80% de carga). Aparelhos modernos contam com um circuito de proteção que evita sobrecargas, mas isso pode não funcionar com carregadores xing-ling, como os que você encontra nos "melhores camelódromos do ramo".

 

ObservaçãoAtivar “modo avião” acelera o processo de recarga, mas é melhor desligar o aparelho, já que reiniciá-lo de tempos em tempos evita estresse, lentidão e travamentos etc., de modo que assim você mata dois coelhos com uma cajadada só. 

 

No âmbito automotiva, a palavra “autonomia” (do grego "αὐτονομία) designa a distância que um veículo é capaz de recorrer com um tanque de combustível. No celular a ideia é basicamente a mesma, mas a variável é o tempo durante o qual o aparelho funciona sem que a bateria precise ser recarregada


No caso do veículo, a autonomia depende do coeficiente aerodinâmico, tipo e qualidade do combustível, pressão dos pneus, temperatura ambiente, altitude, condições do trânsito (urbano e/ou rodoviário) e — a cereja do bolo — a maneira como o motorista se comporta ao volante. Segundo a revista Quatro Rodasreduzir o tempo de viagem em 33% pode significar um aumento de 103% no gasto com combustívelNo caso do smartphone, a autonomia é diretamente proporcional à amperagem da bateria, mas o consumo energético depende dos componentes que integram o aparelho, das configurações do sistema, da quantidade de aplicativos, da frequência com que eles são utilizados e de vários outros fatores, com destaque para o perfil do usuário 


Tanto o manual do veículo quando o do telefone trazem estimativas das respectivas autonomias, mas as medições são feitas em "condições ideais" — que na verdade são "condições irreais", já que não refletem o uso do produto no dia a dia. No caso do celular, dividir a amperagem (que é quantifica a capacidade da bateria de fornecer energia) pelo consumo "dá uma ideia da autonomia", mas não leva em conta o famigerado perfil do usuário. 


Cada miliampere/hora (mAh) equivale a 3,6 coulombs (C) — que é a quantidade de carga elétrica transferida por uma corrente estável de um milésimo de ampère durante uma hora. Quando maior for a amperagem, maior será a autonomia — não confundir com a "potência" da bateria, que é expressa em joule (J) ou watt/hora (Wh—, lembrando que a maneira como o aparelho é utilizado faz toda a diferença. 

 

Observaçãosoftware também desempenha um papel fundamental no consumo energético. Não há bateria que dure 24 horas quando a conexão móvel com a Internet, o Wi-Fi, o Bluetooth e o GPS estão habilitados e o YouTube, o WhatsApp, o Facebook e o Instagram são acessados o tempo todo.

 

Gerenciadores de energia para smartphone — Android ou iOS — existem ao montes. Nem todos cumprem o que prometem, mas, como qualquer outro aplicativo, todos contribuem para drenar a bateria.  Atualmente, a maioria dos smartphones suporta o “carregamento rápido”, que repõe 80% da carga a toque de caixa e completa o processo em “carga lenta”. A fabricante chinesa Xiaomi apresentou recentemente duas novas tecnologias de recarga sob a marca HyperCharge; na versão com fio, de 200W, a bateria vai de 0% a 100% em 8 minutos.