segunda-feira, 30 de maio de 2022

SOBRE A CORRIDA PRESIDENCIAL E AS MAZELAS TUPINIQUINS

 

 

Costuma-se dizer que sempre temos opções, mas que opção nos restou em 2018, depois que os eleitores escalaram para o segundo turno um patético bonifrate de presidiário e um dublê de mau militar e parlamentar medíocre? Também se costuma dizer que quem não aprende com os erros do passado está fadado a repeti-los. Prova disso é que, faltando menos de cinco meses para as eleições, Lula e Bolsonaro encabeçam as pesquisas de intenções de voto.

O pajé do PT tornou-se uma caricatura de si mesmo, uma foto amarelada que, por alguma razão, continua pendurada na parede do partido. O hoje candidato a vice na chapa do petista disse em 2017 — quando ainda tinha algum juízo — que eleger Lula seria reconduzir o criminoso à cena do crime. Agora, torna-se cúmplice do criminoso e quer voltar junto com ele à cena do crime.

Aliar-se ao arquirrival é a única maneira de Alckmin alcançar a Presidência, mesmo que interinamente — embora não se descarte a possibilidade de Belzebu convocar o molusco, em algum momento do eventual terceiro mandato, para despachar presencialmente no quinto dos infernos.

O picolé de chuchu sabe que a roubalheira ocorrida durante os governos petistas não deixou de existir porque uma epifania revelou ao ministro Fachin que Lula não deveria ter sido julgado em Curitiba. Sabe também que seu mais novo amigo de infância não foi absolvido de coisa nenhuma, que foi solto e transformado em “ex-corrupto” por um embuste mefistofélico do STF

A questão que se coloca é: se nada mudou e se Lula não mudou em nada, ou Alckmin é favor ou é contra Lula. E ser contra o cabeça da chapa é patentemente absurdo — ninguém se candidata a vice para, depois de eleito, fazer oposição ao presidente. Então tem de ser a favor, pois não existe meio termo.

Não passa de falácia essa conversa de que Alckmin vai “segurar” Lula no futuro governo. Não vai segurar nada. Vai ter de aceitar, entre outras coisas, a volta do MST e das invasões de terra garantidas pelo PT, o comando dos empreiteiros de obras e a devolução da Petrobras aos ladrões. Vai ter de assistir calado ao roubo permanente na Caixa e no Banco do Brasil, dizer que está tudo certo com a Venezuela e que o único problema em Cuba é haver “democracia demais”.

Não existe chapa “moderada” com Lula e o PT. Esse binômio jamais aceitaria o “equilíbrio” com que sonham os analistas políticos. O pontífice da Petelândia e seus asseclas podem até dar uns empreguinhos e outras esmolas para o vice e seus apaniguados, mas jamais deixarão de fazer absolutamente nada daquilo que querem, nem se preocuparem com o que Alckmin acha ou deixa de achar. O que eles estão querendo vender para o eleitor é uma impostura, nada além disso.

Triste Brasil.