quinta-feira, 23 de junho de 2022

Windows x macOS x Linux (Parte III)

PARA MUITOS, A MENTIRA É TÃO INVOLUNTÁRIA QUANTO O ATO DE RESPIRAR.

Bill Gates e Paul Allen fundaram a Microsoft em abril de 1975 e lançaram a primeira versão do Windows dez anos depois. Steve Jobs, Steve Wozniak (e o menos conhecido Ronald Wayne) fundaram a Apple e lançaram seu primeiro computador em abril de 1976.

O Apple I era uma placa-mãe com cerca de 60 chips, que vendeu cerca de 200 unidades (a US$ 666 cada). Um ano depois, o Apple II se saiu melhor, talvez por ter sido o primeiro computador da história a exibir imagens em cores, daí o logo da maçã ser colorido (detalhe da mordida foi acrescentado para evitar que a fruta fosse confundida com uma cereja ou um tomate).
 
A primeira logomarca da Apple exibia Isaac Newton sentado sob uma macieira (em preto e branco), mas não agradou a Jobs, que havia escolhido o nome da companhia depois de visitar uma fazenda comunitária de maçãs (vale lembrar a Califórnia dos anos 1970 era o epicentro do movimento hippie). 

A maçã colorida, criada por Rob Janoff, reinou até 1998, quando então uma versão monocromática passou a figurar em algumas embalagens de produtos. Uma edição translúcida também foi projetada para aludir ao design dos iMac e iBook G3, mas deixou de ser usada em 2000, um ano antes de a Apple inaugurar o logotipo Aqua, com design tridimensional e transparente, combinando com a nova identidade visual do recém-lançado Mac OS X. 
 
Em 2007 — ano do lançamento do iPhone —, o ícone colorido foi substituído por uma versão cromada, cujo visual brilhante e reflexivo aludia aos metais usados pela Apple. A partir de 2013, esse visual começou a ser abandonado gradativamente, até ser substituído pela maçã plana e minimalista, em preto, branco ou cinza, que é usada até hoje. 

Observação: Com apenas um protótipo, Janoff conseguiu fazer em 1977 um logotipo simples e indissociável da marca, coisa que muitas empresas levam anos (ou décadas) para consolidar.
 
O Apple III inaugurou o SOS. Não se sabe se o primeiro “s” da sigla remetia a “Sophisticated” ou a “Sara” (nome da filha do engenheiro Wendell Sanders), mas sabe-se que o Lisa, lançado em 1983, foi batizado como tal em homenagem à filha de Steve Jobs, mesmo que a sigla também remetesse a “Local Integrated System Architecture”. 

Lançado em 1984, o revolucionário Macintosh — considerado o primeiro computador com interface gráfica acessível — contava com um sistema que passou a se chamar Mac OS a partir da versão 7.6 e Mac OS X em 2001 (o “X” remetia tanto à descendência do Unix quanto à 10ª versão do sistema). 

Observação: Na década de 1980, Jobs acusou Bill Gates de copiar toda a tecnologia proprietária do sistema do Lisa na criação da interface gráfica que se tornaria o Windows. Ela também trazia janelas, suporte a mouse e organização de arquivos em pastas, mas era voltada a computadores muito mais baratos que os da Apple. Na verdade, tanto Jobs quanto Gates copiaram um conceito desenvolvido incialmente pela Xerox, conforme eu já comentei num dos capítulos anteriores.
 
As versões de 10 a 10.8 do Mac OS X foram batizadas com nomes de grandes felinos — Cheetah, Puma, Jaguar, Panther, Tiger, Leopard, Snow Leopard, Lion e Mountain Lion. Na transição de Snow Leopard para Lion, o nome do sistema perdeu o prefixo “Mac” e a partir da versão 10.9 a Apple passou a homenagear pontos turísticos da Califórnia — Mavericks, Yosemite, El Capitan, Sierra e High Sierra, Mojave, Catalina, Big Sur e Monterey. Em 2016, a empresa rebatizou o OS X como macOS, visando uniformizar a nomenclatura de seus produtos (iOS, watchOStvOS etc.).

Continua...