As penas impostas a Lula nos processos envolvendo o apartamento no Guarujá e o sítio em Atibaia somaram mais de 26 anos de reclusão, mas o condenado deixou a cela VIP — que usava como diretório político-partidário, comitê de campanha e sala de entrevistas — após míseros 580 dias.
Em qualquer democracia minimamente consolidada, esse descalabro produziria uma convulsão social. No Brasil, porém, tudo se tolera — até o coro dos hipócritas que acusam a Lava-Jato de fascismo. Essa tolerância é ainda pior que o pior dos crimes do PT, mas um país que confunde intolerância com impunidade aceita qualquer coisa — até mesmo o perdão mais hediondo.
Lula tornou-se uma caricatura de si mesmo, uma foto amarelada que insiste em permanecer pendurada na parede do PT, até porque ele e seu partido são uma coisa só. Pelo andar da carruagem, ele será eleito no primeiro turno (com 171% dos votos) e voltará alegremente à cena do crime.
Bolsonaro, que atacou duramente o Centrão durante sua campanha e prometeu sepultar a "velha política do toma lá, dá cá" passou por nove partidos, todos do Centrão. Entre 2019 e 2020, tentou criar o Aliança Pelo Brasil, mas não obteve sucesso, e acabou no PL do ex-mensaleiro e ex-presidiário Valdemar Costa Neto. Durante a cerimônia de filiação, disse candidamente que “estava se sentindo em casa”.
Voltando a Dilma, Lula escolheu essa excrescência para suceder-lhe em 2010, achando que poderia manipulá-la até que ele pudesse voltar ao trono. Mas as coisas não saíram como ele previu. A gerentona competente — que faliu duas lojinhas de quinquilharias, iniciou-se na política no Rio Grande do Sul e ajudou a fundar o PDT antes de se filiar ao PT pegou gosto pelo Planalto e não abriu mão de disputar a reeleição. A calamidade em forma de gente acabou penabundada 852 dias antes de terminar seu segundo mandato, mas isso é outra conversa.
Em algum momento de sua primeira gestão, Dilma começou a “fazer o diabo” (palavras dela) para poder passar mais quatro anos destruindo o Brasil, e fez exatamente o que disse que seu adversário faria se vencesse a eleição de 2014 (a exemplo de Collor, que sequestrou a poupança dos brasileiros depois de barrar do palanque que esse era o plano de Lula).
Na Presidência, madame pegou gosto pela ostentação. Além de usar bolsas e sapatos caríssimos, fartava-se de comidas requintadas e vinhos premiados. Mesmo quando estava de dieta, sua alteza não abria mão dos bombons Chocopologie — os mais caros do mundo segundo a Forbes; cada unidade de 42 gramas custava US$ 250 dólares — e dos chocolates suíços Delafee — recobertos de fios de ouro comestíveis de 24 quilates. Segundo auxiliares off, ela mordia um pedacinho e descartava o resto na lixeira. As despesas pagas com cartões corporativas somavam, na média R$ 1 milhão por mês. Nas viagens ao exterior, Dilma se hospedava nas suítes presidenciais dos melhores hotéis e frequentava os mais finos restaurantes. Numa única visita à Califórnia, ela torrou US$ 100 mil só com aluguel de carros (a locadora só foi paga quando ameaçou mover uma ação de cobrança na justiça americana).
Comparada com as acomodações destinadas aos demais detentos, a salinha de 15 m2 que o ex-presidente tinha só para si era um latifúndio. Afora outras mordomias, a porta não ficava trancada, os visitantes não eram submetidos a revistas íntimas, o banheiro era privativo e dispunha de chuveiro elétrico. Lula contava ainda com TV de plasma, aparelho de som, esteira ergométrica e um servente que fazia a limpeza enquanto ele tomava banho de sol.
O preso foi solto tão logo o STF sepultou (por 6 votos a 5) a prisão em segunda instância. Assim que ganhou as ruas, o palanque ambulante subiu num caixote, fez pose de injustiçado e criticou seus "algozes". As togas concluíram o desserviço no início do ano passado, quando sacramentaram a "epifania" de Fachin (detalhes nos capítulo anteriores). Consequentemente, os processos que não prescreveram tiveram a tramitação interrompida por tecnicidades ou reviravoltas, e acabaram arquivados.
O preso foi solto tão logo o STF sepultou (por 6 votos a 5) a prisão em segunda instância. Assim que ganhou as ruas, o palanque ambulante subiu num caixote, fez pose de injustiçado e criticou seus "algozes". As togas concluíram o desserviço no início do ano passado, quando sacramentaram a "epifania" de Fachin (detalhes nos capítulo anteriores). Consequentemente, os processos que não prescreveram tiveram a tramitação interrompida por tecnicidades ou reviravoltas, e acabaram arquivados.
Em qualquer democracia minimamente consolidada, esse descalabro produziria uma convulsão social. No Brasil, porém, tudo se tolera — até o coro dos hipócritas que acusam a Lava-Jato de fascismo. Essa tolerância é ainda pior que o pior dos crimes do PT, mas um país que confunde intolerância com impunidade aceita qualquer coisa — até mesmo o perdão mais hediondo.
Lula tornou-se uma caricatura de si mesmo, uma foto amarelada que insiste em permanecer pendurada na parede do PT, até porque ele e seu partido são uma coisa só. Pelo andar da carruagem, ele será eleito no primeiro turno (com 171% dos votos) e voltará alegremente à cena do crime.
Bolsonaro, que atacou duramente o Centrão durante sua campanha e prometeu sepultar a "velha política do toma lá, dá cá" passou por nove partidos, todos do Centrão. Entre 2019 e 2020, tentou criar o Aliança Pelo Brasil, mas não obteve sucesso, e acabou no PL do ex-mensaleiro e ex-presidiário Valdemar Costa Neto. Durante a cerimônia de filiação, disse candidamente que “estava se sentindo em casa”.
Voltando a Dilma, Lula escolheu essa excrescência para suceder-lhe em 2010, achando que poderia manipulá-la até que ele pudesse voltar ao trono. Mas as coisas não saíram como ele previu. A gerentona competente — que faliu duas lojinhas de quinquilharias, iniciou-se na política no Rio Grande do Sul e ajudou a fundar o PDT antes de se filiar ao PT pegou gosto pelo Planalto e não abriu mão de disputar a reeleição. A calamidade em forma de gente acabou penabundada 852 dias antes de terminar seu segundo mandato, mas isso é outra conversa.
Em algum momento de sua primeira gestão, Dilma começou a “fazer o diabo” (palavras dela) para poder passar mais quatro anos destruindo o Brasil, e fez exatamente o que disse que seu adversário faria se vencesse a eleição de 2014 (a exemplo de Collor, que sequestrou a poupança dos brasileiros depois de barrar do palanque que esse era o plano de Lula).
Na Presidência, madame pegou gosto pela ostentação. Além de usar bolsas e sapatos caríssimos, fartava-se de comidas requintadas e vinhos premiados. Mesmo quando estava de dieta, sua alteza não abria mão dos bombons Chocopologie — os mais caros do mundo segundo a Forbes; cada unidade de 42 gramas custava US$ 250 dólares — e dos chocolates suíços Delafee — recobertos de fios de ouro comestíveis de 24 quilates. Segundo auxiliares off, ela mordia um pedacinho e descartava o resto na lixeira. As despesas pagas com cartões corporativas somavam, na média R$ 1 milhão por mês. Nas viagens ao exterior, Dilma se hospedava nas suítes presidenciais dos melhores hotéis e frequentava os mais finos restaurantes. Numa única visita à Califórnia, ela torrou US$ 100 mil só com aluguel de carros (a locadora só foi paga quando ameaçou mover uma ação de cobrança na justiça americana).
Graças a sua vocação inata para fazer sempre as piores escolhas, a mandatária de fancaria não logrou êxito com seu pacote de maldades e gerou uma sucessão de desastres que resultaram na maior crise político-econômica da era pós-ditadura. Ela diz até hoje que foi vítima de um "golpe", embora tenha tido amplo direito à defesa e o STF — então presidido por um ministro que vestiu a toga sobre a farda de militante petista — tenha atestado a legalidade e a constitucionalidade de seu impeachment.
Se houve maracutaia, ela foi engendrada por Temer, o vice decorativo, e Cunha, o todo-poderoso presidente da Câmara. Golpe mesmo foi o que fizeram o ministro Lewandowski e o senador Renan Calheiros, como relembraremos no próximo capítulo.
Continua...