A CRENÇA É O BERÇO DO MITO.
O livro "Eram os Deuses Astronautas? — o primeiro de uma série de best sellers publicados por Erich von Däniken a partir de 1968 — sugere explicações sedutoras para diversos enigmas que historiadores e arqueólogos não conseguem desvendar, tais como referências a máquinas voadoras que só seriam inventadas milhares de anos depois e monumentos colossais, como o Stonehenge e as Pirâmides de Gizé, que foram erigidos milhares de anos antes da era Cristã.
Autores como Pierre Houdin e Bob Brier refutam a Teoria dos Antigos Astronautas e a "pseudociência" de Däniken. No entanto, se a suposta participação de ETs na construção dos tais monumentos soa fantasiosa, o que dizer de trabalhadores braçais extraírem milhões de blocos das pedreiras (as peças maiores chegam a pesar 80 toneladas) usando rudimentares cinzéis e marretas? E arrastarem esses blocos pelo deserto (em alguns caos, por quase 1.000 quilômetros) em trenós de madeira? E empilhá-los a uma altura de 139 metros (no caso da pirâmide de Quéops) e alinhar sua base com os pontos cardeais e o vértice superior com a constelação de Orion?
Estima-se que 30 mil egípcios trabalharam de sol a sol ao longo de duas décadas para construir as pirâmides. O britânico Glen Dash argumenta que eles usaram as sombras projetadas no equinócio do outono por uma haste — como nos relógios de sol — para marcar a curva exata, e uniam os pontos para chegar a uma linha perfeita. Arqueólogos afirmam que a maioria dos blocos era de arenito e calcário (mais leves que o granito), e que muitas pedreiras ficavam próximas do local da construção. Para empilhar as pedras, dizem eles, a primeira base era feita com a ajuda de uma rampa externa, e as outras duas, através de rampas internas construídas em espiral. Para erguer os blocos mais pesados, usava-se uma espécie de elevador de carga, que funcionava com um contrapeso.
Autores como Pierre Houdin e Bob Brier refutam a Teoria dos Antigos Astronautas e a "pseudociência" de Däniken. No entanto, se a suposta participação de ETs na construção dos tais monumentos soa fantasiosa, o que dizer de trabalhadores braçais extraírem milhões de blocos das pedreiras (as peças maiores chegam a pesar 80 toneladas) usando rudimentares cinzéis e marretas? E arrastarem esses blocos pelo deserto (em alguns caos, por quase 1.000 quilômetros) em trenós de madeira? E empilhá-los a uma altura de 139 metros (no caso da pirâmide de Quéops) e alinhar sua base com os pontos cardeais e o vértice superior com a constelação de Orion?
Estima-se que 30 mil egípcios trabalharam de sol a sol ao longo de duas décadas para construir as pirâmides. O britânico Glen Dash argumenta que eles usaram as sombras projetadas no equinócio do outono por uma haste — como nos relógios de sol — para marcar a curva exata, e uniam os pontos para chegar a uma linha perfeita. Arqueólogos afirmam que a maioria dos blocos era de arenito e calcário (mais leves que o granito), e que muitas pedreiras ficavam próximas do local da construção. Para empilhar as pedras, dizem eles, a primeira base era feita com a ajuda de uma rampa externa, e as outras duas, através de rampas internas construídas em espiral. Para erguer os blocos mais pesados, usava-se uma espécie de elevador de carga, que funcionava com um contrapeso.
Mas como explicar a elaboração de cálculos matemáticos sofisticados (para determinar a largura e a altura das pirâmides e alinhá-las da maneira retrocitada) quando se dispunha tão somente de singelos ábacos? Por que criar um calendário com base na estrela Sirius — que só é avistada nas madrugadas durante o inicio da enchente do Nilo — se a enchente do Nilo não acontecia todos os anos, e, quando acontecia, não começava sempre no mesmo dia? Não seria mais simples (e lógico) fazer as projeções a partir do Sol e da Lua?
Como explicar que, no inicio da primeira dinastia, os egípcios possuíssem um sistema decimal? Como se formou, em tempos tão remotos, uma civilização tão bem evoluída, com seus conhecimentos avançados de matemática e sua escrita plenamente desenvolvida? De onde tomaram os narradores dos Contos das Mil e Uma Noites sua surpreendente riqueza de inspirações? Como se chegou à descrição de uma lâmpada de cujo interior um feiticeiro falava quando seu dono o desejava?
E o "Abre-te Sésamo", que dava acesso magicamente à caverna cheia de tesouros encontrada por Ali Babá? Considerando que aparelhos de tv e edifícios com portas que se abrem automaticamente surgiram somente na segunda metade do século XX, ou prodigiosa imaginação dos antigos narradores era muitas vezes superior à dos autores de ficção científica contemporâneos, ou eles criaram suas fantasias com base em coisas que já conheciam.
Continua...