No âmbito da informática, o termo "programa" designa um conjunto de instruções, em linguagem de máquina, que descreve uma tarefa a ser realizada pelo computador. Instrução, no caso, é cada operação realizada pelo processador — que pode ser qualquer representação de um elemento num programa executável, como um bytecode (formato de código intermediário entre o código fonte, o texto que o programador consegue manipular e o código de máquina que o computador consegue executar). Por conjunto de instruções, entenda-se a representação do código de máquina em mnemônicos.
Até não muito tempo atrás, o termo "programa" remetia a qualquer software instalado no computador — do próprio sistema operacional a um simples editor de texto. Com o advento de dispositivos eletrônicos diversos e lojas de aplicativos associadas à modernização dos sistemas operacionais, novas e diferentes terminologias surgiram, e a bagunça se generalizou com o lançamento do Windows 8, já que os mesmos programas de antigamente passaram a ser chamados de "apps da Windows Store", "apps universais" ou simplesmente "apps".
Antes dos dispositivos móveis, raramente se ouvia alguém falar em "app". O que se instalava no PC era chamado de programa ou, menos frequentemente, de aplicativo. O correto seria dizer "aplicativo de programa", já que esse termo designa qualquer software computacional que desempenha um grupo de funções coordenadas. No entanto, com a popularização dos smartphones e das lojas de aplicativos do Android e do iOS, "programa" virou "app".
Como dito, define-se como "programa" um conjunto de instruções que podem ser executadas em um computador, e como "app", uma porção de software que permite ao usuário comandar uma tarefa específica. Um "programa" pode ser tanto uma porção de código que implementa uma lógica computacional quanto uma parte de um "app", um componente, um serviço etc. Já o "app" depende do sistema operacional para funcionar (este, por sua vez, interage diretamente com o hardware em conjunto com o BIOS).
Embora a língua seja dinâmica e o uso consagre a regra, deve-se ter em mente que, mesmo sendo chamados indistintamente de "apps", os "apps desktop" e os "apps para smartphones/tablets" são diferentes e incompatíveis entre si. De modo geral, tudo com que interagimos no dia a dia é app desktop — como o Microsoft Office e o Microsoft Outlook, p. ex., que funcionam em sistemas operacionais legados (o que não ocorre no caso de apps Windows).
Um "app portátil" é um software que roda diretamente de um pendrive, de um HD externo ou da nuvem (sem que seja preciso instalá-lo no computador). Há uma infinidade deles circulando pela Internet, mas só são "legais" aqueles que são disponibilizadas oficialmente pelos respectivos desenvolvedores. Já um app da Windows Store é um aplicativo baixado diretamente da loja oficial da Microsoft. Essa figura surgiu a reboque do malfadado Win8, e o que era para ser uma revolução na computação pessoal acabou despertando a desconfiança dos usuários e obrigando a empresa a reinventar a ideia por trás do conceito.
Observação: Os aplicativos da Windows Store se tronaram mais uma alternativa aos apps desktop com os quais estamos acostumados — e não uma imposição da Microsoft, que inicialmente planejava substituir estes por aqueles. Via de regra, eles funcionam tanto no Win8.1 quanto nas versões posteriores do sistema.
Atendem por "apps Windows" (ou "Apps Universais") todos os apps multiplataforma do ecossistema Windows, ou seja, que foram desenvolvidos com base na Universal Windows Platform (UWP), cuja finalidade precípua é oferecer uma experiência de uso unificada aos usuários em todos os dispositivos Windows.
Em resumo: Apps desktop são aqueles que só rodam nas versões desktop do Windows; apps da Windows Store, aqueles que rodam no Windows 8/8.1, 10 e 11 e podem funcionar em outras plataformas; apps Windows (ou apps universais), aqueles que funcionam em todas as versões do Windows a partir do famigerado Win8.
Observação: Havia ainda os apps Windows Phone, que eram disponibilizados pela Windows Phone Store antes de a Microsoft descontinuar a versão do Windows destinada a dispositivos móveis. Como só funcionavam na plataforma mobile do sistema, eles não eram considerados "universais".
Com informações do portal de tecnologia Canaltech