sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

A VERDADE ESTÁ LÁ FORA (VIGÉSIMA OITAVA PARTE)

NO BRASIL, ALÉM DAS APARÊNCIAS, AS EVIDÊNCIAS TAMBÉM ENGANAM.

 

Um estudo liderado por dois cientistas da NASA traz uma explicação tenebrosa (e um tanto fúnebre) para o fato de ainda não termos notícias de nenhuma forma de vida alienígena inteligente. Se a ideia dos pesquisadores estiver correta, diz o portal Olhar Digital, nunca receberemos visitas de naves extraterrestres porque os alienígenas teriam se matado antes de chegarem até nós. Publicado no servidor de pré-impressão arXiv.org, o artigo — ainda pendente de revisão pela comunidade científica — traz uma variação da famosa Teoria do Grande Filtro. 
 
O conceito de "grande filtro" surgiu em 1996 e defende a ideia de que existe uma barreira que impede as civilizações tecnicamente avançadas de colonizar o universo. "Provavelmente há algo que impede o surgimento de uma vida inteligente que de alguma maneira possa se manifestar, teoriza o professor. "Pode ser que todas as civilizações no universo estejam destinadas a desaparecer", teoriza o professor James D. Miller em artigo publicado pelo no portal sueco Aftonbladet. 
 
Se existem cerca de 700 trilhões de estrelas no universo, e a maioria delas é orbitada por planetas, deveria haver bilhões de civilizações avançadas, mas até agora não há provas claras de que elas existem. Ainda que a probabilidade de vida fosse de apenas 0,1% nos exoplanetas da nossa galáxia, haveria pelo menos um milhão de planetas com vida. Então, onde estão os alienígenas e por que não temos contato com eles?
 
Ainda segundo Miller, a resposta pode ser muito simples: ainda que a vida surja em outros planetas, ela não se desenvolve até um estado suficientemente inteligente. O cenário mais terrível é o de que inúmeras civilizações avançadas já surgiram em diferentes planetas ao longo dos anos, desembarcaram nas suas luas, mas algo as impediu de ir mais longe. "Nesse caso, talvez também estejamos condenados a desaparecer", especula ele. "Se as civilizações como a nossa fossem alguma coisa comum, teríamos recebido alguma evidência disso, a única explicação é que algo as levou a desaparecer. Se encontrássemos alguma evidência da existência de civilizações extraterrestres extintas, seria uma má notícia para nós, os habitantes da Terra. Isso significaria que nós também estamos condenados a perecer".
 
De acordo com Miller, o obstáculo inevitável que enfrentaram as civilizações poderia ser a destruição da natureza, a guerra nuclear ou algo mais. Entretanto, nossa civilização leva uma pequena vantagem por causa da idade da Terra — estima-se que o Big Bang ocorreu há 13,8 bilhões de anos, mas o nosso sistema solar surgiu a "apenas" 4,6 bilhões de anos.
 
"Se o 'grande filtro' realmente destruiu a maioria das outras civilizações que tenham existido antes da nossa, temos uma vantagem em qualquer caso. Se tivéssemos nascido na etapa inicial de desenvolvimento do universo, não seria tão surpreendente que estivéssemos sozinhos. Mas a nossa civilização surgiu relativamente tarde, por isso é estranho que não tenhamos encontrado evidências da existência de vida extraterrestre", anotou Miller em seu artigo. Segundo ele, é por isso que temos razões imperiosas para investir mais na astronomia e na busca de civilizações extintas. Se for revelado que houve outras civilizações que morreram, poderemos descobrir por que razão elas se extinguiram, e evitar que nossa civilização sofra as mesmas consequências.
 
De acordo com o site Futurism, os pesquisadores da NASA consideraram a história de guerra, doenças e degradação ambiental da humanidade como um modelo. Se outras civilizações fossem semelhantes à nossa, elas teriam um conjunto de disfunções intrínsecas que, assim, "se transformariam rapidamente numa bola de neve no Grande Filtro" e tornariam impossível um futuro de contato interplanetário.
 
Embora essa seja uma das teorias mais pessimistas na busca por inteligência extraterrestre, os pesquisadores também postularam alternativas salvadoras, mas desde que tenhamos capacidade suficiente de prever o que quer que venha a nos destruir e evitar a nossa morte. "A chave para a humanidade atravessar com sucesso esse filtro universal é identificando atributos destrutivos em nós mesmos e neutralizando-os com antecedência", afirmam os pesquisadores.

Se tudo o que temos a fazer é descobrir o que há de errado conosco e tentar consertar, parece bem simples, mas, pelo que temos observado na nossa própria civilização, não será tão fácil assim.

Continua...