terça-feira, 3 de janeiro de 2023

SOBRE A VOLTA DOS QUE NÃO FORAM...

 

Quando Lula foi acomodado numa suíte da PF em Curitiba, dizia-se que o PT estava com os dias contados. Mas a história se repete, seja como tragédia, seja como farsa. Sobretudo quando o povo tem memória curta. 

Em 2018, insuflado pelo antipetismo, Bolsonaro derrotou o bonifrate do presidiário mais famoso do Brasil. Poucos meses depois, ficou evidente que faltavam ao capitão condições mínimas para presidir o que quer que fosse, que ele transformaria a Presidência num circo e sua abjeta gestão, numa campanha pela reeleição que se estenderia pelos próximos 4 anos. 

Como desgraça pouca é bobagem, Lula parece achar que estamos em 2002, Ele e seu mais novo amigo de infância (falo de Alckmin) precisarão de muita habilidade para negociar com o Congresso sem frustrar quem se frustrou com as promessas vãs do "mito" e acreditou na tal "Frente Democrática" que trouxe a quadrilha de volta à cena do crime. Ou, como anotou Ricardo Kertzman em IstoÉ, "passada a tempestade quase perfeita que uniu um autocrata a um magote de desajustados, vivenciamos uma espécie de 'volta ao passado'". 

novo governo Lula é a cara do velho governo Lula, seja nas companhias escolhidas para comandar os principais ministérios, seja na retórica estatizante e perdulária, seja nas provocações irresponsáveis aos agentes econômicos, seja na ausência de plano de governo. 

Se conduzir o país em paz e minimamente equilibrado até 2026, o pajé do PT fará um governo melhor que o do sociopata que o antecedeu, evitando o surgimento de outro aloprado despirocado. Mas as perspectivas não são auspiciosas. 

Os brasileiros mais otimistas são os menos instruídos (66%), os mais pobres (68%), os nordestinos (75%) e os que consideram Bolsonaro ruim ou péssimo (87%). Vale lembrar que, em 2021, 73% da população achavam que 2022 seria melhor. Enfim, torçamos para que 2023 traga dias melhores e um pouco de paz de espírito para todos nós.

Torço pelo melhor, mas confesso que está cada vez mais difícil acreditar em Histórias da Carochinha.

Triste Brasil.