NINGUÉM SE LIBERTA DE UM HÁBITO ATIRANDO-O PELA JANELA; É PRECISO FAZÊ-LO DESCER A ESCADA DEGRAU POR DEGRAU.
A exemplo do que ocorre com o Windows e o macOS no âmbito dos microcomputadores, os sistemas para ultraportáteis do Google e da Apple disputam a preferência dos usuários. Porém, ao contrário do Android, que é de código aberto e abocanha mais de 70% do mercado de smartphones, o iOS só roda no hardware da Apple, e alcança 28% dos consumidores (o sistema da Samsung é o terceiro colocado, com penetração de apenas 0,5%).
A preferência do consumidor por este ou aquele celular é subjetiva, mas características como interface, apps disponíveis e preço são determinantes na hora da escolha. O código aberto do Android amplia as possibilidades de customização — tanto pelo fabricante do dispositivo quanto pelo usuário final, que pode personalizar o layout da tela inicial, o tipo de fonte, as cores de destaque, a forma dos ícones, os sons, os tamanhos de exibição, além de definir planos de fundo para a tela de início e de bloqueio, entre outras configurações.
Para ampliar ainda mais o leque customizações, é possível baixar aplicativos que oferecem pacotes de fontes e outras opções que são oferecidas por padrão pelo aparelho. E o Android suporta também a substituição de serviços principais — como teclados —, que podem ser configurados como padrão do aparelho.
A Apple mantém os usuários do iPhone e do iPad reféns de diversas características pré-definidas, porém a qualidade de seus produtos, a interface intuitiva e o processamento rápido, entre outras vantagens sobre a concorrência, fazem da marca da maçã o sonho de consumo de muita gente.
No que tange à segurança, a maioria dos incidentes é causada por aplicativos mal-intencionados ou demasiadamente invasivos. Isso vale tanto para o iOS como para o Android, mas o código aberto do sistema do Google e seus mais de 2,5 bilhões de usuários tornam o robozinho verde mais visado que o iPhone, cujo sistema de código proprietário dificulta a ação da bandidagem.
Observação: No iOS, os apps rodam em sandboxes, e modo que cada qual tem acesso apenas a seus próprios dados. Também contribui para a segurança do sistema a restrição à instalação de apps de outras fontes que não a App Store. Mas muitos usuários recorrem ao jailbreak — é aí que mora o perigo, pois o iPhone não conta com um antimalware nativo e a Apple "não recomenda" o uso de soluções de terceiros.
O iPhone é mais intuitivo e fácil de usar, até porque a interface do Android varia conforme o fabricante do aparelho. Modelos da Samsung e da Motorola com a mesma versão do sistema podem ter interfaces diferentes, enquanto um um iPhone 7 e um iPhone 12 terão aparência similar, o que facilita o uso para quem já conhece o sistema da Apple. Ademais, o código fechado torna as configurações gerais do aparelho mais fáceis de usar.
