A possibilidade de nosso universo não ter sido o único que se formou a partir do Big Bang é defendida por uma corrente de astrofísicos, cosmólogos e assemelhados. Resta comprovar a existência desses "outros mundos", que, em tese, podem abrigar cópias de cada um de nós que se multiplicam à medida que decidimos seguir adiante ou dobrar à direita ou à esquerda nas encruzilhadas da vida.
Em 2012, o Large Hadron Collider detectou pela primeira vez o bóson de Higgs — partícula que leva as demais partículas a terem massa. Para surpresa geral, sua massa é muito menor do que as teorias sugeriam. Para descobrir por que isso acontece, os cientistas propuseram um modelo que inicia o Big Bang gerando uma infinidade de universos, cada qual apresentando uma massa diferente para o bóson de Higgs.
O universo que "conhecemos" é uma pequena parte de um cosmo muito maior, que está em constante expansão, onde novos universos surgem como bolhas de espuma numa banheira. De acordo com os pesquisadores, universos com uma grande massa de Higgs colapsam antes de se expandirem, enquanto nos quais a partícula tem menos massa sobrevivem, têm taxa de expansão estável e ensejam o surgimento de estrelas, planetas e até colisões de partículas de altas energia.
Observação: Em outras palavras, nem a partícula de Higgs nem a simetria CP seguem necessariamente uma lei mais fundamental; elas ocorrem "aleatoriamente" num dos muitos universos que surgiram, e talvez por isso nosso universo seja o único que sobreviveu. Mas isso é outra conversa.
Vale destacar que o bóson de Higgs e os universos paralelos são conceitos diferentes, conquanto ambos estejam relacionados à física teórica e à compreensão do nosso universo. A ideia de universos paralelos (multiverso) é um conceito presente em algumas teorias físicas e especulações científicas — como a teoria das cordas e a teoria quântica (já abordadas em outras postagens). Em tese, pode haver outros universos além do nosso, e cada um deles pode ter suas próprias leis físicas, número de dimensões diferentes e até diferentes tipos de partículas e forças.
Vale destacar que o bóson de Higgs e os universos paralelos são conceitos diferentes, conquanto ambos estejam relacionados à física teórica e à compreensão do nosso universo. A ideia de universos paralelos (multiverso) é um conceito presente em algumas teorias físicas e especulações científicas — como a teoria das cordas e a teoria quântica (já abordadas em outras postagens). Em tese, pode haver outros universos além do nosso, e cada um deles pode ter suas próprias leis físicas, número de dimensões diferentes e até diferentes tipos de partículas e forças.
A existência de universos paralelos é apenas uma especulação. A pesquisa nesse campo é altamente teórica e ainda está em andamento, com cientistas explorando diferentes possibilidades e tentando encontrar maneiras de testar ou observar possíveis indícios desses universos. Já se descobriu que o grafeno apresenta padrões semelhantes aos de dois universos em interação, o que sugere a existência de um multiverso. Ao empilhar camadas de grafeno, os pesquisadores observaram um padrão chamado moiré (pronuncia-se "muarrê"), que altera as propriedades elétricas da estrutura. Reproduzido numa escala maior, esse padrão pode levar a fenômenos como a supercondutividade.
Especula-se que essa reação possa apresentar uma nova física, que também se revelaria nas camadas sobrepostas formadas por dois mundos (ou universos) em interação, ajudando a resolver o problema da constante cosmológica conhecido como "catástrofe do vácuo". A diferença entre os valores — de 120 ordens de magnitude — é considerada a maior discrepância entre teoria e experimento em toda a ciência.
Ainda que os físicos teóricos admitam que ainda é cedo para tirar conclusões, o estudo é, no mínimo, intrigante, tanto que rendeu uma publicação na revista Physical Review Research.