O livro "Das Revoluções das Esferas Celestes", escrito por Nicolau Copérnico em meados do século XVI, contestou a tese de que a Terra era o centro do Universo, mas foi solenemente ignorado pela comunidade científica e banido pela Igreja Católica. Tempos depois, tornou-se o marco fundamental da revolução astronômica, desafiando concepções aristotélicas e ptolomaicas e abrindo caminho para as ideias revolucionárias de Galileu Galilei, Johannes Kepler e Isaac Newton.
No início do século XIX, o obstetra Ignaz Semmelweis percebeu que as doenças infecciosas proliferavam porque os médicos não lavavam as mãos nem desinfetavam seus instrumentos após a realização de autópsias. Ele publicou vários artigos sobre o assunto, mas foi desmoralizado por seus pares, desenvolveu depressão clínica e morreu numa instituição para alienados, devido a ferimentos sofridos numa tentativa de fuga. Na mesma época, Gregor Mendel cruzou plantas puras de ervilha com flores vermelhas e com flores brancas, e observou que todos os descendentes tinham flores vermelhas. Mas a importância dessa pesquisa para a genética como a conhecemos hoje só foi reconhecida 16 anos depois da sua morte.
No final do século XIX, quando o tratamento padrão contra o câncer consistia simplesmente em extirpar os tumores, o cirurgião norte-americano William Coley reparou a resposta imunológica de alguns pacientes aumentava quando eles eram infectados por estreptococos. O resultado de seus estudos sobre imunoterapia não foi avalizado pela comunidade médica da época, mas, mais adiante, abriu caminho para o tratamento do câncer mediante o estímulo do sistema imunológico.
Após encontrar semelhanças entre amostras do solo das Américas e da Europa Ocidental e entre rochas australianas, o geólogo Alfred Wegener concluiu que os atuais continentes se originaram da fragmentação de um "supercontinente". A despeito das evidências geológicas, paleontológicas e climáticas (como a correspondência dos contornos dos continentes, a distribuição de fósseis semelhantes em diferentes partes do mundo e semelhanças nas estruturas geológicas em ambos os lados do Atlântico), a Teoria da Deriva Continental foi rechaçada por seus pares.
Somente em 1960, com o desenvolvimento da teoria da tectônica de placas, que a contribuição de Wegener para a compreensão da dinâmica da Terra foi finalmente reconhecida.