segunda-feira, 13 de novembro de 2023

SENHAS E SENSORES DE IMPRESSÃO DIGITAL — SEGUNDA PARTE

UM POLÍTICO PODE ROUBAR MAIS QUE 100 HOMENS ARMADOS COM METRALHADORAS

 

Há na política dúvidas recorrentes. Uma delas é sobre a influência do desempenho do Brasil na Copa do Mundo no pleito presidencial no mesmo ano; outra é se as disputas municipais são uma prévia da corrida presidencial dois anos depois.O histórico mostra zero reflexo do futebol no quadro eleitoral e quase nenhum efeito dos embates locais sobre o cenário nacional. O PT é um desses casos: teve seu pior resultado em 2020 e voltou ao poder central em 2022. 
A escrita de que uma coisa não tem nada a ver com a outra pode se repetir em 2024, quando veremos se Bolsonaro, inelegível e enrolado na Justiça, será mesmo um esplêndido cabo eleitoral; se Lula levará o PT a recuperar municípios perdidos e se Micheque conseguirá atrair votos suficientes para a direita cumprir sua promessa de conquistar 1.500 prefeituras. 
A polarização  que atormenta, intriga e ao mesmo tempo aprisiona — estará ainda no comando a ponto de os eleitores se esquecerem das cidades onde vivem para seguirem reféns da improdutiva querela entre Lula e Bolsonaro? A ver.

Um ano depois de a Apple lançar o iPhone 5s, a Samsung incorporou sensores de impressão digital nos Galaxy S5 e Galaxy Note 4, e foi seguida pela maioria dos fabricantes de smartphones. O uso da digital para desbloquear o aparelho e/ou acessar apps é cômodo, mas não 100% seguro. Sempre se pode fotografar uma digital numa superfície de vidro e usá-la para criar um molde e enganar o sistema, ainda que esse processo seja trabalhoso e demorado. Para quem está na mira de criminosos ou de um serviço de inteligência bem financiado, os riscos são consideráveis. Nesse cenário, o melhor é recorrer uma senha forte, que é difícil de quebrar e pode ser trocada a qualquer momento.
 
Sensores de digitais podem ser ópticoscapacitivos ou ultrassônicos. No primeiro caso, a foto da ponta do dedo é convertida em código. Na segundo (que é o mais comum), uma carga elétrica gerada por microcapacitores faz a medição e o sistema analisa a distância entre os ressaltos da pele. No terceiro, ondas sonoras de alta frequência mapeiam o dedo em três dimensões, visando dificultar fraudes com cópias planas das impressões. Independentemente do tipo de sensor, o padrão da digital é convertido em dados codificados, que são armazenados numa base "segura" e cruzados sempre que o usuário pousa o dedo sobre o leitor. 

Apesar da eficiência do algoritmo na comparação da digital lida com a cadastrada no aparelho, os sensores capacitivos podem não funcionar quando e se o dedo está úmido ou engordurado. Os sensores ópticos costumam ser mais robustos, mas mais lentos, e os ultrassônicos, mais eficientes em condições adversas, também apresentam velocidade inferior à dos capacitivos. 

Independentemente da tecnologia utilizada, cada fabricante trabalha com uma margem de erro — quanto maior ela for, menor será a dificuldade em enganar o sistema usando uma ponta de dedo falsa. Pesquisadores testaram smartphones, tablets e laptops de diferentes marcas e modelos, bem como uma trava inteligente e duas unidades USB protegidas por um sensor. 

A maioria dos ultraportáteis foi enganada em 80% a 90% das vezes  Samsung A70 se saiu melhor, mas nem sempre reconheceu a digital do dono. Drives externos protegidos provaram ser dignos desse nome, embora possam não resistir a ataques mais sofisticados. Os sensores mais fáceis de enganar foram os ultrassônicos, que leram impressões falsas como genuínas quando um dedo real pressionava a falsificação no sensor.
 
Continua...