A CRIANÇA SÓ DESCOBRE O QUE É UM MARTELO QUANDO CONFUNDE O DEDO COM UM PREGO.
Quem acompanha a política nacional não descarta a possibilidade de a delação de Cid terminar como as condenações da Lava-Jato. Não com um STF que transformou Lula em "ex-corrupto", deu ganho de causa a delatores que voltam atrás em suas delações, anulou multas e suspendem a devolução do dinheiro roubado.
No país do futuro que tem um imenso passado pela frente, investigações que envolvem políticos e/ou empresários importantes emanam o inconfundível cheiro de pizza. Dependendo de quem está no poder, provas são anuladas, multas são perdoadas e tudo fica como dantes no quartel de Abrantes.
Vivemos num pais com muitas leis, pouca vergonha na cara e nenhuma segurança jurídica. Está claro como o dia que Mauro Cid fez o que fez e que Bolsonaro et caterva tentaram dar um golpe de Estado. E a recente "elucidação" do caso Marielle deixa igualmente claro que não há organizações criminosas no Brasil. O Brasil é uma organização criminosa.
A saudável concorrência entre as operadoras de telefonia celular propiciou o barateamento das redes de internet móvel (4G/5G) e ensejou o acesso ilimitado (sem consumo de dados do plano) a aplicativos como WhatsApp e redes sociais como Twitter, Facebook etc.
No aconchego do lar é preferível usar um roteador Wi-Fi, que proporciona conexão mais veloz, estável e ilimitada (a gente pode fazer downloads e uploads pesados e assistir a filmes em streaming sem se preocupar com a franquia de dados), mas o Wi-Fi pode estar com os dias contados.
O Li-Fi (de Light Fidelity) é um sistema wireless bidirecional que transmite dados por luz de LED ou infravermelha. Quando ele for disponibilizado comercialmente, bastará uma lâmpada com um chip para propagar o sinal, que deve superar consideravelmente a velocidade e a largura de banda das redes Wi-Fi, cuja capacidade limitada as torna mais lentas conforme o número de usuários conectados aumenta.
Com uma frequência de banda de 200.000 GHz — frente aos 5 GHz máximos do Wi-Fi —, o Li-Fi será 100 vezes mais rápido e poderá transmitir muito mais informações por segundo. Um estudo feito em 2017 pela Universidade de Eindhoven com luz infravermelha relata que a velocidade de download alcançada num raio de 2,5 m foi de 42,8 GB/s — contra os "míseros" 300 MB/s do Wi-Fi.
Resumo da ópera: 1) o Li-Fi promete ser 10 vezes mais rápida que o Wi-Fi — e mais barato, já que dispensa roteador e consome pouca energia; 2) o espectro luminoso, que é 10 mil vezes superior ao radioelétrico, deverá proporcionar um sinal livre de interrupções, tornando a conexão muito mais estável; 3) qualquer luminária acoplada a um emissor pode se tornar um ponto de conexão, e o fato de a luz não atravessar paredes evita que intrusos interceptem as comunicações (como fazem atualmente com as redes Wi-Fi); 4) a luz eletrônica não interfere nas comunicações por rádio nem compromete as transmissões de aviões, barcos etc.; 5) a adoção da nova tecnologia pode impedir o colapso do espectro radioelétrico que, de acordo com Harald Haas, inventor do Li-Fi, deve acontecer já no ano que vem.
Se o Li-Fi vai mesmo aposentar o Wi-Fi e as redes móveis, só o tempo dirá. É provável que ainda demore alguns anos para vermos postes de iluminação que, além de clarear as ruas, oferecem conexão com a Internet "na velocidade da luz".