Observação: O Brasil é o segundo país que mais cobra pelo celular da Apple. De acordo com uma pesquisa realizada pela HelloSafe em 2022, que mapeou o preço do smartphone em 31 países, o pódio foi: Turquia (R$ 9.544), Brasil (R$ 7.599) e Suécia (R$ 6.587). Na outra ponta ficaram Canadá (R$ 4.925), Japão (R$ 4.889) e EUA (R$ 4.666) — lembrando que, nesses países, o salário dos trabalhadores é muitas vezes superior ao dos brasileiros.
A Apple não é a única a enfiar a faca na depauperada classe média tupiniquim. Os recém-lançados modelos da linha "S", que estrearam a inteligência artificial (IA) desenvolvida pela Samsung, chegam a custar R$ 13 mil. Sem nos reajustes escorchantes dos planos de saúde individuais intermediados pela Qualicorp de Seripieri Filho (que é unha e carne com o presidente de turno desta banânia)
Outro fator que determina o preço final desses dispositivos — fechado em dólar, por mal dos nossos pecados — é a própria cadeia de produção, ou seja, o custo para fabricá-los. Isso ficou mais escancarado na crise dos chips, durante a pandemia, quando, além de ficarem mais caros, os produtos sumiram das vitrines, tanto nas lojas físicas como nas virtuais.
O preço dos aparelhos produzidos localmente, como os da Multilaser, Positivo e Gradiente também é saldado, o que se deve em parte aos componentes usados na montagem, que são importados e pagos em dólar. Quanto maior a defasagem do real frente ao dólar, mais caro ficam os produtos. Sem mencionar que as indústrias estabelecidas no Brasil têm de lidar com outros complicadores, como logística, risco-Brasil e, claro, impostos. E quem paga o pato é sempre o consumidor.
E viva o povo brasileiro.