Segundo estudo publicado na Nature Geoscience, a Terra se tornará inabitável daqui a 250 milhões de anos. O relatório aponta como causa a intensificação dramática das condições meteorológicas extremas, que ocorrerá quando os 7 continentes se fundirem num só, criando uma "nova Pangeia" que potencializará sobremaneira as atividades vulcânicas.
De acordo com as simulações que embasaram essa funestas conclusões, as temperaturas irão aumentar à medida que o Sol se tornar mais brilhante. Os processos tectônicos que formarão o tal supercontinente ensejarão erupções vulcânicas mais frequentes, que liberarão enormes quantidades de dióxido de carbono na atmosfera, agravando significativamente o aquecimento global e deixando o planeta desprovido de fontes de alimento e água.
Os responsáveis pelo estudo destacam ainda a importância de alcançar a neutralidade carbônica o mais rapidamente possível, e levantam questões sobre a vida extraterrestre e a busca por exoplanetas habitáveis fora do nosso Sistema Solar.
É fato que as mudanças climáticas (para pior) saltam aos olhos. Prova disso são as enchentes que deixaram 80% Rio Grande do Sul submerso, causaram 107 mortes e deixaram 165 mil pessoas desalojadas — sem falar nos 374 feridos e 136 desaparecidos.
O governador Eduardo Leite rebateu as críticas vem sofrendo devido por conta da catástrofe. Lula, mais preocupado com sua queda de popularidade e aumento da impopularidade, perorou que a tragédia é um "aviso" para o mundo, que as inundações em vários municípios é um sinal de que o planeta "está cobrando" um preço pelas ações humanas.
O filho do pai que em 2021preferiu passear de jet-ski na praia a providenciar assistência federal para brasileiros castigados por uma enchente Bahia, o senador bolsonarista Cleitinho e o "influencer" idem Pablo Marçal tornaram-se alvo de um inquérito aberto pela PF para investigar fake news que podem "diminuir a confiança da população na capacidade de resposta do Estado e prejudicar a assistência aos flagelados das enchentes".
Nada é mais terrível do que observar a ignorância em ação em meio a uma tragédia como essa. O apego à inverdade, que já era aviltante, tornou-se abjeto. No mínimo, a investigação concluirá que a principal enfermidade do ignorante é ignorar a própria ignorância; no máximo, constatará que, nas redes sociais, a ignorância virou um outro nome para crime.
Pesquisa feita pelo jornal britânico The Guardian com cientistas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU revelou que 80% dos entrevistados dão de barato que as temperaturas globais subirão pelo menos 2,5ºC neste século — acima da meta de 1,5ºC avençada internacionalmente, e quase metade avalia que o aquecimento global pode romper a barreira dos 3ºC. Os cientistas vislumbram um futuro em que a fome e as migrações em massa serão agravadas por ondas de calor, e as tempestades e inundações serão cada vez mais frequentes.
Em cinco meses, os brasileiros irão às urnas escolher seus prefeitos. Candidatos a reeleição que ignoraram os alertas do clima não merecem nem bom-dia, quanto mais votos, e desafiantes que não apresentarem propostas críveis de adaptação das cidades aos novos tempos devem ser ignorados. E o mesmo raciocínio vale para as eleições nacionais de 2026.
O Brasil demora a acordar, mas nunca é tarde para os brasileiros serem o que já deveriam ter sido. A melhor hora para escolher gestores atentos às mudanças climáticas era 30 anos atrás, mas a segunda melhor hora é agora.