terça-feira, 13 de agosto de 2024

SOBRE RELATIVIDADE GERAL, GRAVIDADE E TEORIA DE TUDO

quando o sábio aponta as estrelas, os idiotas não olham para o céu, olham para o dedo.

O mundo girou, a Lusitana rodou, o tempo passou e muita coisa mudou desde 1915, ano em que Albert Einstein publicou sua célebre Teoria da Relatividade Geral para "corrigir inconsistências" da teoria da gravitação de
 Isaac Newton e elucidar mistérios como a curvatura do espaço-tempo, a precessão da órbita de Mercúrio, os eclipses e os buracos negros, entre outros. 

Mas nem tudo que valia no início do século passado continua valendo nos dias atuais  o que é perfeitamente natural: em 1500, Cabral e sua trupe demoraram 44 numa viagem que um transatlântico moderno faz em pouco mais de uma semana. E uma vez que a teoria de Einstein não orna com a mecânica quântica e apresenta problemas em escalas astronômicas, um grupo de pesquisadores canadenses propôs uma mudança da constante gravitacional para explicar as inconsistências.

Observação: A relatividade geral já sofreu alterações no passado — a primeira delas foi feita pelo próprio Einstein, que descartou de suas equações a "constante cosmológica" quando Edwin Hubble apresentou a tese do universo em expansão (mais adiante, o telescópio Hubble revelou uma expansão acelerada que trouxe a constante cosmológica de volta às equações).

CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA

Em 2021, a secretaria de relações internacionais do PT saudou a quarta reeleição do ditador Daniel Ortega — numa campanha em que o regime nicaraguense prendeu sete pretendentes ao trono — como a vitória de "um projeto político [...] socialmente justo e igualitário." Duas semanas depois, questionado sobre a longevidade da ditadura de Ortega, Lula defendeu a alternância no Poder, mas frisou realçou que Angela Merkel também deu as cartas por 16 anos na Alemanha.
Comparar democracia com ditadura era apenas uma esquisitice que o 8 de janeiro promoveu a ultraje. Mesmo assim, pisando distraído na própria história, o Sun Tzu de Atibaia declarou dias atrás que não via "nada de grave", "anormal" ou "assustador" na Venezuela. Desde então, a fraude da reeleição na Venezuela desafia a pretensão do Brasil de mediar uma solução, e Maduro, seguindo as pegadas do modelo nicaraguense, prende e arrebenta.
No tipo de liderança continental que imagina exercer, Lula já não sabe se está sendo seguido ou perseguido, mas Ortega simplificou as coisas ao expulsar o embaixador brasileiro, obrigando Brasília a devolver para Manágua a embaixadora nicaraguense. O chumbo trocado pode ser de grande serventia para o Planalto. No comando de uma ditadura escrachada, o companheiro nicaraguense e seu histórico de violações à democracia e aos direitos humanos sinalizam para Lula como será Maduro depois de podre. E a decomposição está em estágio avançado.
 
Einstein adicionou uma "dimensão temporal" às três "dimensões espaciais" conhecidas até então (altura, largura e profundidade), e a Teoria das Cordas propôs a existência de outras dimensões além dessas quatro. A princípio, havia duas variantes dessa teoria; uma sugeria que universo tem 11 dimensões e a outra, pelo menos 26 sendo três espaciais e uma temporal 
 as demais estariam relacionadas com as perturbações espaciais e temporais produzidas pelas oscilações das cordas, que dão origem aos fenômenos elétricos, magnéticos e nucleares. 

Em 1995, os físicos propuseram que 5 diferentes teorias das cordas seriam na verdade faces da "Teoria de Tudo", segundo a qual cada partícula é um minúsculo laço de corda num universo com 11 dimensões (ou branas) que se propagam no espaço-tempo seguindo as regras da mecânica quântica. À luz dessa teoria, branas quadrimensionais poderiam existir dentro de um espaço de 11 dimensões, e um choque entre uma brana de uma dimensão superior com a nossa teria sido o causador do Big Bang.

Não somos capazes de perceber as dimensões extras porque nosso universo é uma membrana com 3 dimensões espaciais e 1 temporal, e nós estamos "presos" num espaço 10 + 1 dimensional. Para entender isso melhor, imagine uma pilha de panquecas recheadas com mel. É como se nosso universo existisse em uma dessas panquecas e as demais estivessem "por cima". O mel nos impede de perceber a existência das outras panquecas, mas isso não quer dizer que elas não estão lá. 

Continua...