Há tempos que os físicos tentam acomodar a Relatividade e a Mecânica Quântica num único modelo matemático. A Teoria das Cordas busca conciliar a relatividade com a mecânica quântica, e a Teoria de Tudo, reunir todas as forças fundamentais da natureza (incluindo a gravidade). Já a Teoria M, que unifica cinco versões anteriores da Teoria das Cordas, postula que o Universo se desenrola em dez dimensões espaciais e uma temporal, onde membranas quadrimensionais servem de pontos de fixação para minúsculas 'cordas', cujos modos vibracionais moldam a estrutura do cosmos.
Observação: As sete dimensões adicionais podem estar compactificadas em escalas da ordem do comprimento de Planck, dificultando sua detecção, que exigiria uma quantidade de energia muito maior do que a do Large Hadron Collider.
CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA
Pronunciamentos presidenciais em rede nacional costumam acontecer em datas festivas ou quando alguma medida emergencial ou de grande impacto do governo os justifica. Lula 3 vai mal das pernas, e papagaiar conquistas falaciosas entremeadas de "olha que legal" ou "é tudo de graça" não basta para ressuscitar o voto-gratidão de seus eleitores desiludidos, sem falar que ele não foi eleito para passar 4 anos malhando seu imprestável predecessor.
No mais, a "Farmácia Popular" foi lançada há duas décadas, sucateada por Bolsonaro e recriada há dois anos. A novidade é que o número de remédios gratuitos subiu de 39 para 41. Mas a ministra da Saúde (demitida nesta terça-feira para dar lugar a Alexandre Padilha) já havia batido esse bumbo três semanas atrás. Já o "Pé-de-Meia" surgiu há mais de um ano, a partir de um projeto da deputada Tábata Amaral, e foi relançado dezenas de vezes pelo ministro da Educação, em sua turnê pelos estados.
Einstein dizia que o Universo e a estupidez humana são infinitos (quanto ao Universo, ele ainda não estava 100% certo), e Nelson Rodrigues, que os idiotas vão dominar mundo (não pela capacidade, mas pela quantidade). Talvez isso explique por que a Teoria das Cordas e a Teoria M ainda sejam vistas como "pseudociência" por alguns cientistas renomados, enquanto outros buscam obstinadamente o "santo graal" das viagens no tempo. No fim das contas, ainda há esperança de um dia colhermos o fruto mais cobiçado da árvore da relatividade.
Stephen Hawking comparou o tempo a um trenzinho de brinquedo, que segue sempre em frente e acaba voltando ao ponto de onde partiu. O matemático Kurt Gödel postulou que as curvas temporais fechadas, resultantes do movimento rotacional do Universo, permitem que uma nave volte à Terra antes da partida sem contrariar a relatividade. Para entender isso melhor, imagine o espaço-tempo como um rio que corre para o mar ao mesmo tempo em que gira em grandes redemoinhos e a nave como um barco que, pego por um desses redemoinhos, dá uma volta completa e retorna ao ponto de partida.
Refém das limitações impostas pela ciência no alvorecer do século XX, Einstein introduziu a constante cosmológica em suas equações. Quando Hubble descobriu que o Universo estava em expansão, o físico alemão disse que havia cometido seu maior erro. Décadas depois, os cientistas resgataram a constante cosmológica e a associaram à energia escura (um dos grandes mistérios da física moderna) para explicar como a expansão do cosmos está acelerando, e "o maior erro de Einstein" se tornou um dos pilares do modelo cosmológico atual. Einstein criticou a interpretação probabilística da mecânica quântica e chamou o entrelaçamento quântico de "ação fantasmagórica à distância" — ele acreditava que a mecânica quântica era incompleta e que devia existir uma teoria subjacente com variáveis ocultas que explicasse os fenômenos de maneira determinística. Mas a verdadeira "beleza" da ciência não está nas respostas, e sim nas novas perguntas que cada resposta suscita. Ademais, não há nada como o tempo para passar: a viagem que Pedro Álvares Cabral levou 44 dias para fazer em1500 é feita atualmente em cerca de 10 dias por mar e em menos de 10 horas por ar.
Continua...