terça-feira, 11 de novembro de 2025

ANDROID OU iOS? A ESCOLHA É SUA (CONTINUAÇÃO)

MANDA QUEM PODE, OBEDECE QUEM TEM JUÍZO.

Os primeiros "cérebros eletrônicos" surgiram nos anos 1940. No final da década seguinte, a IBM lançou os primeiros computadores totalmente transistorizados. 


Mais adiante, a TEXAS INSTRUMENTS revolucionou o mundo da tecnologia com os circuitos integrados (conjuntos de transistores, resistores e capacitores), que a Big Blue usou com total sucesso no IBM 360, lançado em 1964. 


Anos depois, a INTEL agrupou múltiplos CIs numa única peça, dando origem os microchips, e dali até o advento dos computadores de pequeno porte foi um pulo. Nas pegadas do ALTAIR 8800, vendido sob a forma de kit, o PET 2001, lançado em 1977, entrou para a história como o primeiro computador pessoal.


CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA


Conhecido por ter a língua mais frouxa que o esfíncter, Lula condenou-se no último domingo à meia palavra, ao discursar num evento esvaziado — dos 60 chefes de estado convidados, apenas nove compareceram — na cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos, a Celac, na Colômbia.

Tendo a presença militar dos EUA nos mares do Caribe e na costa da Venezuela como pano de fundo, o petista recorreu à sugestão, às entrelinhas, ao subentendido, como se temesse uma reação de Trump. Afirmou que "velhas manobras retóricas são recicladas para justificar intervenções ilegais", mas não dedicou um mísero garrancho verbal às embarcações venezuelanas afundadas, às execuções extrajudiciais e à alegação não comprovada de que transportavam drogas.

As meias palavras de Lula contrastaram com o discurso de palavras inteiras do anfitrião colombiano Gustavo Petro. Ele chamou de "barbárie" e "assassinatos" os ataques americanos. Vê-lo medir as palavras e o chanceler Mauro Vieira enfiar a régua da diplomacia em local incerto e não sabido — ao dizer que a Celac daria "um apoio, uma solidariedade regional à Venezuela” — gerou o receio de o Sun-Tzu de Atibaia fazer um bate-volta à Colômbia e produzir improvisos de indignação com o propósito de alisar o pelo da esquerda latino-americana.

A melhor maneira de exorcizar um demônio é falar nele. A reticência a que recorreu Lula para suprimir o nome de Trump se explica pela prudência, mas aí é preciso explicar a prudência: Lula manteve a língua no cabresto para não correr o risco de contaminar as negociações para rever o tarifaço, algo prioritário para o interesse nacional, mas, se estava condenado pelas circunstâncias a fazer um discurso de meias palavras, por que decidiu na última hora voar para a Colômbia se a prudência recomendava a ausência? 

Ou ele dizia tudo ou não dizia nada. Ao dizer apenas a metade, reforçou a noção de que o demônio laranja dá as cartas.


Depois que Apple revolucionou o mercado de celulares com seu icônico iPhone (2007), os fabricantes concorrentes se viram forçados a promover seus dumbphones a smartphones; depois que os smartphones se tornaram verdadeiros microcomputadores de bolso, cada vez menos pessoas usam desktops e notebooks — salvo quando a tarefa requer tela de grandes dimensões, teclado e mouse físicos e mais poder de processamento, memória e armazenamento que os "pequenos notáveis" são capazes de proporcionar.

 

Curiosamente, Thomas Watson — que presidia a IMB em meados do século passado — profetizou que "haveria mercado para talvez cinco computadores", referindo-se aos gigantescos e caríssimos mainframes de então. Nas décadas seguintes, as previsões continuaram equivocadas. Ken Olsen, presidente e fundador da Digital Equipment Corp., vaticinou em 1977 que "não havia razão para alguém querer um computador em casa" — e viveu por tempo suficiente para se arrepender de sua falta de previsão, mas isso é outra conversa.

 

Até a virada do século, muita gente torcia o nariz para os microcomputadores, achando que não fazia sentido pagar caro por um mero substituto digital da máquina de escrever, da calculadora e do baralho de cartas. Mas não há nada como o tempo para passar. Nos anos seguintes, os PCs venderam feito pão quente. Escolas de informática e cursos de montagem e manutenção de "micros" se reproduziram como coelhos. Revistas sobre TI vendiam mais que o jornal do dia, sobretudo quando traziam disquetes (e, mais adiante, CDs) com os arquivos de instalação de programinhas demo ou freeware. 

 

Observação: Embora esses arquivos pudessem ser "baixados" por qualquer pessoa que dispusesse de um PC e de um modem analógico, a conexão discada era lenta e encarecia consideravelmente a conta do telefone — a não ser nos feriados e finais de semana, quando as operadoras cobravam um pulso por chamada, independentemente do tempo de ligação. 

 

Meu primeiro desktop foi um AT 286, presenteado por um primo que trabalhava na IBM. Por vias tortas, o presente deu azo ao primeiro artigo que publiquei sobre vírus de computador. A matéria não rendeu muito dinheiro, mas me estimulou a continuar escrevendo sobre TI — na sequência, publiquei meus ensaios em revistas como In-Hardware, Curso Dinâmico de Hardware, INFO, PC WORLD, PC Magazine e PC&Cia. Mais adiante, a parceria com um amigo e editor gráfico resultou em dezenas de livrinhos da saudosa Coleção Guia Fácil Informática. 

 

Observação: Foi justamente para embasar a edição Blogs & Websites que criei este espaço em 2006. A ideia era tirá-lo do ar assim que o livrinho chegasse às bancas, mas o carinho dos leitores (que o viam como um canal de comunicação para tirar dúvidas e fazer consultas) me levou a seguir adiante. E cá estamos nós, 19 anos e 7.394 postagens depois.

 

Se você está se perguntando o que isso tem a ver com assunto em pauta, a resposta é: nada. Fi-lo porque qui-lo (como teria dito Jânio Quadros quando lhe perguntaram por que renunciou à Presidência em 1961 — lembrando que o correto é "fi-lo porque o quis". Ou talvez por mero saudosismo; afinal, a idade torna as pessoas nostálgicas — daí eu ter dedicado nove parágrafos (sem contar o atual) a estas divagações. Dito isso, passemos ao que interessa.

 

A exemplo dos PCs do final da década de 1990, os primeiros celulares traziam manuais com centenas de páginas. O uso básico dos telefoninhos era mais intuitivo que o dos PCs, já que a maioria servia para fazer e receber ligações de voz e SMS. Mas para usar a agenda, a calculadora e o cronômetro, programar o despertador e jogar os games rudimentares que eles ofereciam, era necessário consultar o manual do usuário — que quase ninguém se dava ao trabalho de ler e, consequentemente, acabava subutilizando o dispositivo. Isso sem falar que quem trocava um aparelho da Ericsson por um modelo da Motorola, por exemplo, passava semanas reaprendendo a usar o celular.

 

Atualmente, quem migra de um smartphone Samsung para um Motorola — também por exemplo — não enfrenta maiores dificuldades, pois ambas as fabricantes utilizam o sistema operacional Android, desenvolvido pelo Google. Mesmo que cada uma crie sua própria UI (interface de usuário), e que ícones, botões, menus, layouts e informações na tela possam variar, a adaptação é bem mais rápida e intuitiva do que na era dos dumbphones, já que a maioria dos recursos não é fornecida pelo aparelho em si, mas pelo sistema operacional. Mas isso não significa que cada UI não tenha suas peculiaridades. 

 

A One UI da Samsung oferece a suíte de aplicativos Good Lock, que permite alterar a aparência do painel de notificações, o gerenciador de tarefas, a tela de bloqueio e muito mais. A Pasta Segura oferece um espaço privado para armazenar aplicativos, arquivos e dados sensíveis, protegidos por senha ou biometria. O Dual Audio possibilita a reprodução de áudio em dois fones de ouvido simultaneamente — ideal para compartilhar música ou vídeos com outra pessoa —, além de captura de tela por gestos, de fotos por comando de voz, e filtros para videochamadas.

 

A Hello UI da Motorola conta com o Moto Display, que exibe informações importantes na tela bloqueada de forma discreta e permite interações rápidas, como visualizar notificações e controlar a reprodução de músicas. O Gestos Moto oferece atalhos práticos para ações como abrir a câmera, lanterna, capturar a tela e acessar outras funções do celular por meio de gestos com as mãos ou movimentos. A Bateria Adaptável otimiza o uso da bateria com base no perfil do usuário, visando prolongar a autonomia do aparelho, e o Moto Actions permite personalizar gestos para ações rápidas, como abrir a câmera girando o pulso ou ligar a lanterna balançando o celular. 

 

A Motorola se destaca pela interface mais próxima da versão pura do Android, com menos modificações e personalizações, o que pode agradar usuários que preferem uma experiência mais clean e leve. Mas alguns recursos estão presentes em aparelhos de ambas as marcas, ainda com implementações diferentes, enquanto outros podem ser exclusivos de modelos específicos de cada marca. 

 

O resto fica para o próximo capítulo.