O QUE ABUNDA NÃO EXCEDE, MAS QUANDO É DEMAIS ENCHE.
Os aplicativos são responsáveis pela maioria das tarefas que o computador executa, mas ocupam espaço e consomem recursos preciosos (memória, processamento, bateria e dados).
Ainda que os HDDs e SSDs atuais sejam verdadeiros latifúndios e os smartphones intermediários contem com 128 a 256 GB de armazenamento, instalar uma miríade de apps de pouca ou nenhuma utilidade não só prejudica o desempenho como abrem as portas para apps maliciosos e cibercriminosos.
CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA
Formou-se em torno da COP-30 uma tempestade perfeita. Países em desenvolvimento, como Brasil, Índia e Indonésia, querem que as nações ricas elevem os repasses que deveriam financiar a transição climática de US$300 bilhões — jamais desembolsados — para US$1,3 trilhão. Trump e Xi Jinping, líderes dos países mais poluidores, não apareceram. A União Europeia, assediada pela guerra de Putin na Ucrânia, prioriza investimentos bélicos.
Há na praça dois tipos de perdedores ambientais: os bons perdedores e os que não conseguem fingir. Os primeiros continuam sustentando que nada pode ser mudado até ser enfrentado; os outros lamentam que nem tudo o que se enfrenta pode ser mudado. Diante da inevitabilidade do desastre, começam a considerar mais prioritário adaptar o mundo ao que está por vir.
Nos tempos de antanho, para instalar programas era preciso adquirir as respectivas mídias de instalação. Com a popularizado da Internet, basta baixar os apps dos sites dos respectivos desenvolvedores ou de repositórios de software, no caso dos PCs, ou, da Google Play Store e das lojas próprias dos fabricantes, no caso de dispositivos Android, e da App Store no caso dos iPhones e iPads. Isso não assegura 100% de proteção contra malwares, mas reduz significativamente os riscos de infecção.
Versões vetustas do Windows ofereciam um utilitário nativo — Adicionar/Remover programas. Ele continua presente na versão atual do sistema (para acessá-lo, clique em Painel de Controle > Programas > Programas e Recursos), mas os celulares se tornaram verdadeiros microcomputadores de bolso, e a maioria das pessoas só se lembra do desktop ou do notebook quando a tarefa requer teclado e mouse físicos, telas maiores e hardware mais poderoso. Dito isso, vamos deixar os PCs de lado e focar os telefoninhos inteligentes.
Como vimos no capítulo anterior, os fabricantes smartphones Android engordam seus lucros pré-instalando vários aplicativos de utilidade duvidosa. Em teoria, tudo que não faz parte do sistema operacional pode ser descartado; na prática, porém, é mais fácil falar do que fazer.
Para remover um app, acessamos Configurações > Apps > Mostrar todos os "x" apps (o "x" corresponde ao número de aplicativos instalados), selecionamos o item em questão e tocamos em Desinstalar. Se essa opção não estiver disponível (como ocorre com a maioria dos apps pré-instalados), tocamos em Interromper > Desativar . Isso impede que o app seja executado desnecessariamente em segundo plano e consuma recursos que fazem falta para os programinhas realmente necessários.
Observação: É possível desinstalar esses apps teimosos mediante um processo conhecido como "root" (que significa raiz e foi emprestado do universo Linux). O Android é um sistema de código aberto, de modo que não existe qualquer impedimento legal. Por outro lado, fazê-lo pode anular a garantia e transformar o aparelho em "peso de papel", já que as chances de algo dar errado são consideráveis. Isso sem falar que o root potencializa o risco de arquivos importantes do sistema serem modificados ou excluídos acidentalmente, além de aumentar a vulnerabilidade a malwares.
Na maioria dos dispositivos Android é possível remover aplicativos instalados pelo usuário mantendo o dedo sobre o ícone e arrastando-o para a opção "Desinstalar" que é exibida na tela — o que é prático, mas pode deixar "restos" que fatalmente acabarão minando o desempenho do sistema. O mais indicado é tocar em Configurações > Apps > Mostrar todos os apps, selecionar o programinha em questão e, em Armazenamento e cache, tocar em "limpar cache", depois em "limpar dados", e então proceder à desinstalação tocando no ícone da lixeira (Desinstalar). Esse procedimento garante que nenhum arquivo temporário ou dado residual permaneça no sistema.
Adicionalmente, apps como o CCleaner e o Avast Cleaner, entre outros, ajudam a recuperar espaço no armazenamento e a manter o desempenho do celular "nos trinques" limpando o cache de todos os aplicativos de uma só vez e sugerindo outras medidas (como exclusão de arquivos duplicados, fotos de má qualidade, etc.).
Fazer essa faxina manualmente é possível, mas demora e dá um bocado de trabalho quando se tem centenas de apps instalados no celular.