A GENTE NUNCA
SABE QUE RESULTADOS VIRÃO DAS NOSSAS AÇÕES, MAS, SE NÃO FIZERMOS NADA, NÃO
EXISTIRÃO RESULTADOS.
Dentre as
cerca de 2.500 postagens publicadas aqui no Blog, a que mais comentários rendeu
foi a que abordou a exclusão definitiva
de arquivos, no finalzinho de 2012. Isso me levou a postar uma versão
atualizada em meados do ano passado, com novas dicas e sugestões de aplicativos
como o Restoration, o Eraser e o DBAN ― que,
dentre outras funções, prometem tornar irrecuperáveis dados armazenados tanto
em discos rígidos, pendrives e SD Cards quanto na memória interna de tablets e smartphones.
Talvez os
comentários fossem em menor número se seus autores tivessem lido atentamente a
postagem original e conferido as respostas que eu dei aos visitantes que os
precederam, mas isso é uma história que fica para outra vez.
Para os
propósitos deste artigo, importa mesmo é relembrar que os arquivos digitais só se tornam irrecuperáveis depois que são
sobrescritos. Explicando melhor: quando apagamos uma foto, p.ex., o espaço
que ela ocupa na memória fica disponível para regravação, mas os dados
só desaparecem depois que outro arquivo é gravado naquele espaço. E se isso
pode salvar a pátria quando excluímos acidentalmente alguma coisa importante,
também compromete nossa segurança, pois qualquer pessoa que tenha acesso ao
aparelho e disponha de um aplicativo como os que eu citei linhas atrás possa
resgatar arquivos que julgávamos ter deletado.
Para evitar
dissabores, não passe adiante seu velho computador
sem antes formatar o disco rígido e reinstalar o sistema, de modo a entregá-lo
“zerado” ao novo proprietário do aparelho. No caso de smartphones e tablets,
basta revertê-los às configurações de fábrica, pois esse procedimento desfaz todas
as alterações implementadas, remove os apps, apaga as entradas na agenda de
contatos, mensagens de email, SMS e WhatsApp, fotos, vídeos e tudo mais que
tiver sido armazenado na memória interna desses gadgets.
Note que, em
situações normais, isso é suficiente para resguardar sua privacidade. Primeiro,
porque o novo dono do aparelho certamente irá instalar seus próprios
aplicativos, inserir o telefone dos seus contatos, e assim por diante. Segundo,
porque o fato de algum bisbilhoteiro recuperar parte de sua agenda ou uma foto
do seu cãozinho de estimação, por exemplo, não deverá causar um incidente
diplomático ou pôr em risco a segurança nacional. Todavia, a coisa muda de
figura se você costuma usar o smartphone para clicar a namorada em poses
sensuais ou gravar em vídeo suas maratonas sexuais, também por exemplo, pois
será no mínimo constrangedor ver esse conteúdo postado na Web ou compartilhado
à sua revelia em redes sociais. Então, atente para as sugestões a seguir e
fique mais tranquilo:
― Se o
gadget que você pretende passar adiante é um iPod Touch, iPhone ou iPad, toque em Ajustes / Geral / Redefinir e selecione Apagar todo o conteúdo e ajustes. Caso tenha habilitado a função de
localização Find my iPhone,
desvincule também o aparelho da sua conta no iCloud (acesse o endereço
icloud.com/find, selecione o dispositivo,
clique em Apagar e, ao final, em Remover da conta.
― Para
aparelhos baseados no Android 3.0 em diante, acesse o menu Configurar, selecione Segurança
/ Criptografar e embaralhe as
informações (note que essa nomenclatura pode variar conforme a marca/modelo do
aparelho e versão do sistema, e que o processo leva um bocado de tempo para ser
concluído). Ao final, acesse o menu Configurar,
selecione Fazer backup e redefinir
e, em seguida, Restaurar dados de
fábrica.
Observação: Além da opção nativa do Android,
você pode usar o Full
Wipe (que apaga e criptografa
as informações do telefone e do cartão de memória), o Avast
Anti-Theft (que apaga dados e
localiza o telefone) e o Lookout (antivírus que disponibiliza também um
módulo destinado a apagar completamente os dados do usuário).
Para que
esta postagem não fique extensa demais, vou deixar a conclusão para amanhã.
Abraços e até lá.