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domingo, 10 de julho de 2016

AINDA OS DESCALABROS

A chiadeira dos defensores de Dilma se tornou ainda mais ruidosa quando o atual governo proibiu a dita-cuja de usar aeronaves da FAB em viagens pelo país afora “em defesa do seu mandato”. Uma decisão acertadíssima, vale mencionar, até porque não faz sentido um mandatário afastado do cargo e sem agenda oficial a cumprir continuar torrando dinheiro público com jatinhos militares.
Num primeiro momento, os acólitos e esbirros da bruxa má alegaram que os voos comerciais não eram uma opção, devido a despesas com logística, aparatos de segurança e blá, blá, blá, mas a história não colou, e ao ver sua “amada chefa” com as asas podadas (literalmente), resolveram fazer uma “vaquinha virtual.

O chapéu começou a ser passado no último dia 29 e, dois dias depois, a arrecadação já atingia 94% da meta (R$ 470.361 de R$ 500 mil, valor suficiente para bancar 7 viagens de ida e volta entre Brasília e São Paulo). Se isso lhe causa espanto, saiba que o valor médio doado pelos 6.884 apoiadores foi de R$ 68,33 ― bem inferior, portanto aos R$ 272 doados (também na média per capita) ao guerrilheiro de araque José Dirceu, para pagar a multa que lhe foi imposta no julgamento da ação penal 470.

Dirceu é um velho conhecido da Justiça Penal Brasileira. Sua primeira condenação se deu em 1968, durante a ditadura militar; a segunda, em 2012, por participação no escândalo do mensalão, e depois de cumprir parte da pena e conquistar o benefício da prisão domiciliar, voltou a ser recolhido e condenado a 23 anos e 3 meses de prisão corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa no âmbito do petrolão. Daí se vê que “o lobo perde o pelo, mas não perde o vício”.

Observação: A despeito de Dirceu ter garfado cerca de R$ 30 milhões em contratos de consultoria com empresas dos mais variados portes e atuantes nos mais diversos setores da economia, além de ser dono do jatinho Citation de prefixo PT-XIB ― ou meio dono, pois a aeronave foi comprada em sociedade com o lobista Júlio Camargo ―, a militância contribuir alegremente com a vaquinha que amealhou R$ 1 milhão para pagar a multa imposta ao petralha na ação penal 470 e lhe garantir o direito de cumprir o restante da pena em prisão domiciliar. Só mesmo sendo muito burro!

E já que a fanática e abilolada militância petista é chegada numa “vaquinha”, por que não se valer desse expediente para cobrir o rombo R$ 170 bilhões deixado de herança para o atual governo pela nefelibata da mandioca, gerentona de araque e mãe de todas as crises? Fica aqui a ideia.

Enquanto isso, na 31ª fase da Operação Lava-Jato (codinome Abismo), a Polícia Federal cumpriu um mandado de prisão preventiva, quatro de prisões temporárias, sete de condução coercitiva e 23 de busca e apreensão nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e no Distrito Federal. Um dos principais alvos foi o ex-deputado Paulo Ferreira ― mais um ex-tesoureiro do PT suspeito de crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e fraude a licitação “ preso no último dia 24 na Operação Custo Brasil, que investiga desvios do Ministério do Planejamento. Ele é suspeito de crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e fraude a licitação “num contexto amplo de sistemático prejuízo financeiro imposto à Petrobras, que levaram a empresa aos recantos mais profundos da corrupção e da malversação do dinheiro público”. O ex-deputado, que havia sido preso no último dia 24, está detido na Superintendência da Polícia Federal em São Paulo, os demais presos serão levados à sede da PF em Curitiba.

Para encerrar, um detalhe importante: Não há dúvida de que a corrupção existe desde que o mundo é mundo e o Brasil é o Brasil, e ainda que tenha sido ampliada e institucionalizada nos treze anos e lá vai fumaça de administração petista, envolve políticos dos mais diversos partidos, com destaque para o PMDB ― que, não custa relembrar ― foi o principal integrante da base aliada que deu sustentação aos governos de Lula e Dilma ―, para o PSDB, e por aí vai. Todavia, embora o PMDB conte com quase 2,5 milhões de filiados (o PT fica em segundo lugar, com pouco mais de 1,5 milhão), basta analisar os fatos trazidos à luz pela Lava-Jato e por outras operações que tais contra a corrupção para ver que a maioria dos envolvidos é do PT ― partido do qual figuras icônicas, como Dirceu, Genoíno, Vaccari e outras mais já foram devidamente engaioladas, e outras, como o ex-presidente parlapatão, a própria Dilma e mais uma renca de notáveis, aguardam a vez. 

PT é realmente imbatível nesse quesito, considerando que 3 dos seus tesoureiros e outros tantos ex-ministros-chefe da Casa Civil estão mergulhados até os beiços no lamaçal da podridão, conquanto jurem de pés juntos ser inocentes, injustiçados, vítimas de perseguição, de golpe de estado, e assim por diante. Um descalabro!  

domingo, 29 de maio de 2016

EM CALHAMAÇO DE 132 PÁGINAS COM 72 ANEXOS, PEDRO CORRÊA DETALHA DE MANEIRA CONTUNDENTE O ENVOLVIMENTO DE LULA NO PETROLÃO


EM CALHAMAÇO DE 132 PÁGINAS COM 72 ANEXOS, PEDRO CORRÊA DETALHA DE MANEIRA CONTUNDENTE O ENVOLVIMENTO DE LULA NO PETROLÃO

Entre todos os corruptos presos na Operação Lava-Jato, o ex-deputado Pedro Corrêa é, de longe, o que mais aproveitou o tempo ocioso para fazer amigos atrás das grades.
Político à moda antiga, expoente de uma família rica e tradicional do Nordeste, Corrêa, conhecido pelo jeito bonachão, conseguiu o impressionante feito de arrancar gargalhadas do sempre sisudo juiz Sergio Moro quando, em uma audiência, se disse um especialista na arte de comprar votos. Falou de maneira tão espontânea que ninguém resistiu.

Confessar crimes é algo que Correa ―  o primeiro político a se apresentar ao Ministério Público para contar o que sabe em troca de redução de pena ― vem fazendo desde que começou a negociar um acordo de delação premiada, há quase um ano. Durante esse tempo, ele prestou centenas de depoimentos. Deu detalhes da primeira vez que embolsou propina por contratos no extinto INAMPS, na década de 70, até ser preso e condenado a vinte anos e sete meses de prisão por envolvimento no petrolão, em 2015; admitiu ter recebido dinheiro desviado de quase vinte órgãos do governo, de bancos a ministérios, de estatais a agências reguladoras, num inventário de quase quarenta anos de corrupção.

VEJA teve acesso aos 72 anexos de sua delação, que resultam num calhamaço de 132 páginas. Ali está resumido o relato do médico pernambucano que usou a política para construir fama e fortuna. Com sete mandatos de deputado federal, Corrêa detalha esquemas de corrupção que remontam aos governos militares e à breve gestão de Fernando Collor, passando por FHC, até chegar à era petista. Ele aponta como beneficiários de propina senadores, deputados, governadores, ex-governadores, ministros e ex-ministros dos mais variados partidos e até integrantes do Tribunal de Contas da União.

Além de novos personagens, Corrêa revela os métodos. Conta como era discutida a partilha de cargos no governo Lula e, com a mesma simplicidade com que confessa ter comprado votos, narra episódios, conversas e combinações sobre pagamentos de propina dentro do Palácio do Planalto, detalha como Lula gerenciou pessoalmente o esquema de corrupção da Petrobras ― da indicação dos diretores corruptos da estatal à divisão do dinheiro desviado entre os políticos e os partidos ― e descreve situações em que o petralha tratou com os caciques do PP sobre a farra nos contratos da Diretoria de Abastecimento da Petrobras, comandada por Paulo Roberto Costa, o Paulinho.

Uma das passagens mais emblemáticas, segundo o delator, se deu quando parlamentares do PP se rebelaram contra o avanço do PMDB nos contratos da diretoria de Paulinho. Um grupo foi ao Palácio do Planalto reclamar da “invasão”, e Lula, de acordo com Corrêa, passou uma descompostura nos deputados dizendo que eles “estavam com as burras cheias de dinheiro” e que a diretoria era “muito grande” e tinha de “atender a outros aliados, pois o orçamento” era “muito grande” e a diretoria era “capaz de atender todo mundo”. Os caciques pepistas só se conformaram quando o “chefe” garantiu que a maior parte das comissões seria do PP, dono da indicação do Paulinho.

Se Corrêa estiver dizendo a verdade, seu testemunho é o mais contundente até aqui sobre a participação direta do sumo sacerdote da Petelândia no propinoduto da Petrobras. Todavia, para a militância asina, Lula é, realmente, a “alma viva mais honesta desse país.

Para concluir, faço aqui um aparte: A VERDADE POSSUI TRÊS ESTÁGIOS: NO PRIMEIRO, ELA É RIDICULARIZADA, NO SEGUNDO, REJEITADA COM VIOLÊNCIA, E NO TERCEIRO, ACEITA COMO SENDO EVIDENTE POR SI MESMA. Pena que a capacidade limitada de raciocínio dos petistas não lhes permita chegar ao terceiro estágio. Felizmente, burrice não dói. Se doesse, os urros desses apedeutas seriam ainda mais insuportáveis do que as asnices que eles não se se cansam de zurrar.

(Clique aqui para acessar o texto de Reinaldo Azevedo que deu origem a esta postagem e leia a íntegra da matéria na edição de Veja desta semana).

Bom domingo a todos.

sábado, 7 de maio de 2016

A NOVELA EDUARDO CUNHA

ISSO AQUI É UMA FACHADA DE IGREJA COM FUNDO DE CABARÉ. É UMA SURUBA, ISSO AQUI 
(Vinicius Gurgel, deputado federal, durante reunião do Conselho de Ética da Câmara, semanas atrás, onde se discutia a situação do presidente da Casa).

Reproduzo a seguir a postagem que publiquei ainda há pouco na minha comunidade de política na Rede .Link (veja o URL dessa e das minhas outras duas comunidades no topa da coluna à direita). Comentários (e visitas in loco) serão bem-vindos.
Bom sábado a todos e um ótimo final de semana. Voltamos na segunda - ou em qualquer momento em edição extraordinária.  

A NOVELA EDUARDO CUNHA
A NOVELA EDUARDO CUNHA
Malgrado as tentativas de obstrução dos senadores governistas, o relatório do Senador Antonio Anastasia foi aprovado, e agora será votado pelo plenário da Casa ― na próxima quarta-feira (11) ―, onde basta maioria simples para determinar o pronto afastamento da presidanta incompetenta.
Na avaliação do jornalista Reinaldo Azevedo, o afastamento de Cunha foi positivo para o futuro governo Temer ― aliás, para qualquer presidente da República, mesmo um aliado, é melhor ter um Cunha fraco do que um forte. Mas é inegável que estamos diante de um fato inédito ― aspecto para o qual quase todos os ministros do STF, dentre os quais Teori ZavasckiDias ToffoliGilmar Mendes e Celso de Mello chamaram a atenção.
ObservaçãoEm abono dessa tese, vale relembrar que Delcídio do Amaral, preso por ter sido flagrado tentando obstruir a Justiça e a investigação da Lava-Jato, conservou o seu mandato (um político pode ir para a cadeia e não perder o mandato, como vimos acontecer durante o julgamento do “mensalão”. Então, como suspender o mandato de quem não foi preso?
Em entrevista à FolhaEloísa Machado ― professora do curso de direito da FGV e coordenadora do projeto “Supremo em Pauta”, que estuda o tribunal ― afirma que uma decisão dessas tem enorme impacto no sistema político; afinal, todos os deputados que são réus serão afastados ou isso só vale para Cunha?
Zavascki vinha evitando tratar da Ação Cautelar movida pela PGR, talvez porque soubesse do risco que ela trazia. Mas aí surgiu a ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental) da Rede, que caiu nas mãos de Marco Aurélio. Rápido no gatilho, ele conseguiu pautar a matéria com Ricardo Lewandowski, argumentando que a permanência de Cunha na Câmara feria preceitos fundamentais, e que, uma vez réu, ele não poderia estar na linha sucessória. Só que nada disso está na Constituição. Armava-se, assim, um palco para Marco Aurélio questionar as decisões de Cunha, incluindo o primeiro ato de aceitação da denúncia que resultou no impeachment. Zavascki houve por bem conceder, então, a sua liminar, que cuidou menos da questão da linha sucessória do que dos atos que, no entendimento do ministro, o presidente da Câmara tomou para obstruir a investigação. Mas o palanque foi desfeito, Cunha foi afastado da Câmara e não preside mais a Casa, o que, em si, é bom. Do ponto de vista institucional, porém, estamos um pouco mais enrolados.
Segundo O ANTAGONISTA, a jornalista Eliane Cantanhêde é da mesma opinião: a antecipação da suspensão de mandato de Cunha foi uma forma de Zavascki evitar um golpe de Lewandowski e Marco Aurélio Mello contra o impeachment. Leiam o que ela escreveu no Estadão:
"A decisão de Teori Zavascki de afastar o deputado Eduardo Cunha foi amadurecida durante a madrugada e teve por objetivo desativar uma bomba preparada pelos ministros Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio Mello, que, segundo análises de juristas, poderia implodir o impedimento de Dilma e a posse do vice. Lewandowski Mello puseram em votação a ADPF de autoria da Rede de Sustentabilidade, que pedia o afastamento de Cunha e determinava ― segundo interpretação de vários ministros ― a anulação de todos os seus atos no cargo, dentre os quais o acatamento do pedido de impeachmentZavascki se irritou, e outros membros da Corte estranharam que Mello tenha aceitado relatar a ADPF da Rede, quando o natural seria que a enviasse para ele,Zavascki, que relata o caso Cunha desde dezembro. E as suspeitas pioraram quando Mello acertou com Lewandowski a suspensão de toda a pauta do dia no plenário para se concentrar nessa ação."
Ao decidir pelo afastamento de Eduardo Cunha com base no processo aberto pelaPGRZavascki tirou o objeto da ação da Rede ― ainda segundo Cantanhêde, se o ele não é mais deputado, não há como julgá-lo como tal.
Mas Ricardo Lewandowski é Ricardo Lewandowski, e Marco Aurélio Mello se esforça para ser o Renan Calheiros do STF. E viva o povo brasileiro!