QUEM NÃO SABE DIREITO, ENSINA; QUEM
SABE, ADVOGA.
Além de manter um arsenal
de segurança responsável e cultivar hábitos
de navegação saudáveis, o usuário de computador que se preocupa com
segurança deve manter o sistema
operacional e demais aplicativos do computador devidamente atualizados,
notadamente em tempos banda larga, já que a conexão 24/7 potencializa os riscos
de infecções e invasões.
Nenhum programa de computador é 100% isento falhas. Os
fabricantes reputam “normal” a ocorrência de um erro a cada 10 mil linhas de
código ― considerando que o Windows 7
é composto de 40 milhões de linhas de código, o Office 2013, de 50 milhões, e o Mac OS X Tiger, de quase 90 milhões, basta fazer as contas para se
ter uma ideia do tamanho da encrenca. Ainda que os softwares sejam testados
exaustivamente antes de ser lançados no mercado ― é para isso que servem as
versões pré-alfa, alfa, beta e candidate release ―,
bugs e brechas de segurança costumam ser detectados a posteriori, daí a razão
de a Microsoft e outros
desenvolvedores responsáveis desenvolverem e disponibilizarem regularmente correções
(patches) e lançarem novas versões
dos softwares de tempos em tempos.
Quando a conexão discada era a modalidade
de acesso à internet mais comum, garimpar atualizações/correções nos sites dos
fabricantes de software era um procedimento trabalhoso, demorado e que não raro
precisava ser feito durante as madrugadas ou nos finais de semana, quando o
pulso telefônico era cobrado de maneira diferenciada. Além disso, costumava-se
dizer que os updates ocupava espaço valioso no disco rígido e tornavam a
máquina lenta, devido ao baixo poder de
processamento e à escassez de memória
RAM das máquinas de então. Hoje em dia, com a popularização da banda larga
e a evolução dos componentes de hardware (qualquer PC entrada de linha já conta
um processador multicore, 2 ou mais gigabytes de RAM e algo entre 500 GB
e 1 TB de espaço no HDD, não há
justificativa plausível para você não manter seu sistema e aplicativos devidamente
atualizados, até porque as atualizações não só protegem o computador, mas
também agregam novos recursos e funções aos programas.
O Windows sempre foi tido como inseguro,
mas essa insegurança decorria em grande medida da própria popularidade do sistema,
que o tornava especialmente atraente ao olhos dos hackers
do mal. Sensível a esse problema e ao perceber que brechas já
corrigidas continuavam sendo exploradas com sucesso pelos cibercriminosos, a Microsoft introduziu no Win98 um recurso destinado a facilitar
a atualização do sistema. Com o “Windows
Update” ― esse era o nome da novidade ― bastavam poucos cliques do mouse para o usuário localizar,
descarregar e aplicar as correções/atualizações disponíveis para sua versão do
sistema.
Mais adiante, a empresa criou o Microsoft Update ― que
permitia atualizar, de uma tacada só, também os apps do pacote Office e demais produtos da marca, e
criou uma "Central de Segurança" (inaugurada quando do
lançamento do Service Pack 2 do Windows
XP), que verifica se o firewall
está habilitado, se há um antivírus
instalado e atualizado, se as atualizações
automáticas estão adequadamente configuradas, e por aí afora. E outros
fabricantes de software fizeram o mesmo ― hoje em dia, a maioria dos apps
disponibiliza um comando no menu Ferramentas (ou na Ajuda)
que, mediante um simples clique do mouse, checa, baixa e instala atualizações, correções
e novas versões.
Foi também a partir do XP que surgiu o recurso
baixado pela Microsoft de Atualizações
Automáticas, que, quando corretamente configuradas, se encarrega de busca,
baixar e instalar as atualizações críticas e de segurança. Mesmo assim, o
número de computadores rodando versões vulneráveis do sistema continuou
preocupante, levando a empresa a rever sua política de atualizações quando do
lançamento do Windows 10. Mas isso
já é assunto para o próximo capítulo.
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