segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

PRAGAS DIGITAIS ― COMO SE PROTEGER (Parte 4)

QUEM NÃO SABE DIREITO, ENSINA; QUEM SABE, ADVOGA. 

Além de manter um arsenal de segurança responsável e cultivar hábitos de navegação saudáveis, o usuário de computador que se preocupa com segurança deve manter o sistema operacional e demais aplicativos do computador devidamente atualizados, notadamente em tempos banda larga, já que a conexão 24/7 potencializa os riscos de infecções e invasões.

Nenhum programa de computador é 100% isento falhas. Os fabricantes reputam “normal” a ocorrência de um erro a cada 10 mil linhas de código ― considerando que o Windows 7 é composto de 40 milhões de linhas de código, o Office 2013, de 50 milhões, e o Mac OS X Tiger, de quase 90 milhões, basta fazer as contas para se ter uma ideia do tamanho da encrenca. Ainda que os softwares sejam testados exaustivamente antes de ser lançados no mercado ― é para isso que servem as versões pré-alfa, alfa, beta e candidate release ―, bugs e brechas de segurança costumam ser detectados a posteriori, daí a razão de a Microsoft e outros desenvolvedores responsáveis desenvolverem e disponibilizarem regularmente correções (patches) e lançarem novas versões dos softwares de tempos em tempos.

Quando a conexão discada era a modalidade de acesso à internet mais comum, garimpar atualizações/correções nos sites dos fabricantes de software era um procedimento trabalhoso, demorado e que não raro precisava ser feito durante as madrugadas ou nos finais de semana, quando o pulso telefônico era cobrado de maneira diferenciada. Além disso, costumava-se dizer que os updates ocupava espaço valioso no disco rígido e tornavam a máquina lenta, devido ao baixo poder de processamento e à escassez de memória RAM das máquinas de então. Hoje em dia, com a popularização da banda larga e a evolução dos componentes de hardware (qualquer PC entrada de linha já conta um processador multicore, 2 ou mais gigabytes de RAM e algo entre 500 GB e 1 TB de espaço no HDD, não há justificativa plausível para você não manter seu sistema e aplicativos devidamente atualizados, até porque as atualizações não só protegem o computador, mas também agregam novos recursos e funções aos programas.
   
Windows sempre foi tido como inseguro, mas essa insegurança decorria em grande medida da própria popularidade do sistema, que o tornava especialmente atraente ao olhos dos hackers do mal. Sensível a esse problema e ao perceber que brechas já corrigidas continuavam sendo exploradas com sucesso pelos cibercriminosos, a Microsoft introduziu no Win98 um recurso destinado a facilitar a atualização do sistema. Com o “Windows Update” ― esse era o nome da novidade ― bastavam poucos cliques do mouse para o usuário localizar, descarregar e aplicar as correções/atualizações disponíveis para sua versão do sistema. 

Mais adiante, a empresa criou o Microsoft Update ― que permitia atualizar, de uma tacada só, também os apps do pacote Office e demais produtos da marca, e criou uma "Central de Segurança" (inaugurada quando do lançamento do Service Pack 2 do Windows XP), que verifica se o firewall está habilitado, se há um antivírus instalado e atualizado, se as atualizações automáticas estão adequadamente configuradas, e por aí afora. E outros fabricantes de software fizeram o mesmo ― hoje em dia, a maioria dos apps disponibiliza um comando no menu Ferramentas (ou na Ajuda) que, mediante um simples clique do mouse, checa, baixa e instala atualizações, correções e novas versões.

Foi também a partir do XP que surgiu o recurso baixado pela Microsoft de Atualizações Automáticas, que, quando corretamente configuradas, se encarrega de busca, baixar e instalar as atualizações críticas e de segurança. Mesmo assim, o número de computadores rodando versões vulneráveis do sistema continuou preocupante, levando a empresa a rever sua política de atualizações quando do lançamento do Windows 10. Mas isso já é assunto para o próximo capítulo.

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