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terça-feira, 10 de abril de 2018

AINDA SOBRE A PRIVACIDADE NA WEB ― CONTINUAÇÃO


ONDE TODOS MANDAM, NINGUÉM OBEDECE E TUDO FENECE.

Conforme eu mencionei no capítulo anterior, a popularização dos smartphones e das redes domésticas wireless aposentou o velho “computador da família”, mas ainda tem gente que compartilha o PC de casa com a mulher, o marido e/ou filhos.

Em sendo o seu caso, não deixe de usar a política de contas de usuários e senhas que a Microsoft introduziu no Windows ME, na virada do século, e vem aprimorando ao longo das encarnações subsequentes do sistema. Com esse recurso, usuários cadastrados acessam seus arquivos e configurações personalizadas (plano de fundo, proteção de tela, e por aí afora) como se cada qual tivesse sua própria máquina ― ou seja, somente o hardware é compartilhado.

Embora esse não seja o mote desta postagem, volto a frisar a importância de se criar uma conta de usuário com poderes limitados para usar no dia-a-dia, mesmo que você não compartilhe seu PC com outros usuários. Isso facilita a solução de desconfigurações acidentais ou infecções virais, já que basta fazer o logon com sua conta de administrador, excluir o perfil comprometido, criar outra conta limitada e tocar a vida adiante. (A propósito, não deixe de conferir minhas matérias sobre política de contas de usuário do Windows, criptografia e senhas).

Voltando à vaca fria, evite manter arquivos confidenciais, fotos “comprometedoras” e que tais na memória interna de seu smartphone ou tablet. Por serem “portáteis de verdade”, esses dispositivos estão mais sujeitos a perdas ou furtos do que seus “irmãos maiores”.  Aliás, armazenar esse tipo de conteúdo no HDD do PC de casa também pode não ser a melhor solução, sobretudo para quem compartilha a máquina com familiares (ainda que eventualmente). E mesmo que apenas você use o aparelhos, tenha em mente que máquinas pedem manutenção. Se for preciso deixar a sua numa assistência técnica, seus arquivos confidenciais poderão ser bisbilhotados ― daí eu recomendar enfaticamente a criação de backups desse conteúdo em mídias externas (HDs USB, pendrives ou mesmo CDs/DVDs) e o subsequente apagamento dos arquivos originais.

Se você achar que isso excesso de zelo (para não dizer paranoia), procure ao menos ocultar suas pastas/arquivos pessoais/confidenciais dos olhos de curiosos ocasionais. Veja a seguir como se faz isso no Windows 10 (se você ainda usa o Seven, acesse esta postagem).

― Pressione as teclas Win+E e, na janela do Explorer, selecione os arquivos/pastas que você deseja ocultar;
― Clique no menu Exibir e na opção Ocultar itens selecionados;
― Na janelinha que se abre em seguida, marque a opção Aplicar as alterações aos itens selecionados, subpastas e arquivos, e então clique em OK.

Observação: Se e quando você quiser tornar visíveis as pastas que ocultou, volte ao menu Exibir que comandou a ocultação dos arquivos e pastas, marque a caixa de verificação ao lado da opção itens ocultos. Com isso, as pastas/arquivos em questão ficarão “transparentes”; selecione as que você deseja exibir e torne a clicar em Ocultar itens selecionados, o que agora produzirá o efeito inverso, ou seja, permitirá a visualização dos itens que você havia escondido (certifique-se de que a opção Aplicar as alterações aos itens selecionados, subpastas e arquivos esteja marcada).

Tenha em mente que qualquer pessoa com acesso ao computador (e que seja um usuário intermediário ou avançado) poderá visualizar suas pastas/arquivos ocultos. Então, se houver algum item realmente confidencial, o melhor é protegê-lo também por senha, o que pode ser feito com o freeware Lock-a-Folder. Se preferir, use o compactador/descompactador de arquivos WinRAR, que, dentre outras funções, também permite criar pastas compactadas protegidas por senha (mais detalhes neste vídeo).

Até a próxima.

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terça-feira, 9 de junho de 2015

COMO APAGAR DEFINITIVAMENTE OS DADOS NO SEU SMARTPHONE ANDROID

TRUST NO ONE.

Numa postagem publicada no finalzinho de 2012, eu alertava os leitores para o fato de que não basta a gente deletar os arquivos armazenados no PC ou no smartphone (que pode ser considerado um PC de dimensões reduzidas) para resguardar nossa privacidade, já que os dados só deixam de ser passíveis de recuperação depois de sobrescritos.

A matéria foi visualizada milhares e milhares de vezes e contabilizou diversos de comentários de usuários de smartphones, que se mostravam preocupados com a possibilidade de alguém acessar seus arquivos sigilosos ou comprometedores. Em resposta, eu sugeri configurar o armazenamento de fotos, mensagens, agenda de contatos e demais dados pessoais no cartão SD ─ ou mesmo no próprio SIM CARD ─, ou, na impossibilidade, reverter o aparelho às configurações de fábrica antes de passá-lo adiante, já que esse procedimento apaga o conteúdo da memória interna. Dias atrás, no entanto, li no Blog da PSafe que o reset do Android (sistema operacional usado pela esmagadora maioria dos smartphones) não é tão eficaz quanto se imaginava: uma experiência realizada pela empresa usando o freeware AcessData FTK Imager em 20 smartphones comprados através do eBay resgatou mais de 40 mil fotos ─ inclusive 250 selfies de nus masculinos ─, 750 emails e mensagens de texto, 250 contatos das agendas e a identidade completa dos antigos donos de quatro dos aparelhos.

Para não ser pego no contrapé quando for passar adiante seu telefoninho, criptografe os dados antes de fazer o reset. Assim, todo o conteúdo gravado na memória ficará codificado, e quem tentar acessá-lo será barrado pela exigência da chave de segurança criada no momento da encriptação. Note que os passos a seguir foram baseados no Android Jelly Bean 4.1, e podem apresentar eventuais diferenças de nomenclatura e localização dos comandos em relação à versão instalada no seu aparelho.

1. Toque no ícone Aplicativos e, em seguida, no ícone Ajustar (representado por uma engrenagem);
2. Role a tela até o campo Pessoal, selecione a opção Segurança e toque em Criptografar o dispositivo?
3. Siga as instruções na tela para definir uma senha ou outra modalidade de autenticação e dar prosseguimento ao processo de encriptação, que pode levar de alguns minutos a mais de uma hora, dependendo da os recursos de hardware e da quantidade de informações armazenadas na memória.
4. Concluída a encriptação, faça o primeiro reset (toque em Cópia de segurança e restauração > Restaurar dados de fábrica e siga as instruções na tela).  

Observação: Depois de concluir a restauração, é importante não adicionar qualquer informação pessoal/confidencial (nem mesmo seu endereço no GMAIL, que será solicitado na primeira inicialização. Para sobrescrever quaisquer registros pessoais anteriores, você pode bater fotos ou criar clipes de vídeo, por exemplo, e encher sua lista de contatos com entradas falsas (nomes e números de telefone inexistentes). Ao final, torne a restaurar o telefoninho para adicionar uma segunda camada de segurança e poder vendê-lo sem se preocupar com sua privacidade.

No caso do PC, não faltam programinhas gratuitos que se propõem a destruir indelevelmente as informações gravadas no HDD, conforme, aliás, a gente já discutiu em diversas postagens, mas não custa relembrar: se você é usuário do  excelente AVG TuneUp PC, basta abrir o menu Todas as funções  e, no campo Disco Rígido, clicar na opção Excluir dados com segurança e seguir as instruções na tela; se não, experimente o Restoration, Eraser ou o DBAN. 

Como diz um velho, ditado, "em rio que tem piranha, jacaré nada de costas". Abraços e até mais ler.