INSENSATEZ É INSISTIR NO ERRO SUCESSIVAS VEZES, ESPERANDO QUE UMA HORA O RESULTADO SE TRANSFORME EM ACERTO.
Nem o tempo é sério no Brasil. Prova disso são as constantes
idas e vindas do governo em relação à adoção ou não do famigerado “horário de
verão” — prática que teve início em 1931 e
ganhou periodicidade anual em 1985.
No entanto, somente em 2008 que o Decreto
nº 6558 instituiu o terceiro domingo dos meses de outubro e fevereiro
como datas oficiais de início e término do horário de verão no Brasil.
O objetivo de adiantar os relógios em uma hora é reduzir a
demanda máxima durante o horário de pico de carga do sistema elétrico
brasileiro. Em tese, fatores como a mudança de comportamento dos consumidores e
o término do expediente de trabalho ainda com luz natural, associados ao
retardo do início da utilização da iluminação pública, reduziriam a
coincidência do consumo de energia elétrica e resultariam na queda do consumo
nos horários de pico de carga no Sistema Interligado Nacional. Na prática,
todavia, a teoria é outra, mas isso agora não vem ao caso.
No ano passado, o governo cogitou de abandonar o horário de verão —
amado por muitos e odiado por outros tantos — que, aliás, só é adotado nos
estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio Grande
do Sul, Santa Catarina, Paraná, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no
Distrito Federal. Mas acabou voltando atrás, não me lembro bem sob qual
justificativa.
Além da trabalheira de acertar os relógios, a mudança de
horário pode causar insônia seguida de dificuldade para acordar, pelo menos até
que nosso organismo se habitue. Segundo os especialistas, convém evitar a
pratica de esportes competitivos e exaustivos à noite, bem como reduzir o
volume de comida no jantar, fugir de bebidas como café e chá preto e de banhos
quentes ou frios demais. Quem toma insulina deve retardar a aplicação em uma
hora, já que o corpo está acostumado com a dose e “alterar os ponteiros do
relógio biológico” é um pouco mais complicado.
Interessa dizer que o período de vigência previsto no retro citado nem sempre é respeitado. Em anos eleitorais, por exemplo, a data de início do troço é
alterada, de maneira a não coincidir com o domingo em que os brasileiros devem exercer
seu “direito de voto”. Neste ano, no entanto, a prova do Exame Nacional do Ensino Médio
(ENEM) foi um complicador a mais, e o governo cogitou adiar o início do horário de verão em duas semanas, MAS VOLTOU ATRÁS, e ele vai mesmo começar a valer a partir da zero hora do dia 4 de novembro.
Por essas e outras, muita gente foi despertada uma
hora mais cedo na segunda-feira passada, já que o relógio de seus smartphones —
não de todas as marcas e modelos, mas de iPhones
e alguns aparelhos da Asus vinculados
à operadora TIM — foram
adiantados automaticamente na data “correta”. Assim, quem não se deu conta do
fato no dia 14 e tinha o alarme do celular programado para despertá-lo na
segunda-feira 15 acabou dormindo uma hora a menos. A TIM reconheceu
que “alguns modelos de smartphones tiveram realmente o relógio adiantado indevidamente
por uma ocorrência do sistema, garantiu que as ações corretivas já haviam
sido tomadas, lamentou o ocorrido e se desculpou
pelo inconveniente.
O imbróglio se repetiu ontem em celulares Android com chips da Claro,
Vivo, Oi e TIM,
que foram agraciados com o ajuste do horário feito fora de hora pelas operadoras
(donos de iPhone também relataram o
problema, mas em menor número). Isso porque uma programação do sistema faz com
que, anualmente, a maioria dos smartphones e computadores tenham os relógios
ajustados ao horário de verão sem que o usuário precise adiantá-los ou atrasá-los
manualmente em uma hora. Só que neste ano, como dito linhas atrás, a mudança deverá ser feita à zero hora do próximo dia 4.
Se seu iPhone foi vítima dessa “falha de sistema”, toque
em Ajustes > Geral > Data e Hora e,
em Fuso Horário, desabilite a opção Automaticamente. No Android,
toque no ícone da engrenagem para acessar o menu de Configurações, role a tela até a seção Sistema e desative a atualização automática de Fuso Horário. Dependendo do modelo do seu aparelho ou da versão do
seu Android, pode ser necessário
ajustar o fuso manualmente.
Resumo da ópera: Em
dezembro de 2017, Temer assinou decreto que encurtou o período de duração do horário de
verão, que em geral começava no mês de outubro. Na oportunidade, o presidente atendeu a pedido do TSE, para que o início do horário de verão não coincidisse
com a data das eleições deste ano. Vale ressaltar, porém, que o término do horário de verão foi mantido,
de deverá ocorrer no terceiro domingo de
fevereiro do ano que vem (dia 17).
Para saber a hora certa (horário de Brasília) e obter mais informações sobre o horário de verão, clique aqui.
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