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quarta-feira, 4 de abril de 2018

COMO PROTEGER SEUS DADOS NO FACEBOOK

ONDE TE QUEREM MUITO, NÃO VÁS AMIÚDE.

Se você é fã do Facebook e tomou conhecimento do imbróglio decorrente do mau uso das informações de usuários da rede pela Cambridge Analytica (assunto da postagem anterior), talvez já esteja pensando em excluir o seu perfil.

Mas maus vícios e velhos hábitos são difíceis de erradicar, sem mencionar que não existe um link ou botão que permita deletar sua página de maneira simples e intuitiva (voltaremos a isso mais adiante). E talvez nem seja o caso, já que é possível minimizar problemas de privacidade com a adoção de algumas medidas relativamente simples. Mas vamos por partes.

Por padrão, ao criar seu perfil no Face, você é convidado a fornecer uma penca de informações, mas nem sempre fica sabendo como elas serão utilizadas (aliás, a maioria dos usuários parece não se preocupar muito com essa questão). No escândalo envolvendo a CA, os dados foram usados para influenciar a eleição de Donald Trump, nos EUA, e o Brexit, no Reino Unido, e fala-se até que as eleições tupiniquins estariam na mira da empresa, mas isso já é outra conversa.

Se você está resolvido a deixar de vez o Facebook, veremos como fazer isso ao final desta sequência. Se ainda está em dúvida, as dicas a seguir o ajudarão a proteger sua privacidade online até que tome sua decisão.

A primeira coisa a fazer é usar a navegação “anônima” ― ou “privada”, ou “in Private”; o nome varia conforme o navegador, mas o efeito é basicamente o mesmo.

Observação: Sempre que navegamos na Web, nosso browser cria um "Histórico" dos sites visitados, arquivos baixados, logins efetuados, dados de formulários, e por aí vai. Dentre outras coisas, isso é interessante porque nos desobriga de memorizar as páginas que desejamos revistar e facilita o acesso a sites que exigem login. Por outro lado, nossa privacidade fica escancarada aos olhos dos curiosos de plantão. Já com a navegação anônima, esses dados não são retidos quando a sessão é encerrada, e a gravação de cookies (pequenos arquivos gerados pelos sites para monitorar a navegação, quantificar visitas a webpages, personalizar o conteúdo de acordo com o perfil do internauta, etc.) também é inibida.

Para abrir uma página anônima no Chrome, tecle Ctrl+Shift+P; no IE e no Firefox, Ctrl+Shift+P; para mais detalhes, inclusive sobre como configurar seu browser para adotar essa ação automaticamente, reveja esta postagem.

No Facebook, é possível selecionarmos quem pode ver e interagir com nossas postagens. Mas não é só: além de limitar o acesso de público, podemos definir quem pode nos enviar solicitações de amizade, visualizar nossa lista de amigos, localizar informações de contato (telefone e/ou endereço eletrônico) e assim por diante. Para isso, acesse sua página no Face, clique em Configurações > Privacidade e faça os ajustes desejados. Caso queira analisar melhor a política de privacidade da rede, acesse https://www.facebook.com/privacy/explanation.

Amanhã a gente continua. Até lá.

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terça-feira, 20 de março de 2018

AINDA SOBRE O PHISHING SCAM


SE BEM O DIZES, MELHOR O FAZES. OU NÃO.

Vimos que os cibervigaristas se valem da engenharia social para engabelar suas vítimas, e que algumas mensagens de scam são tão convincentes ― ou tão detalhistas na reprodução das webpages legítimas ― que fica difícil identificar as maracutaias. É o caso dos emails que se fazem passar por comunicados de Bancos, por exemplo, quando reproduzem fielmente a logomarca e boa parte dos elementos presentes nas páginas verdadeiras.

Claro que, se você não for cliente daquele banco em particular, não terá porque informar sua senha, atualizar seus dados ou fazer seja lá o que for. Mas o estelionatário não dispõe dessa informação; ele apenas joga o anzol ― apostando nos bancos mais populares, como Bradesco, Santander, Banco do Brasil, Itaú e Caixa Econômica ― e torce para que o maior número de pessoas morda a isca.

Observação: Bancos e órgãos públicos não solicitam dados pessoais/confidenciais por email. Se, mesmo sabendo disso, você relutar em ignorar o comunicado, telefone para o seu gerente ― ou para o órgão que supostamente enviou a mensagem, conforme o caso usando o número de telefone que você tem na agenda ou realizando a busca pela internet, se necessário, mas jamais usando o número fornecido na mensagem, caso haja um).

O phishing é extremamente lucrativo, e as ferramentas usadas pelos fraudadores são sofisticadas a ponto de executar a maioria das ações de forma automática. A maior dificuldade, por assim dizer, é convencer a vítima a abrir o arquivo anexo, clicar no link adicionado ao corpo de texto do email ou seguir seja lá quais forem as instruções. Felizmente, basta um pouco de bom senso para reduzir significativamente os riscos de cair na esparrela; afinal, dificilmente alguém ganharia um prêmio sem estar participando do concurso, por exemplo, ou receberia de desconhecidos fotos do seu companheiro (ou sua companheira) “pulando a cerca”.

Se você está se perguntando como seu email vai parar nas mãos da bandidagem, saiba que muita gente ganha dinheiro comercializando endereços eletrônicos (além de números de RG e CPFdata de nascimentoendereçotelefone, etc.) garimpados em páginas da Webfórunsblogslistas de grupos de discussão, etc. Daí ser fundamental dispor de pelo menos duas contas de email, reservar uma delas para assuntos importantes e usar a outra ― que não deve ser baseada no nome do titular ― para cadastros em sites de relacionamentolojas virtuaisfóruns de ajuda etc.

Evite acessar sites de bancos, lojas virtuais, administradoras de cartões de crédito, Receita Federal, Justiça Eleitoral e que tais clicando no link recebido por email, redes sociais, programas mensageiros, etc. Digitar a URL dos sites na barra de endereços do navegador pode não garantir 100% de segurança, mas reduz significativamente os riscos de ser ludibriado.

Fique esperto ao preencher formulários e assemelhados. Além de verificar se o site criptografa os dados (o que é indicado pelo cadeado e pelo "S" depois do http), observe o nível das informações solicitadas; se você não estiver fazendo uma compra online, mas tão somente se cadastrando para receber uma promoção qualquer, não háverá porque informar o número do seu cartão de crédito.

Tudo é fácil para quem sabe, e isso inclui mascarar um email de maneira que o remetente pareça ser um Banco ou uma empresa / órgão público / pessoa aparentemente confiável. Portanto, jamais clique em links recebidos por email ― a não ser, naturalmente, que você os tenha solicitado ―, não importa se quem mandou foi seu gerente, seu melhor amigo, seu cônjuge ou a senhora sua mãe  porque uma quantidade absurda de PCs está infectada por programinhas que enviam mensagens de spam. Vale lembrar que a maioria dos usuários não sabe disso.

Caso você receba uma mensagem suspeita de amigos ou conhecidos, não a responda diretamente. Crie uma novo email, insira o endereço da pessoa no campo "destinatário" e escreva uma breve mensagem relatando o ocorrido (vale também fazê-lo por telefone ou WhatsApp). Resista à curiosidade de acessar cartões virtuais, arquivos anexados e, principalmente, as indefectíveis "fotos que a gente tirou". Se você realmente tirou fotos recentemente, contate o remetente para verificar se foi mesmo ele quem enviou a mensagem. 

Observação: Essas dicas se aplicam igualmente a redes sociais, mensageiros instantâneos e qualquer outro meio de comunicação digital.

Se você não pediu pizza, dificilmente o entregador irá bater à sua porta. Então, por que você “abriria as portas do computador” para mensagens não solicitadas?

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segunda-feira, 16 de outubro de 2017

AÉCIO, TREMEI! SEUS PARES SELARÃO O SEU DESTINO!

Voltará Aécio Neves a se aboletar em sua confortável poltrona no Senado? Poderá retornar às baladas ― que o tornaram tão conhecido no Rio ― e tocar a vida adiante como se Joesley, a mala de dinheiro, a irmã e o primo em prisão domiciliar não passassem de um sonho mau? E como será despertado desse pesadelo? Por votação fechada, como quer a maioria dos seus pares para evitar a execração pública? Confira mais esse emocionante capítulo da novela na sessão do Senado de amanhã, quando suas insolências decidirão o destino do tucano de asas negras.

Como sabemos, na quarta-feira passada, a pretexto de minimizar a crise entre os poderes Legislativo e Judiciário, o plenário do STF decidiu, por 6 votos a 5, que deputados e senadores têm a palavra final sobre medidas cautelares que envolvem afastamento do mandato parlamentar. Porém, o que estava em julgamento não eram os limites entre o Congresso e o próprio Supremo, mas o destino do neto de Tancredo Neves, como ficou evidente na confusão da formulação do voto da presidente da Corte. Ao fim e ao cabo, o Supremo manteve a prerrogativa de o Judiciário processar parlamentares, mas não de afastá-los sem o aval da Câmara ou do Senado. E esse é o “x” da questão: com mais de 30 senadores e 152 deputados que responderam ou respondem a inquérito na mais alta Corte do país, dificilmente o espírito de corpo não prevalecerá.

Para quem aposta na vitória do fisiologismo, o juiz Marcio Lima Coelho de Freitas, da Sessão Judiciária do Distrito Federal, determinou, na última sexta-feira, que a votação seja aberta e nominal ― com base na emenda 35/2001, que altera o artigo 53 da Constituição e veta a possibilidade de votação fechada em casos que envolvem a suspensão de direitos parlamentares. Parte inferior do formulário

Mas a pergunta que não quer calar é: o que levou a maioria dos ministros a abrir mão de uma prerrogativa tão importante? A questão é controversa, mas a melhor explicação é que, com o STF dividido, a busca pelo consenso foi a melhor alternativa, no âmbito da democracia, para pôr fim nos queixumes do Legislativo e jogar água na fervura da crise entre os Poderes. Mas há que se ter em mente que juízes não são líderes partidários, devendo, portanto, se aterem ao processo e decidi-lo com base em seu livre entendimento jurídico, e não político.

Para o ministro Luís Roberto Barroso, que acompanhou o relator e foi voto vencido, a ideia de o Judiciário não poder usar seu poder cautelar para impedir um crime em curso é a negação do estado de direito. Ele destacou o fato de Aécio ter pedido R$ 2 milhões a Joesley Batista e de o dinheiro ter sido entregue, em uma mala, a um primo do senador: “No mundo em que vivemos, ninguém circula por aí indo de São Paulo a Minas Gerais levando malas com R$ 500 mil”. O magistrado também citou o trecho da gravação onde Aécio diz a Joesley que a pessoa indicada para pegar o dinheiro seria “alguém que a gente possa matar antes de fazer delação, e, mesmo não levando isso ao pé-da-letra, ponderou que “só teme delação quem não está fazendo uma coisa correta”. Segundo ele, a decisão relativa a Aécio foi um passo atrás no combate à impunidade, já que a 1ª Turma optou pelo recolhimento noturno porque outros três envolvidos haviam sido presos pelos mesmos fatos. “Se você está prendendo executores do crime, denunciados pelo mesmo fato que o suposto mandante, não aplicar qualquer consequência ao mandante seria perpetuar a tradição brasileira de prender peixe pequeno e proteger o graúdo. Eu não compactuo com essa tradição” ― concluiu o ministro.

Como se não bastasse o foro privilegiado, agora teremos o autoindulto privilegiado”, disse a ex-senadora Marina Silva ― com quem eu não simpatizo, mas que, nesse caso, está coberta de razão. Segundo ela, a decisão do Supremo, que não se limita a Aécio, vai na contramão do desejo da sociedade de que a Justiça seja igual para todos. “Evitar uma crise constitucional colocando em risco a própria segurança institucional cria uma insegurança ainda maior, pois concede a um poder o direito de pairar acima dos demais. As instituições devem ser autônomas, mas não podem fazer o próprio julgamento, sob pena de passar a mensagem equivocada de alguns setores estão acima da lei”, sintetizou a eterna candidata à presidência da Banânia.

Toda essa celeuma poderia ter sido evitada com a desejável restrição ― ou mesmo extinção, excetuando-se, no máximo, os presidentes da República, do Legislativo e do Judiciário ― do famigerado foro privilegiado. A questão é complexa e merece ser tratada com mais vagar em outra oportunidade, mas vale adiantar que essa prerrogativa foi instituída pelos constituintes quando o fedor da ditadura ainda rescendia na Praça dos Três Poderes. A intenção era garantir o livre exercício do mandato parlamentar, mas a blindagem se estendeu aos crimes comuns, embora não faça o menor sentido um deputado, por exemplo, ser processado no Supremo por ter batido uma carteira ou espancado a cara-metade, também por exemplo.

Restrições à prerrogativa de foro vem sendo discutidas desde sempre, mas parece não existir a menor vontade política de levar a coisa até o final. Em junho, o ministro Barroso votou para que autoridades só tenham acesso ao foro em crimes relacionados ao exercício do cargo e durante o mandato. Três outros ministros seguiram seu voto, mas Alexandre de Moraes pediu vista do processo, e embora já o tenha devolvido à pauta do STF, liberando o plenário para retomar o julgamento, não há previsão de quando teremos essa importante decisão.    

Vamos aguardar para ver que bicho dá.

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terça-feira, 26 de setembro de 2017

WHATSAPP - GOLPE COM IMAGEM DO NEYMAR

AS MULHERES SÃO IMPRESSIONANTES: OU NÃO PENSAM EM NADA, OU PENSAM EM OUTRA COISA.

Segundo a empresa de segurança PSafe, mais de 10 mil usuários brasileiros do WhatsApp foram ludibriados pela bandidagem digital nas últimas semanas.

A maracutaia promete personalizar o plano de fundo do aplicativo com imagens do Neymar associada ao clube em que gostaria de ver o craque atuando. Aí a vítima é induzida a baixar um aplicativo sugestivamente batizado de Camisa 10 e a compartilhar esse suposto serviço com oito grupos ou quinze contatos do WhatsApp.

Segundo a PSafe, verdadeira intenção dos criadores da maracutaia é se locupletar às custas das vítimas, notadamente através de serviços de SMS pagos.

Em rio que tem piranha, jacaré nada de costas, e cautela e canja de galinha nunca fizeram mal a ninguém.

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sexta-feira, 18 de agosto de 2017

COMO EVITAR GOLPES ONLINE ― PARTE 4

O AMOR É LIVRE, MAS O SEXO É PAGO. 

Segurança absoluta é conversa fiada. Kevin Mitnick, considerado por muitos como o maior hacker de todos os tempos, dizia que “computador seguro é computador desligado” ― mas acrescentava que “um hacker competente encontraria uma maneira de levar o usuário a ligar o dispositivo para, assim, poder invadi-lo”. A rigor, o risco fica próximo de zero quando o usuário trabalha offline, mas, convenhamos: ter um PC, um tablet ou um smartphone e não acessar a internet seria o mesmo que ter uma poderosa Harley Davidson e andar com ela apenas no quintal de casa.

Antivírus, firewall e antispyware não são uma muralha intransponível, apenas a melhor solução de que dispomos para montar um arsenal de defesa. Claro que esses apps devem ser adequadamente configurados e regularmente atualizados, sem mencionar que é fundamental prestar atenção às mensagens que eles exibem ― daí ser recomendável usar programas com interface em português ou outro idioma que você compreenda, já que clicar em Yes quando se deve clicar em No pode pôr tudo a perder.

Boas suítes de segurança oferecem proteção proativa e se encarregam de baixar e instalar atualizações e realizar varreduras automaticamente, mas isso não desobriga o usuário precavido de obter uma segunda (ou terceira, ou quarta) opinião com um serviço de varredura online, como o Security Scanner (da Microsoft), o ESET Online Scanner, o House Call Free Online Virus Scan (da TrendMicro) e o Norton Security Scan (da Symantec). Todos são eficientes e gratuitos, mas tenha em mente que são serviços online e, portanto, não oferecem proteção em tempo real. Portanto, manter um antivírus residente, ativo, operante e devidamente atualizado continua sendo fundamental.

Igualmente importante é seguir as velhas e batidas regrinhas de segurança que eu venho repetindo desde sempre ― tais como tomar com anexos de email, links recebidos via correio eletrônico, programas mensageiros, redes sociais e por aí afora (mais detalhes no segundo capítulo desta sequência). Vale lembrar que instituições financeiras, operadoras de cartões de crédito e órgãos como Serasa, Receita Federal, Justiça Eleitoral e que tais não enviam emails informando que seu CPF será negativado ou que seu título de eleitor será cancelado, por exemplo. Mas os cibercriminosos criam mensagens de phishing scam que se aproveitam da credibilidade desses órgãos para ludibriar os incautos. Portanto é preciso ficar esperto.

Via de regra, a recomendação é deletar essas mensagens sem pensar duas vezes. Todavia, se o assunto for mesmo relevante, fale com seu gerente de conta (pessoalmente ou por telefone) ou fale (por telefone) com o órgão supostamente responsável pelo comunicado, mas jamais ligue para o número informado na mensagem, caso exista.

Concluímos na próxima postagem. Até lá.

FARRA NO CÉU

No País que enfrenta o maior déficit público de sua história, deputados federais gastaram R$ 1.457 milhão com fretamento de aeronaves particulares no primeiro semestre deste ano. Mesmo durante o recesso a turma refestelou-se. O saporil que tatuou sua paixão por Temer no ombro, por exemplo, torrou R$ 17 mil em janeiro. O amazonense Átila Lins e o paranaense Fernando Giacobo (que já ganhou 12 vezes na Loteria Esportiva) lideram a lista do período, com R$ 160 mil cada um.

MALUF NA CADEIA?

Terminou dia 23 de julho o prazo para publicação do acórdão do STF que condenou Paulo Maluf a 7 anos e 9 meses de prisão por lavagem de dinheiro. Sabe-se lá por que, até agora isso não aconteceu. Vencida essa etapa, só restarão os chamados preso para tentar impedir que o deputado seja engaiolado. Como a sentença foi unânime, é mínima a chance de sucesso da defesa, ainda que a cargo do experiente advogado Antonio Carlos de Almeida Castro.

Com Ricardo Boechat

E como hoje é sexta-feira, vamos a mais uma dose dupla de humor (negro) petista:




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quarta-feira, 16 de agosto de 2017

COMO EVITAR GOLPES ONLINE ― CONTINUAÇÃO

A FORCA É O MAIS DESAGRADÁVEL DOS INSTRUMENTOS DE CORDA.

Os golpes online nada mais são do que a adaptação da velha vigarice ao universo digital. No entanto, em vez de armar sua mesinha numa praça e “depenar os patos” com o jogo das tampinhas, o cibervigarista “trabalha” em casa ou em qualquer lugar onde haja uma rede Wi-Fi que lhe permita enviar emails em ou mensagens instantâneas com anexos e links maliciosos a centenas ou milhares de destinatários.

Colocando a coisa em outras palavras: a evolução tecnológica permite que o velho 171 seja aplicado remotamente e o anzol, lançado simultaneamente para um sem-número de vítimas potenciais, que por ingenuidade ou cobiça acabam mordendo a isca.

Como é sempre mais fácil pegar moscas com mel do que com vinagre ― já que ninguém é trouxa a ponto de abrir um anexo de email ou clicar num link qualquer se a maracutaia for evidente ―, a bandidagem digital se vale dos mais variados artifícios, e criatividade não lhe falta. Para dourar a pílula, ou seja, tornar a isca atrativa, os crackers recorrem à engenharia social, mas, se a embalagem varia, o conteúdo e o propósito são sempre os mesmos: lesar os incautos em benefício próprio através dos mais variados engodos, e assim capturar dados de login, senhas, números de cartões de crédito e de documentos, enfim tudo lhes que sirva para “depenar o pato”.

De mensagens de email com anexos ou links que prometem exibir “fotos reveladores de artistas famosos” às “ indefectíveis correntes do bem”, dos cartões virtuais e vales-presente a apelos comoventes e pedidos de ajuda para salvar crianças doentes, vale tudo para ilaquear a boa-fé dos incautos. Via de regra, o perigo está nos anexos e/ou nos links clicáveis ― que, uma vez abertos ou seguidos, instalam “na surdina” toda sorte de programinhas espiões (spywares) que monitoram as atividades da vítima, colhem informações pessoais/confidenciais e as enviam para o vigarista. Note, porém, que esses códigos nocivos também podem vir travestidos de aplicativos úteis ou apensados a freewares legítimos, como é o caso dos PUPs (sigla em inglês para programas potencialmente indesejados).

Mesmo que você não abra anexos transportados por emails de origem desconhecida e não siga links que prometem mundos e fundos, sempre existe o risco de cair numa página legitima “sequestrada” por cibercriminosos. Em suma: como dizia Kevin Mitnick ― o “maior hacker de todos os tempos” ―, computador seguro é computador desligado.

Amanhã a gente continua. Até lá, curta esse clipe:



Se o vídeo não abrir, acesse https://youtu.be/iHmSjrCFfcE

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quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

RENAN CONTINUA PRESIDENTE, MAS NÃO PODE SUBSTIUIR O PRESIDENTE


EM EDIÇÃO EXTRAORDINÁRIA:

Não acabou em pizza, mas numa salada russa com digitais do “chef” Michel Temer, cujo governo já vai mal das pernas, e a última coisa de que ele precisa é espichar ainda mais o perrengue entre o Legislativo e o Judiciário, que atingiu temperaturas altíssimas depois que o ministro Marco Aurélio Mello acolheu o pedido do partido Rede Sustentabilidade e apeou liminarmente Renan Calheiros da presidência do Senado.

Numa absurda inversão de valores ― embora não tão absurda para o Brasil, que é o rei dos contrassensos e das iniquidades ―, a liminar paralisou os trabalhos na Câmara Alta do Congresso Nacional. Era como se nada ali funcionasse sem a presença do senador alagoano ― réu no STF por crime de peculato e investigado em pelo menos mais 11 processos, oito dos quais no âmbito da Lava-Jato ―, que, para piorar, apoiado pela mesa diretora da Casa, resolveu simplesmente não acatar a decisão do Judiciário, como se sua deposição fosse uma opção, e não uma determinação da um ministro da nossa mais alta Corte de Justiça.

Vale lembrar que Temer tem urgência em aprovar a PEC dos gastos e a reforma da Previdência, já que o recesso parlamentar começa no próximo dia 20, e a substituição de Renan pelo petista Jorge Viana ser-lhe-ia, no mínimo, contraproducente. Assim, tramou-se nos bastidores um acordão (não confundir com “acórdão”) visando a uma solução meia-boca: tirar Renan da linha sucessória da presidência da República sem comprometer seu cargo de presidente do Senado e seu mandato de Senador. Como se substituir o presidente da República fosse uma prerrogativa pessoal de Renan, e não do cargo de presidente de qualquer uma das duas Câmaras do Congresso Nacional.

Já dava para sentir o cheiro da batata cozinhando no plenário do STF quando, contrariando a praxe, quem se pronunciou depois do relator foi o ministro Celso de Mello ― que, em situações normais, seria o penúltimo a votar (antecedendo a ministra Carmem Lucia, atual presidente da Corte). E na medida em que os votos de ambos os "Mello" divergiram em parte, os demais ministros sentiram-se confortáveis para acompanhar o decano e parir mais uma jabuticaba a pretexto da harmonia entre os poderes e sustentabilidade do Executivo.

O resultado pegou mal, o Supremo saiu desmoralizado e o povo, que torcia pela deposição de Renan, mais uma vez decepcionado. A boa notícia é que agora já podemos mudar de assunto, em que pese a possibilidade de novos desdobramentos, até porque o STF deverá decidir de uma vez se réus em ações penais podem ou não ocupar cargos que os coloquem na linha sucessória presidencial e, em se confirmando as previsões, Renan poderá perder também o mandato de senador (e a presidência da Casa, naturalmente). Além disso, o ministro Marco Aurélio ficou de encaminhar cópia do seu voto e documentos pertinentes à PGR, para que sejam investigados Renan e os demais senadores e membros da mesa diretora que se recusaram a receber a notificação judicial da liminar que apeava o alagoano da presidência da Casa. Janot já disse várias vezes que “não é admissível” um réu na presidência do Senado, e o ministro, que manter Renan na função seria um “deboche institucional”.

Quanto poder, presidente. Faço Justiça ao senador Renan Calheiros. Faço Justiça ao dizer que ele não me chamou de juizeco. Tempos estranhos, presidente, os vivenciados nessa sofrida república. Se diz que, sem ele, e a essa altura está sendo tomado como um salvador da Pátria amada, não teremos a aprovação de medidas emergenciais visando combater um mal maior, que é a crise econômica e financeira”, disse Marco Aurélio, num trecho do seu voto.

Se tivesse pedido a prisão de Renan quando este se recusou a cumprir a ordem judicial, Marco Aurélio teria evitado o conchavo entre os poderes em busca de uma “saída política”. Mas essa história já está ficando tão cansativa quanto a exploração, pela mídia, da fatalidade que dizimou o Chapecoense ― ou do crime, melhor dizendo, pois não há outra maneira de definir a decisão do piloto de percorrer 1605 milhas sem reabastecer uma aeronave com autonomia máxima de 1.600 milhas, e ainda declarar “falha técnica”, e não falta de combustível, quando pediu autorização para o pouso de emergência.

Falando em crimes e criminosos, o fotógrafo Ricardo Stuckert, que registra cada momento da vida de Lula desde 2003, recebeu do petralha sua mais recente missão: ficar em frente ao apartamento do petista às 5h da manhã, sempre que o chefe está em São Bernardo, para não perder as cenas de uma possível prisão.

Até mais ler.

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domingo, 4 de dezembro de 2016

O SUPRASSUMO DA CARA DE PAU!

Durante a abertura dos debates sobre as polêmicas medidas contra abuso de autoridade, na manhã da última quinta-feira, Renan Calheiros disse candidamente que defende a Lava-Jato e considera “sagradas” as investigações força-tarefa, que contribuem para o fim da grande chaga da impunidade”. Mas não explicou por que teria tentado aprovar no Senado e em regime de urgência ― as medidas anticorrupção avalizadas horas antes pela Câmara, que, por 450 votos a 1, aprovou uma versão espúria do relatório do deputado gaúcho Onyx Lorenzoni, um dos poucos parlamentares aparentemente sintonizados com os anseios da nação. Felizmente, dos 58 senadores presentes, apenas 14 apoiaram o presidente da Casa, e assim a tramoia não prosperou. 

Observação: Há quem diga que a exclusão da anistia à prática do caixa 2 eleitoral do pacote tenha sido uma vitória, mas eu pergunto: até quando teremos de dar os anéis para não perder os dedos? Afinal, deputados e senadores nada mais são que servidores públicos eleitos para defender os direitos os interesses da população que foram eleitos para representar, e não para legislar em causa própria nem ― muito menos ― financiar suas campanhas com dinheiro público e se locupletar com propinas, negociatas e outras práticas espúrias e bem pouco republicanas.

O fato é que Renan e centenas de outros proxenetas do parlamento estão preocupados com a “delação do fim do mundo”, como vem sendo chamado o acordo de leniência da Odebrecht ― que, combinado com a colaboração premiada de mais de 77 executivos da empreiteira, deve atingir mais de uma centena de políticos, dentre os quais o presidente Temer, os ex-presidentes Lula e Dilma, ministros e ex-ministros de Estado, governadores e ex-governadores, senadores, deputados, e por aí vai.

A boa notícia é que, por 8 votos a 3, o plenário do STF aceitou a denúncia contra Renan (por peculato), que agora é réu em um dos 12 processos que tramitam contra ele naquela Corte (votaram a favor do senador os ministros Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Dias Toffoli).
Toffoli, vale lembrar, por ocasião julgamento da ação que impede réus em ação penal de ocupar cargos na linha sucessória da presidência da República, em novembro passado, pediu vistas do processo depois que seis ministros já haviam votado pela proibição (inclusive ele próprio), favorecendo Renan, que, na qualidade de presidente do Senado, assume a presidência na ausência de Temer e de Rodrigo Maia. Ainda não há data prevista para o julgamento ser retomado, até porque, como se sabe, as coisas no STF andam a passo de tartaruga.

Vale lembrar também que Toffoli foi citado no acordo de delação de Leo Pinheiro, suspenso por Rodrigo Janot depois que a revista Veja publicou a notícia. Segundo a reportagem, a proximidade entre o chefão da OAS e o ministro já era conhecida pela PF e havia sido revelada pela revista em maio do ano passado, e que uma equipe de engenheiros da empreiteira teria reparado infiltrações na mansão deste último (e arcado com o custo da obra).

Toffoli foi indicado para o STF por Lula, depois de ter advogado para o PT nas campanhas do petralha de 1998, 2002 e 2006 e, mais adiante, chefiado Advocacia-Geral da União. Por convicção ou gratidão, o ministro votou pela absolvição de Dirceu no processo do mensalão (alegando “insuficiência de provas”) e, no comando do TSE, deixou que ataques de Dilma a Aécio corressem soltos, embora tenha cerceado o tucano quando este tentou revidar no debate do SBT e dado à campanha de Dilma direito de resposta no site de VEJA quando esta publicou o depoimento em que o doleiro Alberto Youssef disse que Lula e Dilma sabiam de tudo do petrolão.

Toffoli e a grande-chefa-toura-sentada-ora-impichada não se bicavam, o que explica os melhores desempenhos do ministro na Corte, quando tentou impedir, sem sucesso, que Luis Roberto “Minha Posição” Barroso atropelasse o regimento interno da Câmara e o Poder Legislativo, anulando uma sessão e redefinindo arbitrariamente o rito de impeachment. Meses atrás, Toffoli chegou ao cúmulo de “passar por cima” de duas instâncias do Judiciário (TRF de SP e STJ) para conceder habeas corpus a Paulo Bernardo, como bem pontuou o jornalista Reinaldo Azevedo nesta postagem.

Por último, mas não menos importante: em nota divulgada na manhã da última sexta-feira, Cláudio Lamachia, presidente nacional da OAB, defendeu o imediato afastamento do senador de Renan da presidência do Senado. Veja o destaque a seguir:  

Com a decisão tomada pelo STF de tornar o presidente do Senado, Renan Calheiros, réu em processo sobre peculato, é necessário que ele se afaste imediatamente de suas funções de presidente do Senado e do Congresso Nacional, para que possa bem exercer seu direito de defesa sem comprometer as instituições que representa. Trata-se de zelo pelas instituições da República. Por este motivo, é preciso que o senador seja julgado de acordo com os ritos e procedimentos estabelecidos em lei, com acesso à ampla defesa e ao contraditório, mas sem que isso comprometa o cotidiano e os atos praticados pelo Senado Federal. Não se trata aqui de fazer juízo de valor quanto à culpabilidade, uma vez que o processo que o investiga não está concluído”.
Renan vai renunciar? Façam suas apostas.

Em tempo: 


O juiz Sérgio Moro deve tirar 30 dias de férias em janeiro ― ao menos no começo do ano, os investigados da Lava-Jato devem conseguir passar um mês sem sustos.
A popularidade do magistrado continua em alta: depois de proferir uma palestra na Maison de France, no último dia 29, ele teve de posar várias vezes para selfies com garçons, recepcionistas e a turma da cozinha que trabalhou no evento.

Hoje, 4, devem ocorrer manifestações em defesa da Lava-Jato em pelo menos 221 cidades do Brasil (segundo números do VemPraRua.net). O Instituto Ipsos  fez uma pesquisa para saber a opinião dos brasileiros sobre a força-tarefa e chegou à conclusão de que 96% acham que ela tem de continuar, custe o que custar. É provável que, se a pergunta fosse reformulada e feita tipo “você é a favor de Sergio Moro e contra os corruptos”, o resultado ficasse ainda mais perto dos 100%.

Nesse entretempo, os “cabecinhas-pequenas”, movidos pelo sites-mortadela, espalham alegremente (não seria desesperadamente?) seu besteirol comuna, dizem que Moro vai fugir do Brasil (não seria o Lula?), que o juiz é responsável pelo crash da nossa economia (não seria a Dilma?), que a Lava-Jato é urdida e patrocinada pela C.I.A. ― ou com o “governo imperialista americano”, como preferem os mais delirantes (não seria ignorantes?) ―, e por aí segue a cachoeira de asnices.

Enquanto ideias como essas grassarem e encontrarem ouvidos que as escutem e mentes que as absorvam sem remissão, nosso pobre país não passará de uma republiqueta de bananas.

A propósito: sabe como evitar que esses comunas morram afogados? É só atirar neles antes que caiam n’água.

Um ótimo domingo a todos. 

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domingo, 6 de novembro de 2016

DUAS PELO PREÇO DE UMA

Se você é usuário do WhatsApp, convém pôr as barbas de molho: A bandidagem digital, useira e vezeira em pegar carona na popularidade de aplicativos e serviços, vem ludibriando centenas de milhares de usuários do programinha com a oferta de uma funcionalidade (falsa) que permitiria bisbilhotar as trocas de mensagens de seus contatos. Segundo empresa de segurança PSafe, os estelionatários induzem as vítimas a compartilhar um link com dez amigos ou grupos e depois baixar o app com a função Whats Espião e fornecer seus dados pessoais, o que acaba gerando cobranças indevidas e abrindo as portas do smartphone para outros tipos de crimes digitais.
Como diz um velho ditado, "a curiosidade matou o gato".

Já a Microsoft promete disponibilizar no Patch Tuesday deste mês a correção para uma falha de segurança do Windows revelada pelo Google, que denunciou o problema na última segunda-feira, 31, embora afirme ter notificado a empresa de Redmond no dia 21 de outubro. Seja lá como for, fique atento e não deixe de atualizar seu PC na próxima terça-feira.
(Com conteúdo do portal de tecnologia IDG Now!)

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ATÉ ONDE VAI A ESTUPIDEZ HUMANA...

De acordo com alguns autointitulados “intelectuais petistas”, é preciso velar pela reputação de Lula. Antes de prosseguir, abro um parêntese: é estranho falar em intelectuais, pois, à luz da cachoeira de denúncias contra essa facção criminosa disfarçada de partido, defender o lulopetismo não combina com a conotação de “lente” associada ao termo em questão. Enfim, fechemos o parêntese e sigamos adiante: Que mané reputação, cara-pálida? Só se for “má-reputação”, cumpanhêros, que o cara está mais sujo que poleiro de papagaio, e essa falácia de complô da mídia, das elites e sei lá mais quem para “desconstruir a importância do autodeclarado "vivente mais honesto do Brasil" e comprometer sua volta ao Planalto nas eleições presidenciais de 2018” não passa de cantiga para dormitar bovinos.

Na visão desses “luminares” ― e da militância apedeuta que bebe suas palavras como se fossem o mais puro néctar dos deuses ―, as ações movidas contra Lula não passam de perseguição política capitaneada pelo “juiz fascistaSergio Moro, e a prisão e eventual condenação do lalau teria cunho eminentemente político e, portanto, seria tão injusta quanto eles alegam que foram a condenação do guerrilheiro de araque José Dirceu (e do valoroso mochileiro João Vaccari), o impeachment da nefelibata da mandioca, a prisão de Mantega e de Palocci (que ontem se tornou oficialmente réu na Lava-Jato) e por aí segue a interminável procissão de desvarios.

Observação: Nesta quinta-feira, o juiz Sergio Moro aceitou a denúncia do Ministério Público contra Antonio Palocci ― que foi ministro nos governos de Lula e de Dilma ― e mais 14 indiciados (dentre os quais Marcelo Odebrecht e Renato Duque) por crimes como corrupção ativa, passiva e lavagem de dinheiro.

Falando no Babalorixá da Banânia ― termo cunhado por Reinaldo Azevedo, que às vezes chuta fora, mas quase sempre marca gol ―, o dito-cujo [Lula, não Reinaldo] rompeu o silêncio depois de seu partido ser castigado nas urnas, e achou de culpar São Paulo pela desdita da ORCRIM (já que no Estado mais rico e populoso da Federação o PT caiu do terceiro para o décimo lugar em número de prefeituras, sendo derrotado até mesmo no mítico ABCD, tradicional reduto da legenda e berço político de seu desprezível criador.

Segundo o jornalista, em discurso proferido durante a inauguração de um laboratório da Universidade Federal de São Carlos, o molusco abjeto perorou o apanhado de bobagens que lhe sopram os “luminares” petistas:

Aqui em São Paulo nós temos um problema que é o conservadorismo. Desde a Revolução de 32, quando foi construída a USP, que eles não queriam universidade federal aqui para não ter pensamento federal no Estado de São Paulo. Uma ideia, uma concepção retrógrada, que não tem noção de país, não tem noção de que o país tem 8,5 milhões de quilômetros quadrados, que nós somos uma mega nação, que tivemos as mais diferentes culturas desse mundo, e tem gente que não gosta disso. Tem gente que não gosta da ascensão de outros Estados”.

O petralha parece se esquecer de que a capital paulista é a segunda maior cidade nordestina do Brasil (atrás apenas de Salvador, que reelegeu um prefeito do DEM, o segundo mais votado do país em números proporcionais), e mesmo assim o petralha Fernando Haddad foi fragorosamente derrotado pelo tucano João Doria (e logo no primeiro turno, fato inédito em Sampa, onde a escolha dos alcaides sempre se definiu no segundo turno das eleições). Tampouco mencionou sua insolência que o PT não ganhou em nenhuma capital do Sul, do Sudeste, do Nordeste ou do Centro-Oeste ― com a isolada exceção de Rio Branco, no Acre ―, nem que o petista João Paulo, que disputou o segundo turno em Recife (capital do Estado em que Lula nasceu) implorou para o deus pai da petralhada não aparecer por lá ― e nem assim deu certo, pois foi derrotado por Geraldo Júlio, do PSB por 61% a 38% dos votos válidos.

Resumo da ópera: talvez o resto do Brasil não repudie o PT com a força de São Paulo ― não por acaso, o Estado mais rico e populoso do país ―, mas também não fica muito atrás.

Enfim, após disparar boçalidades contra São Paulo, Lula resolveu investir em teorias conspiratórias dignas de Marilena Chauí ― aquela que acha que Sergio Moro é um agente dos EUA incumbido nos tirar o pré-sal. Sobre a deposição de Dilma, o molusco fez elucubrações absurdas, como se vê a seguir, na transcrição de um trecho do discurso:

Será que é porque nós destinamos 75% dos royalties para resolver o problema da educação, para recuperar o tempo perdido do século 21? Será que essa coisa que aconteceu no Brasil tem alguma ligação com o Brasil ter virado um protagonista internacional, ter criado o Brics, ter criado um banco fora do FMI e do Banco Mundial? Será que o que está acontecendo no Brasil tem a ver com a relação do Brasil com a África, da criação da Unasul, do Mercosul? Então é importante que a gente discuta que não é por acaso o que está acontecendo nesse país, não é por acaso. Tem algo maior do que a gente imagina acontecendo nesse país”.

Ora, o petismo nos deu crescimento de 0,1% em 2014, recessão de 3,8% em 2015 e de estimados 3,2% a 3,5% em 2016. O petismo nos legou inflação de dois dígitos, juros de 14,25%, desemprego de 12%, déficit fiscal de R$ 170,5 bilhões, colapso na infraestrutura, saúde em pandarecos, uma das piores escolas do mundo, a Petrobras quebrada e um dos regimes mais corruptos do planeta. Aí os imperialistas se juntaram com a direita e decidiram: Precisamos dar um jeito de parar essa potência, antes que o eixo Maduro-PT transformem a América Latina num paraíso.

Daí já se vê como será a campanha eleitoral de Lula em 2018 ― caso ele esteja vivo e continue solto até lá (coisa de que eu duvido; afinal, a delação da Odebrecht promete, e deve ser homologada nos próximos dias).

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quarta-feira, 8 de junho de 2016

POR QUE LULA AINDA NÃO FOI PRESO?

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

PAPAI NOEL NÃO TROUXE O IPHONE QUE VOCÊ QUERIA? ANIME-SE: NEM TUDO ESTÁ PERDIDO.

JUVENTUDE SÓ SE TEM UMA VEZ, E PELO RESTO DA VIDA SENTE-SE FALTA DELA.

O Natal se foi, e com ele seu sonho de ganhar um iPhone estalando de novo? Pois é, vai ver que a crise deflagrada pela nossa valiosa presidanta chegou até o Pólo Norte... Mas nem tudo está perdido.
Para quem não abre mão do modelo mais recente (que sempre chega ao mercado a preços estratosféricos), vale lembrar que, a cada novo lançamento, o preço das versões anteriores se torna mais, digamos, palatáveis. Demais disso, uma promoção das Casas Bahia em parceria com a Apple — codinome "nada separa você do seu primeiro iPhone" — facilita o pagamento do gadget dos seus sonhos em suaves prestações mensais.

O modelo 4S, por exemplo, lançado em 2010, mas que ainda recebe atualizações do sistema operacional, pode ser adquirido por R$ 1.357 em 23 parcelas de R$ 59 (ou à vista, por R$ 1.099). Note, porém, que o upgrade para o iOS 8, embora tecnicamente possível, acarreta uma significativa lentidão ao telefoninho.

Convém ter em mente que, com esse mesmo valor, é possível encontrar smartphones bem mais atuais, ainda que de outras marcas. Isso sem mencionar que, se você pesquisar em sites de buscas como o Buscape ou o Bondfaro, por exemplo, achará o 4S por menos de R$ 1.000.

Por último, mas não menos importante, assegure-se de que a loja online ou o distribuidor independente seja confiável, ou você poderá ter problemas como o relatado recentemente por uma consumidora de São José do Rio Preto, que comprou um iPhone 6 pela internet (através do site das Casa Bahia), efetuou o pagamento (cerca de R$ 3.000) e dias depois, em vez do tão sonhado telefone, recebeu uma caixa... um tijolo.

Leia abaixo a transcrição do comunicado endereçado pela assessoria de imprensa da rede à Oficina da Net:

A CasasBahia.com.br informa que o produto comprado pela cliente Talyta de Souza Lima foi adquirido em nosso site por intermédio da modalidade Marketplace, sendo vendido e entregue pela empresa AMKG. Após a ciência do relato da consumidora, o lojista foi consultado e, ato contínuo, foi acordado com a cliente o cancelamento da compra, com visualização do estorno entre uma ou duas faturas (de acordo com a data de corte/vencimento).
Os parceiros de marketplace (lojistas) da CasasBahia.com.br são criteriosamente analisados antes de iniciarem as vendas em nosso site. Nessa avaliação, é levantada, inclusive, a quantidade de reclamações em órgãos de Defesa do Consumidor. Uma vez aceitos em nosso site, são constantemente avaliados e monitorados por intermédio de uma nota interna. Se ela não for atingida, o lojista é descredenciado de forma temporária ou definitiva, como aconteceu com a AMKG desde 3 de dezembro.
A companhia se desculpa pelos eventuais transtornos e permanece à disposição para quaisquer esclarecimentos adicionais
.”

Como eu sempre costumo dizer, “cautela e canja de galinha não fazem mal a ninguém”.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Black Friday verde e amarela.

SE VOCÊ ACHA QUE A EDUCAÇÃO É CARA, EXPERIMENTE A IGNORÂNCIA.

Este não era nem de longe o tema da postagem desta segunda-feira, nem tampouco o que eu escolheria para abrir o mês de dezembro, quando a proximidade das festas natalinas e de réveillon evocam tudo de bom que reside no fundo do coração da plebe ignara do povo tupiniquim. No entanto, foi-me impossível resistir, por motivos que vocês podem conferir assistindo aos clipes a seguir:

 





Igualzinho aqui, né?
Isso nos leva a encher o peito e cantar aquele jingle enjoadinho sobre ser brasileiro com muito orgulho, muito amor e o cacete, não é mesmo? Gente, que o nosso país tem tudo para ser o melhor do mundo, disso ninguém duvida, mas com esse povinho aculturado que vota em políticos de merda e ainda lambe os beiços, sem chance. 
Antes de me xingar ou de deixar de seguir meu humilde Blog, vejam a quantas anda o escândalo do PETROLÃO e depois reafirmem sua fé nos PTralhas, no Nove Dedos e no "Poste" que ele enfiou goela abaixo dos brasileiros (para não dizer outra coisa) cujos impostos escorchantes sustentam essa - com o perdão da palavra - putaria franciscana. 
Desculpem-me pelo desabafo.
Boa semana a todos.

E.T. Deliciem-se, se puderem, com mais essa pérola do "de cujus":

sexta-feira, 28 de março de 2014

UTILIDADE PÚBLICA - ROUBO DESCARADO NOS CAIXAS DOS SUPERMERCADOS!

BRASIL – SE COBRIR, VIRA CIRCO, SE CERCAR, VIRA HOSPÍCIO.

Atire o primeiro vidro de azeite quem nunca se deparou com discrepâncias entre os preços informados nas gôndolas e os efetivamente cobrados nos caixas dos supermercados.
E se você acha que essa prática é restrita a mercadinhos e armazéns da periferia, é melhor rever seus conceitos: uma pesquisa realizada pelo IDEC em janeiro passado apurou que o campeão das maracutaias é o Pão de Açúcar (meu abraço ao grande Abílio Diniz, principal responsável por transformar a Doceria Pão de Açúcar, fundada por seu pai em 1948, na maior rede varejista do Brasil).
Sem descer aqui a conjecturas sobre a dificuldade de prosperar honestamente num país como este nosso, que há décadas (ou séculos) vem sendo dominado por corruptos de todas as espécies, fica aqui o alerta: confira o preço de cada item naqueles leitores que os mercados são obrigados a disponibilizar – e que nem sempre funcionam, mas aí já é outra história. Se possível, use a calculadora do celular para computar cada produto colocado no carrinho... Pode ser trabalhoso, mas o susto no caixa (ou, pior, em casa, ao conferir o cupom fiscal) será bem menor.

Veja a seguir a sinopse de uma notícia publicada no Diário de São Paulo, sob o título “Na gôndola é um preço, no caixa é outro”:

PESQUISA DO IDEC (INSTITUTO BRASILEIRO DE DEFESA DO CONSUMIDOR) REALIZADA EM JANEIRO DÁ CONTA DÁ CONTA DE QUE OS PREÇOS INFORMADOS NAS GONDOLAS DOS SUPERMERCADOS DE SÃO PAULO SÃO DIFERENTES DOS COBRADOS NOS CAIXAS.
DEZ LOJAS DE CINCO REDES FORAM ANALISADAS, E O CASO MAIS GRITANTE FOI O PÃO DE AÇÚCAR. DOS 46 PRODUTOS VERIFICADOS, 11 TINHAM PREÇO MAIOR DO QUE O EXPOSTO E, NA SOMA TOTAL, A COMPRA SAIRIA 10% MAIS CARA.
O CARREFOUR, SEGUNDO COLOCADO NO RANKING DE IRREGULARIDADES, APRESENTOU APENAS QUATRO DISTORÇÕES ENTRE 45 PRODUTOS, MAS A DIFERENÇA NO PREÇO FINAL CHEGOU A 50% COM UMA CAIXA DE LASANHA, ANUNCIADA POR R$ 4,65, MAS QUE FOI REGISTRADA NO CAIXA POR R$ 10,09.
O EXTRA E O WALMART APRESENTARAM TRÊS DIVERGÊNCIAS E O SONDA, DUAS.
PROCURADA PELO DIÁRIO, A ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE SUPERMERCADOS DISSE ORIENTAR SEUS FILIADOS A ADOTAR O VALOR MAIS BAIXO, MESMO QUE O CONSUMIDOR JÁ TENHA PAGO PELO PRODUTO. AO IDEC, AS REDES AFIRMARAM SEGUIR O CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR E A LEGISLAÇÃO REFERENTE À AFIXAÇÃO DE PREÇOS.
TAMBÉM FORAM ENCONTRADOS TERMINAIS DE LEITURA INOPERANTES OU INEXISTENTES, APESAR DE CARTAZES INDICAREM SUA LOCALIZAÇÃO. EM UMA LOJA DO CARREFOUR, QUATRO DELES TINHAM PROBLEMAS. NO EXTRA TAMBÉM HAVIA QUATRO, MAS EM LOJAS DIFERENTES. NO SONDA, APENAS UM.

No Rio, a campanha “De olho no preço” – respaldada pela Defensoria Pública do RJ, pelos PROCONS do estado e das cidades fluminenses, pelo Ministério Público Estadual, pela Comissão de Defesa do Consumidor da OAB-RJ e pela Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro – já conta com 300 supermercados participantes, que são obrigados a fornecer de graça os produtos com preços divergentes, bastando para isso o consumidor dar conta da irregularidade ao gerente ou responsável pelo estabelecimento. Aprende, Brasil!

Passemos agora ao nosso tradicional humor de final de semana (como se não nos bastasse rir de nós mesmos diante do que vimos vivenciando - e pagando a conta, o que é pior).

O presidente Lula chama a sua secretária e diz:
— Por favor, marque uma reunião com os ministros para sexta-feira.
— Presidente, sexta-feira é com "s" ou com "x"? — pergunta a secretária.
Lula pensa um pouco e responde:
— Melhor marcar para quinta.

Bom final de semana a todos.