Vivemos num país onde o presidente mais impopular da história é refém de um Congresso comandado por
corruptos, onde um extremista de direita e
admirador confesso da ditadura militar tem chances reais de ser o próximo mandatário, e onde um criminoso populista e parlapatão,
que cumpre pena por corrupção, limpa o rabo com a Lei da Ficha-Limpa e, qual
egun mal despachado, continua assombrando os cidadãos de bem com sua
estapafúrdia “pré-candidatura”. Enquanto isso, na nossa Suprema Corte — último bastião
desta republiqueta de bananas —, ministros promovem bate-bocas
e cenas de quase pugilato diante das câmeras de TV. É mole?
Observação: Vale lembrar que os resultados das pesquisas eleitorais, além de variarem conforme as convicções político-ideológico-partidárias de cada
instituto, representam um “instantâneo” do
momento em que os dados são coletados. Demais disso, as respostas dependem em grande
medida da maneira como as perguntas são feitas, e um público-alvo de 2 mil
entrevistados não reflete necessariamente a opinião dos quase 150 milhões de
eleitores.
Com o chefe do Executivo
denunciado no exercício do cargo e o Legislativo
tomado pela metástase da corrupção, o Judiciário tornou-se nossa única esperança, sobretudo depois que a Lava-Jato trouxe a lume as entranhas pútridas da corrupção na política. Infelizmente, entre os
11 ministros do STF estão o "balanga-beiço" Gilmar, padroeiro dos encarcerados, o iluminado Toffoli,
que foi reprovado em dois concursos para juiz, mas, a menos que o imprevisto tenha voto na assembleia dos acontecimentos, deve presidir
o Tribunal pelos próximos dois anos, e o prepotente Lewandowski,
que dispensa apresentações. Sem mencionar o pendular Celso de Mello, a indecisa Rosa Weber, o exasperante Marco Aurélio, e por aí segue essa desalentadora procissão.
Não se aplica ao Brasil a máxima segundo a qual o jornalismo
funciona em ciclos de 24 horas. Aqui, como diz o pessoal da Band News FM, “em 20 minutos tudo pode mudar”, e quem escreve sobre política acaba atropelado
pelos fatos, ou por outra, quem acompanha o desenrolar dos acontecimentos pelo rádio, pela TV e pelos grandes portais sabe mais que articulista — que, em
vão, se esforça para colocar seus leitores a par das novidades. O intervalo de algumas horas entre a elaboração dos meus posts e sua efetiva publicação, nos primeiros
minutos da madrugada seguinte, não deveria fazer grande diferença, mas faz.
E como faz.
No Brasil de hoje, onde nada é impossível, as horas são
fatias da eternidade.
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