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quinta-feira, 9 de novembro de 2017

HDD/SSD ― A MEMÓRIA DE MASSA DO PC ― Parte 6

NOSSOS POLÍTICOS NÃO VALEM NADA... MAS COMO CUSTAM CARO!

Vimos que a fragmentação dos arquivos resulta da maneira como o Windows gerencia os dados no HDD, e que, quando excessiva, deixa o computado lento. O próprio Windows dispõe de uma ferramenta que serve para “arrumar essa bagunça”, que vermos mais adiante, depois de discutirmos brevemente o formato de arquivos NTFS, como fizemos no post anterior com a FAT16 e a FAT32.

Relembrando: FAT é a sigla para File Allocation Table, um sistema de alocação de arquivos que a Microsoft utiliza desde os tempos do MS-DOS. Sua primeira versão usava 12 bits para endereçar os dados, mas as subsequentes ― FAT 16 e 32, lançadas, respectivamente, em 1987 e 1996 ― passaram a usar 16 e 32 bits. A FAT 32 e a exFAT (ou FAT 64) ainda são bastante populares, e suportadas pelas edições mais recentes do Windows.

Observação: O exFAT foi desenvolvido para atender a usuários que manipulam arquivos únicos com mais de 4 GB (o NTFS também é uma alternativa, mas isso é outra conversa). Conhecida como FAT 64, essa “evolução” da FAT 32 foi introduzida em 2006, com o objetivo de otimizar unidades de armazenamento, como pendrives. Com clusters de tamanho-padrão de 128 KB (o valor pode variar e ser definido de acordo com o tamanho da unidade de armazenamento), ela é compatível com todas as edições recentes do Windows, e até mesmo o Mac OS X.

O New Technology File System foi desenvolvido com base no HPFS (High Performance File System, criado pela gigante IBM) e implementado no Windows NT, que foi lançado pela Microsoft, nos anos 1990, com vistas ao mercado de servidores. Devido à sua confiabilidade e desempenho superiores aos da FAT, além da capacidade de recuperação em caso de falhas ― como depois de um desligamento inesperado do computador provocado por um apagão na rede elétrica, por exemplo ―, do esquema de permissões de acesso e da eficiência no gerenciamento de unidades de disco volumosas, esse sistema de arquivos é utilizado por padrão para formatar a unidade onde o Windows 10 será instalado, já que, combinado com o tamanho dos clusters, o uso de 64 bits no endereçamento dos dados permite gerenciar partições de até 256 Terabytes (enquanto os limites da FAT 16 e 32 são, respectivamente, de 2 GB e 2 TB).

Com o lançamento do Windows 2000, que sucedeu o WinNT, o NTFS incorporou recursos que aprimoraram ainda mais sua segurança, desempenho e confiabilidade. Dentre outras características, cito a proteção dos dados por criptografia, a capacidade de lidar com compressão de dados ― para economizar espaço no disco ― e a criação de cotas ― que permite ao administrador definir a quantidade de espaço que cada usuário pode utilizar, prevenindo problemas de desempenho decorrentes, por exemplo, do esgotamento dos recursos de armazenamento de um servidor. Ele utiliza uma estrutura conhecida como MFT (Master File Table), que funciona de maneira diferente da FAT, embora tenha a mesma finalidade.

Em resumo, o MFT registra os atributos de cada arquivo armazenado ― nome, data da última modificação, permissões e, principalmente, localização na unidade de armazenamento ― e os salva num espaço exclusivo que é criado em cada partição. Esse espaço, denominado “zona MFT”, corresponde a pouco mais de 10% do espaço total da partição ― uma porção considerável, mas necessária, já que o registro dos atributos de cada arquivo pode ocupar mais de 1 KB.

O resto fica para o próximo capítulo, pessoal. Até lá.

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