NOSSOS POLÍTICOS NÃO VALEM NADA... MAS
COMO CUSTAM CARO!
Vimos que a fragmentação dos arquivos resulta da maneira
como o Windows gerencia os dados no HDD, e que, quando excessiva, deixa o
computado lento. O próprio Windows
dispõe de uma ferramenta que serve para “arrumar essa bagunça”, que vermos mais
adiante, depois de discutirmos brevemente o formato de arquivos NTFS, como fizemos no post anterior com
a FAT16 e a FAT32.
Relembrando: FAT
é a sigla para File Allocation Table, um sistema de alocação de arquivos
que a Microsoft utiliza desde os tempos do MS-DOS. Sua primeira versão usava 12 bits para endereçar os dados, mas as
subsequentes ― FAT 16 e 32, lançadas, respectivamente, em 1987 e 1996 ― passaram a usar 16 e 32 bits. A FAT 32 e a exFAT (ou FAT 64) ainda são bastante populares, e suportadas pelas edições
mais recentes do Windows.
Observação: O exFAT
foi desenvolvido para atender a usuários que manipulam arquivos únicos com mais
de 4 GB (o NTFS também é uma alternativa, mas isso é outra conversa).
Conhecida como FAT 64, essa
“evolução” da FAT 32 foi introduzida
em 2006, com o objetivo de otimizar unidades de armazenamento, como pendrives.
Com clusters de tamanho-padrão de 128 KB
(o valor pode variar e ser definido de acordo com o tamanho da unidade de
armazenamento), ela é compatível com todas as edições recentes do Windows, e até mesmo o Mac OS X.
O New
Technology File System foi desenvolvido com base no HPFS (High Performance File System,
criado pela gigante IBM) e
implementado no Windows NT, que foi
lançado pela Microsoft, nos anos 1990,
com vistas ao mercado de servidores. Devido à sua confiabilidade e desempenho
superiores aos da FAT, além da capacidade
de recuperação em caso de falhas ― como depois de um desligamento inesperado do
computador provocado por um apagão na rede elétrica, por exemplo ―, do esquema
de permissões de acesso e da eficiência no gerenciamento de unidades de disco
volumosas, esse sistema de arquivos é utilizado por padrão para formatar a
unidade onde o Windows 10 será
instalado, já que, combinado com o tamanho dos clusters, o uso de 64 bits no endereçamento dos dados permite
gerenciar partições de até 256 Terabytes
(enquanto os limites da FAT 16 e 32 são, respectivamente, de 2 GB e 2 TB).
Com o lançamento do Windows
2000, que sucedeu o WinNT, o NTFS incorporou recursos que
aprimoraram ainda mais sua segurança, desempenho e confiabilidade. Dentre outras
características, cito a proteção dos dados por criptografia, a capacidade de lidar com compressão de dados ― para economizar espaço no disco ― e a criação
de cotas ― que permite ao
administrador definir a quantidade de espaço que cada usuário pode utilizar,
prevenindo problemas de desempenho decorrentes, por exemplo, do esgotamento dos
recursos de armazenamento de um servidor. Ele utiliza uma estrutura conhecida
como MFT (Master File Table), que
funciona de maneira diferente da FAT,
embora tenha a mesma finalidade.
Em resumo, o MFT registra
os atributos de cada arquivo armazenado ― nome, data da última modificação,
permissões e, principalmente, localização na unidade de armazenamento ― e os
salva num espaço exclusivo que é criado em cada partição. Esse espaço,
denominado “zona MFT”, corresponde a
pouco mais de 10% do espaço total da partição ― uma porção considerável, mas necessária,
já que o registro dos atributos de cada arquivo pode ocupar mais de 1 KB.
O resto fica para o próximo capítulo, pessoal. Até lá.
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