É POSSÍVEL ARGUMENTAR COM UM IDIOTA,
MAS É IMPOSSÍVEL FAZÊ-LO PENSAR.
Smartphones de última geração são irresistíveis para
aficionados por tecnologia, mesmo quando custam os olhos da cara e não trazem
grandes inovações ― ou mesmo quando trazem, mas dificultam de tal maneira o aprendizado
que muitos usuários simplesmente não as utilizam.
Adotar prontamente tecnologias recentes envolve
riscos ― como eu costumo dizer, os pioneiros são reconhecidos pela flecha
espetada no peito ― e exige capital, mas vamos deixar para discutir isso em
outra ocasião. De momento, veremos o que fazer se, ao conectarmos um celular
novo no computador para transferir dados entre os aparelhos, o Windows não o
reconhece ― um problema bastante comum, que geralmente ocorre devido
à falta do driver que permite ao
sistema operacional do computador “enxergar” o telefoninho como um drive externo.
Observação: Drivers ― ou controladores ― são
programinhas de baixo nível (designação que nada tem a ver com a sofisticação
do software, mas sim com seu envolvimento com o hardware) que garantem a
intercomunicação entre dispositivos de hardware e o sistema operacional. Já o
termo drive faz referência a
unidades de armazenamento de dados, como o HDD, o pendrive, etc.
O Windows é capaz de instalar e operar a maioria
dos dispositivos fabricados até a época do seu lançamento (note que drivers
desenvolvidos para o Windows 10 podem não funcionar no Seven,
por exemplo, e vice-versa). Todavia, a rapidez com que a tecnologia contribui para desatualizar rapidamente esse banco de drivers nativos. Demais disso, é preferível usar drivers desenvolvidos pelos próprios fabricantes dos componentes, que tendem a ser mais eficientes que os genéricos, além de ampliarem a
gama de recursos e funções do hardware.
Até não muito tempo atrás, sempre que comprávamos um periférico
qualquer (monitor de vídeo, impressora, drive de HD externo, câmera digital,
etc.), recebíamos um disquete ou CD com os drivers que deveríamos instalar no
computador. Hoje em dia, se o Windows não reconhecer o dispositivo automaticamente, só nos resta garimpar o driver no site do respectivo fabricante. No caso específico dos smartphones, essa providência nem sempre é
necessária ― sem mencionar que os telefoninhos inteligentes oferecem diversas alternativas de comunicação, como o Wi-Fi, o Bluetooth, o NFC, e por aí afora.
Observação: O NFC (de Near Field Communication) é uma tecnologia semelhante ao Bluetooth, só que mais veloz ― e mais segura, já que a troca de dados (arquivos, programas, músicas, filmes e fotos) exige que os aparelhos envolvidos estejam posicionados a poucos centímetros um do outro. Isso pode ser desconfortável, mas ajuda a prevenir acessos não autorizados ao aparelho. O Bluetooth, cujo alcance pode chegar a 100 metros, abre espaço para o Bluejacking e o Bluebugging, por exemplo, que burlam os procedimentos de autorização e identificação e permitem que arquivos sejam executados ou transferência sem a autorização expressa do usuário.
Mas há casos em que queremos estabelecer uma conexão cabeada entre o
smartphone e o PC (até porque a transferência de dados é mais rápida). O problema é que nem sempre é fácil encontrar o driver específico, que varia conforme a marca e
modelo do dispositivo em questão. Em sendo o caso, é possível “quebrar o galho” com um controlador genérico, como veremos em detalhes na próxima postagem. Até lá.