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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

DE VOLTA ÀS VIAGENS NO TEMPO — 4ª PARTE

A TRAGÉDIA DA VIDA É QUE FICAMOS VELHOS CEDO DEMAIS E SÁBIOS TARDE DEMAIS
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Entropia significa "desordem em um sistema físico". Um vaso sobre a mesa é um exemplo de baixa entropia; se ele cai e se espatifa, a entropia cresce de maneira irreversível, pois os cacos não se juntam espontaneamente. 

Uma vez que a entropia de um sistema só aumenta, conclui-se que a seta do tempo só aponta para o futuro. Mas os princípios da termodinâmica foram estabelecidos estabelecidos no século XIX com base em máquinas a vapor, e não se aplicam ao Universo infinito, onde o que define a passagem do tempo não é o aumento da entropia, mas a expansão do cosmos em todas as direções.

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A condenação de Bolsonaro já não é uma questão de "se", mas de "quando". O capetão e seus advogados recorrem ao jus sperniandi. É função dos causídicos defender seus clientes, mas daí a insultar a inteligência alheia vai uma longa distância. Diante do calhamaço de provas coletadas pela PF, alegar que o indiciamento e a denúncia se basearam unicamente na delação de Mauro Cid é pura ficção. 
O argumento segundo o qual o golpe não passou dos atos preparatórios não faz sentido. Como bem anotou Paulo Gonet, "quando um presidente reúne a cúpula das Forças Armadas para expor planejamento minuciosamente concebido para romper com a ordem constitucional, tem-se ato de insurreição em curso". Mais próximo da cadeia que da urna e sem perspectivas no Judiciário, Bolsonaro se agarra à proposta da anistia — que subiu no telhado com a denúncia — como um náufrago que abraça um jacaré imaginando tratar-se de um tronco.
A capacidade de se iludir tornou-se vital para o ex-presidente, que, mimetizando o comportamento adotado por Trump e Lula na época em que fizeram suas excursões pelos nove círculos do inferno, alega ser vítima de perseguição política. A um passo do banco dos réus, age como se estivesse prestes a repetir seu ídolo retomando o trono, mas a legislação americana permitiria que Trump governasse de dentro da cadeia, ao passo que a inelegibilidade proibiria o "mito" de pedir votos mesmo que ainda estivesse solto em 2026. Para não ser trocado por um Plano B da direita, ele tenciona repetir tudo o que condenou no arquirrival petista em 2018 — Lula só autorizou o PT a substituir seu nome pelo de Haddad quando o TSE finalmente negou o registro de sua candidatura, e o capetão, marchando rumo à prisão, diz que levará sua candidatura ao TSE em 2026. Se colocassem a cara na vitrine, as alternativas do conservadorismo inibiriam a manobra. Ficando na encolha, os devotos atribuem ao "mito" a mística de um messias, abençoando com suas orações a futura ascensão à cabeça de chapa de um vice extraído do bolso do colete ou da árvore genealógica da Famíglia Bolsonaro.
O sigilo da delação de Muro Cid foi levantado na quarta-feira, comprovando que a higidez da denúncia contra o alto-comando do golpe não se escora somente no suor de um dedo, mas também em testemunhos de ex-comandantes militares, áudios, vídeos, mensagens, documentos e o diabo a quatro. Cid pediu perdão judicial em troca da delação e a extensão dos benefícios ao pai, à mulher e à filha. O tamanho do prêmio, que será definido no final do julgamento, depende do peso que os ministros da 1ª Turma do STF atribuírem à colaboração. 
A PF já indiciou Cid nos inquéritos da falsificação de cartões de vacinas, do roubo das joias e da tentativa de golpe. Conforme o avanço das apurações, os investigadores se deram conta de que ele revelava mais do que gostaria e muito menos do que sabia. A PF chegou a pedir a revogação do acordo, mas a PGR o avalizou, e o colaborador virou fornecedor de material para a construção de questões processuais da defesa do ex-chefe. Mas já está entendido que ele se tornou um delator menos premiado do que ele próprio gostaria.

O conceito de seta do tempo surgiu da diferença de entropia entre o passado e o futuro. Ainda não se sabe exatamente como ela emerge das interações entre partículas. Na escala microscópica, onde tudo é muito "fluido", o tempo pode ser um conceito relativo, e diversos experimentos já demonstraram a reversão do fluxo temporal. Já na escala humana, nem um vaso quebrado "se desquebra", nem uma pedra jogada no lago pula de volta para a mão de quem a jogou.

A tendência do Universo para a entropia sugere que o tempo flui do passado para o futuro, mas as leis da física não embasam essa interpretação, as equações de Einstein não definem um sentido único para a "seta do tempo" e tampouco se sabe onde fica a fronteira entre um tempo que não tem preferência de rumo e um tempo que nunca flui para o passado. 

Dada a possibilidade de o tempo avançar ou retroceder de forma não linear, a manipulação do fluxo temporal tem implicações diretas sobre a compreensão dos buracos de minhoca e outras estruturas cósmicas que, permitindo, em tese, as tão sonhadas viagens no tempo e fortalecendo teorias como as do multiverso e dos múltiplos mundos, onde realidades alternativas podem coexistir.

À luz da relatividade, voltar ao passado é matematicamente admissível (mesmo que em circunstâncias muito específicas), e a teoria dos universos paralelos oferece uma possível solução para os paradoxos temporaisMas a pergunta que se coloca é: será que o tempo existe realmente ou não passa de uma convenção criada para facilitar a compreensão da realidade?  

Continua...

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

COMO ENVIAR ARQUIVOS DO WHATSAPP PARA O TELEGRAM E VICE-VERSA

TOME CONSELHO NO VINHO, MAS DECIDA DEPOIS, COM ÁGUA.

 

No WhatsApp, as mensagens são encriptadas de ponta a ponta e salvas no próprio telefone; no Telegram, elas trafegam abertas e são armazenadas nos servidores online que a empresa mantém espalhados pelo mundo. 

É possível usar os dois mensageiros, mas não há interoperabilidade entre eles. Ainda assim, você pode enviar mensagem do WhatsApp para o Telegram ou encaminhar conteúdos deste para aquele por meio de recursos de compartilhamento nativos ou usando os comandos "copiar e colar".

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O fiasco de Lula 3 — que amarga 41% de rejeição e 24% de aprovação, com 62% dos entrevistados achando que o macróbio não deve concorrer à reeleição — levou parte da direita a convocar uma manifestação para 16 de março, que terá o mote “Fora Lula 2026, anistia já”. Como interessa a Bolsonaro manter o rival no cargo, sangrando até a eleição, pois o impeachment abriria caminho para o velho sonho de Geraldo Alckmin, ele decidiu esnobar o ato na Avenida Paulista e participar de outro, na Praia de Copacabana, com foco nas manifestações na anistia dos presos do 8 de Janeiro.
Cada um luta com as armas que tem, mas até os aliados suprimiram a partícula "se"de seu vocabulário. O envio do futuro réu para a cadeia já não é tratado como mera hipótese; o que se discute é quando a sentença será proferida, e a conjuntura como que intima o Supremo a afastar a trama golpista do calendário eleitoral de 2026. A defesa tentará atrasar o relógio, enquanto a Primeira Turma, que se reúne a cada 15 dias, equipa-se para realizar sessões semanais. 
O grosso das provas materiais e testemunhais empilhadas nas 272 páginas contra Bolsonaro e os 33 cúmplices denunciados já estavam expostas. Gonet e sua equipe apenas arrumaram as peças na vitrine, organizando o enredo da trama — que começou em 2021 e desaguou no 8 de janeiro de 2023 — e introduzindo um antídoto contra o lero-lero segundo o qual Bolsonaro não passou dos atos preparatórios. Nas palavras do procurador-geral, "quando um presidente reúne a cúpula das Forças Armadas para expor planejamento minuciosamente concebido para romper com a ordem constitucional, tem-se ato de insurreição em curso". Pela lei, o simples planejamento de uma insurreição contra a democracia é crime.
Em seu patético jus sperniandi, o "mico" nega as acusações (com a eficiência de quem tenta explicar manchas de batom na cueca). Ao dizer que "eleição sem ele nega a democracia", mantém a indefinição sobre um nome forte da direita — como Tarcísio de Freitas, cuja candidatura depende do aval do capetão-golpista —, espelhando-se em Lula, que estava preso e inelegível em 2018, mas empurrou a própria candidatura até o último minuto (o que, de certa forma, contribuiu para a derrota de seu patético bonifrate).
Em vez de pensar em um sucessor, o xamã do PT tenta melhorar sua avaliação com medidas e falas contraproducentes. Seu maior problema é a insatisfação do povo com o descontrole da inflação, é seu único alívio é a iminência da conversão do grotesco em réu por tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.
Cada povo tem o governo que merece, mas até esta banânia merece coisa melhor.

No Android, o envio de fotos, vídeos e áudios entre as plataformas é feito com o recurso Compartilhar, mas o encaminhamento de texto exige copiar e colar, ao passo que no iPhone os redirecionamentos são feitos através dos recursos de compartilhamento dos mensageiros. 
 
Para enviar arquivos de mídia do WhatsApp para o Telegram num celular Android, abra o primeiro, acesse a conversa desejada, toque e mantenha o dedo sobre a foto, vídeo ou áudio para selecionar o arquivo, toque no menu dos três pontinhos, escolha Compartilhar” e selecione o ícone do segundo. No caso de mensagens de texto, é preciso copiá-las do WhatsApp, colá-las no chat do Telegram e tocar no ícone de envio.
 
Também é possível migrar um histórico de conversas — o que é útil quando os dois participantes do chat decidem migrar do WhatsApp para o Telegram sem perder nenhum registro. Para isso, basta abrir o WhatsApp, acessar o chat desejado e selecionar Exportar conversa. 

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

MICROSOFT PC MANAGER

ANTES TARDE DO QUE NUNCA.

Quando as pessoas ainda usavam computadores (falo de desktops e notebooks), eu costumava dizer que o Windows dispunha de um utilitário para limpeza de arquivos, desfragmentação dos dados e correção de erros no disco, mas não de um limpador do Registro e de outras importantes ferramentas de manutenção.

A solução, então, era instalar programas de terceiros (coisa que a Microsoft não recomendava), e as suítes de manutenção mais populares eram CCleaner e Advanced System Care. Mas não há nada como o tempo para passar.

A Microsoft finalmente resolveu oferecer um aplicativo de manutenção multifuncional, que foi batizado de PC Manager e recebeu uma atualização importante no final do ano passado.

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"Nada está tão ruim que não possa piorar", diz o ditado, e Lula 3 não é ruim, mas péssimo! Além de não ter plano, de ser um governo sem rumo nem planejamento (noves fora a cada vez mais improvável reeleição), de se escorar em discursos vazios, populistas e retrógrados, e de não entregar a picanha prometida do palanque, a atual (indi)gestão tirou a paleta e o acém da mesa dos mais pobres. 
Em vez de governar o país, Lula prefere vituperar o "capitalismo americano" (empresários gananciosos que não gostam de pobre viajando de avião) e o mercado financeiro (que não quer preto em universidade), distribuir cesta básica, dentadura, fralda, absorvente e vale-gás, como se os tempos e os anseios dos depauperados não tivessem mudado. Devido à quebra do monopólio da informação e da descentralização dos meios de comunicação, para cada dado positivo há um Pix ou uma Janja no meio do caminho. 
O PT e sua histriônica presidenta são contumazes em fazer as piores escolhas (a exemplo das que fazem o eleitorado a cada dois anos) e em investir ferozmente — não raro, mentido escandalosamente — contra a imprensa, o mercado, o Banco Central etc., como se atirar no mensageiro transformasse em boas as más notícias que ele traz. 
Lula acusa e culpa o consumidor, que não sabe comprar comida barata, pela inflação. Haddad diz que o povo não compreende os feitos do governo, e Paulo Pimenta, o ex-SECOM que cedeu o lugar ao marqueteiro Sidônio Palmeira, culpava as fake news.
Após o Datafolha reforçar, na última sexta-feria, a debacle já apontada por outros institutos, o lulopetismo atingiu o ápice do descolamento da realidade, onde o cinismo e a hipocrisia insultam a inteligência de quem ainda tem ao menos dois neurônios ativos e operantes. 
Uma declaração totalmente insana, mas totalmente condizente com o histórico da autora e do próprio PT, partiu da presidente da sigla — codinome "amante" nas célebres planilhas de propina da Odebrecht —, que, ao comentar a pesquisa, postou em suas redes sociais: 
"A pesquisa é o reflexo dos dois meses mais difíceis para este governo, quando tivemos especulação desenfreada com o câmbio, que também afetou os preços dos alimentos, o aumento do imposto estadual sobre a gasolina, as péssimas notícias sobre o aumento dos juros, o terrorismo sobre o resultado fiscal e a maior fake news de todos os tempos, sobre a taxação do Pix". Em outras palavras, a luminar petista ensinou que "o governo fez tudo certo, mas o povo, burro, não entende". 
Não fosse trágico, seria cômico. 
Se tem uma coisa que não falha é o modus operandi petista. É o tal do “não aprendem nada, não esquecem nada”. E vem mais por aí, já que o assistencialismo eleitoreiro irá aumentar e os ataques e mentiras, idem. Mais uma vez, essa caterva "fará o diabo" para ganhar as eleições. 
 
Além das funcionalidades focadas no desempenho, o PC Manager possui algumas opções de segurança para o sistema, sendo capaz de escanear o computador em busca de arquivos maliciosos (na verdade, o que ele faz é convocar o Windows Defender, mas enfim...), gerenciar as atualizações do Windows (via Windows Update) e impedir que programas de terceiros alterem as opções-padrão do navegador, por exemplo.

A ferramenta está disponível para Windows 10 e 11 e vem instalada em PCs de fabricação recente, mas também pode ser baixada da Microsoft StoreEmbora seja possível fazer manualmente tudo que ela faz, utilizá-la não deixa de ser uma opção interessante para usuários leigos, que não atem grande familiaridade com manutenção de software. Fica a dica.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

CAUTELA E CANJA DE GALINHA...

A CURIOSIDADE MATOU O GATO.

Quanto mais discreto o ataque, mais eficaz, daí os cibercriminosos agirem "na surdina" para não levantar suspeitas. Uma maneira de passar despercebido é adulterar extensões para o Google Chrome para coletar informações — como token de acesso do Facebook e ID do usuário, por exemplo — e enviá-las, juntamente com os cookies da plataforma, para um servidor de comando e controle.

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Na física, polos opostos se atraem, na política, se apresentam como antagonistas irreconciliáveis. Lula é o roto que critica o esfarrapado e Bolsonaro, o sujo tripudia do mal-lavado, mas ambos são populistas, demagogos, agentes da polarização — que os retroalimenta — e devotos de S. Francisco do Centrão ("é dando que se recebe), não porque o presidencialismo requer maioria no Congresso para aprovar projetos "de interesse público", mas porque presidentes incompetentes e ímprobos precisam das marafonas do Congresso para não acabarem como Collor (em 1992) ou Dilma (em 2016). 
Os espelhamentos não param por aí. Em 2018, o então ex-presidente presidiário esticou sua candidatura ficcional até o último minuto, e não conseguindo convencer Jaques Wagner a lhe servir de preposto, resignou-se a indicar Fernando Haddad como bonifrate (sempre existe um chinelo velho para um pé doente). Em 2026, essa tragicomédia tem grandes chances de ser reprisada, com Bolsonaro — que está inelegível até 2030 por duas decisões do TSE — no papel principal e com ainda-não-se-sabe-quem no papel de esbirro. 
Mas nada é tão ruim que não possa piorar: o deputado bolsonarista Bibo Nunes propôs reduzir de 8 para dois anos a inelegibilidade de políticos condenados por crimes eleitorais, e seu colega Hélio Lopes (também conhecido como Hélio Negão e Hélio Bolsonaro), vincular a inelegibilidade ao trânsito em julgado da sentença condenatória. 
Mesmo que as propostas sejam aprovadas na Câmara e no Senado, sua aplicação dependerá de análises do TSE — que pode avaliar a retroatividade ao julgar os pedidos de registro de candidatura — e do STF — que pode considerar as mudanças inconstitucionais ou entender que a redução do período de inelegibilidade tornará inócua a Lei da Ficha Limpa.
Se for condenado por abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de estado, organização criminosa, venda das joias sauditas e fraude em cartões de vacinação, Bolsonaro pode pegar até 28 anos de prisão. Mas vale lembrar que Lula foi condenado a 25 anos por corrupção e lavagem de dinheiro (somadas as penas do caso do tríplex e do sítio), mas deixou a carceragem da PF após míseros 580 dias (6 das 11 supremas togas decidiram mudar as regras da prisão em segunda instância) e foi "descondenado" (com 5 anos de atraso, uma epifania revelou ao ministro Fachin que a 13ª Vara Federal de Curitiba não tinha competência territorial para julgar o pontifex maximus da Petelândia. 
Para bom entendedor, meia palavra basta.
 
O vetor de ataque inicial, que foi usado para adulterar extensões de ao menos 30 empresas — dentre as quais a Cyberhaven, que é voltada à prevenção de perda de dados —, evidencia que as técnicas dos cibercriminosos estão cada vez mais sofisticadas: um
 email de phishing tendo o Google como remetente avisava a empresa de que sua extensão seria removida por violar as políticas da Chrome Web Store. Quando alguém da equipe de desenvolvimento clicava no botão que supostamente dava acesso às políticas, entregava de bandeja o controle da extensão aos criminosos, que posteriormente publicaram versões manipuladas para fazer novas vítimas.

Em rio que tem piranha, jacaré nada de costas.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

SEM TPM

NÃO HÁ MAL EM MUDAR DE OPINIÃO, DESDE QUE SEJA PARA MELHOR.

 

Dentre as restrições que a Microsoft impôs à instalação do Windows 11 em máquinas antigas, o chip TPM 2.0 era um requisito "inegociável". Como 60% dos PCs mundo afora ainda rodam o Win 10  que deixará de ser suportado em outubro próximo —, a empresa incluiu em seu site informações detalhadas sobre como burlar essa exigência e fazer o upgrade, bem como o passo a passo para revertê-lo em caso de incompatibilidade. 

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Quando se ouve Lula e seus ministros falarem sobre o que se pretende fazer em Brasília para baixar o preço dos alimentos vem à mente o personagem Rolando Lero, que, quando não sabia a resposta à pergunta, enrolava o professor Raimundo com uma fieira de frases vazias. Está assim o governo desde que se deu conta do efeito nefasto da inflação no humor das pessoas. Nem se pode dizer que o Planalto dormiu no ponto, mas, ao dizer que "ainda é cedo" para a população fazer uma avaliação justa de sua (indi)gestão, Lula sugere apenas um leve despertar. A crise do Pix provocou uma perda expressiva de apoio no Nordeste, mas não foi suficiente para um alinhamento de posições. As autoridades dizem cada qual uma coisa diferente para "explicar" como vai se dar a solução e, ao final da explanação, ficamos na mesma sobre o rumo a ser seguido. O macróbio só foi assertivo ao se negar a adotar uma política mais austera nas contas a fim de assegurar a estabilidade econômica, dando de ombros para o risco inflacionário das escolhas equivocadas. Gilberto Kassab, que não é de desperdiçar palavras, foi ao ponto: "governo sem ministro da Fazenda forte é governo fraco; nas condições de hoje, Lula perderia a eleição — o que, dependendo de quem o derrotasse, seria um refrigério para o Brasil. Enfim, sonhar ainda é de graça.

 

Com o lançamento da atualização 24H2 do Win 11, a Gigante do Software suprimiu "sigilosamente" a ferramenta que criava a chave de Registro destinada a contornar a exigência do chip TMP 2.O, permitindo a instalação do sistema em máquinas mais antigas. Até então, quando o assistente de instalação exibia a tela de incompatibilidade com o Windows 11, podia-se abrir o prompt de comando com o atalho Shift + F10, digitar regedit.exe, localizar a chave  HKEY_LOCAL_MACHINE\SYSTEM\Setup\MoSetup e criar uma DWORD com o nome AllowUpgradesWithUnsupportedTPMOrCPU, modificar o tipo para REG_DWORD e configurar o valor para 1.

 

Quem dormiu no ponto terá de recorrer a um método "não oficial" para instalar o Win 11 em PCs não compatíveis — ou seja, sem chip TPM 2.0 —, ou pagar US$ 30 por um ano adicional de atualizações de segurança para o Win 10 (lembrando que novos recursos, correções de bugs e suporte técnico não fazem parte do pacote), caso não possa (ou não queira) adquirir um computador novo, com a versão atual do sistema pré-instalada pelo fabricante. 
 
Vale lembrar que o Windows 12 (ou seja lá qual for o nome dele) já está no forna do empresa de Redmond, e também fará essa exigência (ou exigirá uma versão aprimorada do chip TPM).

segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

CELULAR DOBRÁVEL DESTACÁVEL?

METADE DA VERDADE É QUASE SEMPRE UMA GRANDE MENTIRA.

 

Os óculos de realidade aumentada Orion, desenvolvidos pela Meta, estão em fase de testes (detalhes nesta postagem). Segundo Mark Zuckerberg, eles podem substituir os celulares no médio prazo, pois permitem responder a mensagens, realizar videoconferências e até jogar, tudo com base em comandos de voz, gestos de toque no ar e até com o movimento dos olhos.


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Nas pegadas de Elon Musk, primeiro e mais entusiasta magnata da tecnologia a pôr na cabeça o boné do MAGA (Make America Great Again), o dono da Meta — e, por tabela, do Facebook, do Instagram e do WhatsApp — presenteou Donald Trump com uma virada empresarial na medida certa para quem, como ele, exsuda fake-news e manipula as redes: a extinção das ferramentas que monitoram discursos e checam a veracidade do conteúdo publicado nas suas plataformas. 
"É hora de a Meta voltar às raízes no que se refere à liberdade de expressão. Os checadores são politicamente motivados e mais destruíram do que construíram confiança", justificou o bilionário no vídeo do último dia 7, após contar que começou a construir redes sociais para dar voz às pessoas. Pura balela: o Facemash — embrião do Facebook  feito por ele e seus coleguinhas da elite de Harvard — era um sistema destinado a avaliar se os estudantes eram sexy ou não. Mas mentiras geram engajamento, conteúdos sensacionalistas são bons para o algoritmo, e o vício nas redes é bom para o negócio. 
A exemplo do multibilionário Elon Musk, dono do X, da Tesla e da SpaceX, Zuckerberg tem viés político e ideológico. Um vibrou com Trump no palanque e foi convidado a participar do novo governo; o outro jantou na casa de Trump na Flórida, em Mar-a-Lago, no último mês de novembro, doou US$ 1 milhão para o evento de posse do republicano e anunciou que Dana White, presidente-executivo do Ultimate Fighting Championship e apoiador de longa data de Trump, passará a fazer parte do conselho administrativo da Meta.
A meu ver, muita gente está fazendo tempestade em copo d'água, mas a prudência recomenda não tirar conclusões antes que a poeira assente. Vamos acompanhar.
 
A chinesa Xiaomi vem desenvolvendo um novo celular parecido com um aparelho dobrável comum, como o Galaxy Z Flip, mas que pode se dividir ao meio. Os esboços do design na pedido de registro de patente mostram que as duas partes destacáveis são unidas por um sistema de pinos (detalhes neste artigo). O design da câmera também é ligeiramente diferente, com três sensores e um flash LED. O botão liga/desliga e as teclas de volume ficam no lado direito do telefone, ao passo que a porta USB Tipo C e a grade do alto-falante são posicionadas na parte inferior.
 
Ainda não se sabe se o aparelho será realmente lançado em algum momento, mas as imagens do protótipo sugerem que os aparelhos dobráveis podem se tornar padrão no futuro — a menos que os óculos inteligentes de Zuckerberg realmente aposentem os smartphones. 

terça-feira, 24 de dezembro de 2024

DE NOVO É NATAL

TÃO POBRE QUANTO QUEM NADA TEM É QUEM DESEJA O QUE NÃO PODE TER. 

Natal celebra o momento histórico em que, segundo os cristãos, Deus veio à Terra na forma de uma criança para salvar a humanidade. Mas Jesus era judeu, e não há comprovação de que ele tenha nascido no dia 25 de dezembro. 

Dos quatro evangelistas, somente Mateus e Lucas mencionam seu nascimento do filho de Deus — o primeiro relata que seus pais terrenos eram de Belém e chegaram a Jerusalém como refugiados, e o segundo, que eram de Nazaré e se mudaram para Jerusalém para escapar de um recenseamento supostamente determinado por Herodes Antipas, o infanticida.

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Nem a maior intervenção no câmbio da história — quase US$ 30 bilhões despejados pelo Banco Central no mercado — puxou a cotação do dólar de volta à casa dos R$ 5. Isso é um problema, mas não é o único nem o maior de todos, que acontece de ser a desconfiança do mercado na capacidade do governo de equilibrar as contas e demonstrar que está se empenhando em estabilizar a dívida pública. Não se trata de má comunicação; a postura populista e as falas do macróbio do Planalto — que, por eleitoreiras, destoam da realidade — produziram um descrédito que não será revertidos com discursos desembasados em fatos verificáveis. 
Como no parto da montanha, a despeito do enorme esforço político (incluindo as "emendas panetone") para aprovar o pacote fiscal, pariu-se um "ridiculus mus". A equipe econômica esperava economizar R$ 71,9 bilhões (o que ainda era pouco), mas o Congresso fez o favor baixar a altura da lâmina, reduzindo o corte em mais de R$ 6 bi. Não dá para dizer que o molho ficou mais caro que o peixe, mas isso não muda o fato de os parlamentares terem atuado como mercadores de um "souk" das arábias na Praça dos Três Poderes. 
Havia sobre a mesa R$ 50 bilhões em emendas parlamentares e algo como R$ 520 bilhões em gastos tributários que mimam o patrimonialismo nacional com isenções de impostos e favores fiscais. Mas não se deve falar sobre isso em voz alta. Melhor passar na faca coisas como a política de reajuste do salário-mínimo e os benefícios para pobres, idosos e deficientes. 
No Ano Novo, o crescimento econômico será menor e o desemprego, maior. Mas quem se importa, se o povo continua pagando a conta sem reclamar? 

A festa de Natal remonta a um banquete com direito a troca de presentes que os romanos promoviam em homenagem a Saturno. No Brasil, o primeiro registro de uma comemoração natalina data de 1554, ano em que um grupo de jesuítas celebrou a Missa do Galo na região onde hoje fica a cidade de São Paulo.

No início dos anos 1960, as crianças perdiam os dentes-de-leite antes de descobrir que Papai Noel era apenas o Espírito do Natal, que assomava no início de dezembro e "crescia" como o apito de um trem que se aproxima da estação. As pessoas penduravam guirlandas nas portas das casas e montavam presépios e árvores de Natal. 

 

Naquela época, os votos de boas festas soavam sinceros. Hoje, ainda que muitos lojistas desembalam a decoração natalina em meio ao rescaldo da Black Friday, o clima festivo e o espírito de camaradagem que campeavam soltos todo final de ano, independentemente da fé ou da crença religiosa das pessoas, deixaram de existir. É fato que muita gente continua montando suas árvores de Natal e enfeitando janelas e varandas com pisca-piscas, mas salta aos olhos que o clima é artificial e os votos carecem de calor humano.


A tradição da árvore de Natal teve início no século XVI, quando Martinho Lutero usou galhos de árvores, algodão, velas acesas e que tais para emular a imagem de um pinheiro coberto de neve com o céu estrelado como pano de fundo, e a ideia de montar um presépio para recriar o cenário do nascimento de Jesus é atribuída a São Francisco de Assis

ObservaçãoOs tradicionais "pinheirinhos de Natal" são na verdade tuias — coníferas pertencentes à família das Cupressáceas, que têm formato, cor e cheiro característicos do Natal.

Acredita-se que a imagem do velhote barrigudo, de bochechas rosadas e barbas brancas, foi inspirada em São Nicolau, mas casacos de pele, mitras, estolas e luvas não eram usados na costa mediterrânea na época em que o bispo caminhava entre os vivos, e ele dificilmente andaria pelas ruas todo paramentado numa época em que a miséria campeava solta e os roubos eram frequentes. Demais disso, o cristianismo era uma religião minoritária, perseguida e proibida.

Um artigo da revista National Geographic anota que o então bispo Nicolau deu três bolsas cheias de ouro ao pai de três moças pobres, para que ele as oferecesse como dote e salvasse as filhas da prostituição. Mas nada indica indica que ele tivesse a disposição e alegria com que foi posteriormente retratado. No incidente mais importante de sua vida, registrado pela primeira vez em meados do século VI, o religioso interrompeu uma execução até o juiz admitir que havia aceitado suborno.

A despeito de a lenda das três bolsas cheias de ouro promover São Nicolau a entregador de presentes, outra história mais sombria reza que, em meados do século X, na Baixa Saxônia, o santo trouxe de volta à vida três crianças que um criminoso esquartejara e colocara em barris de madeira. Artistas itinerantes encenaram esse drama em cidades e vilarejos de toda a Europa, e assim ele se tornou padroeiro e protetor das crianças (para saber mais, clique aqui).

No final do século XIX os líderes cristãos dos Estados Unidos, em sua maioria protestantes, proibiram as celebrações natalinas por considerá-las pagãs. Mas as pessoas queriam comemorar, sobretudo os trabalhadores braçais, que ficavam ociosos durante o inverno e não raro se embebedavam e saíam às ruas para farrear e saquear. Foi assim, de acordo com o historiador canadense Gerry Bowler, que a classe alta nova-iorquina criou a Sociedade São Nicolau de Nova York, que basicamente reescreveu a história do Natal.

Até o início do século XIX, a festa de São Nicolau acontecia em 6 de dezembro (data da morte do religioso), mas a Reforma Protestante acabou com os santos cristãos e aboliu o Natal em grande parte da Europa. Na Holanda, porém, uma figura tradicional continuou viva: o Sinterklaas, que, a exemplo santo em questão, era retratado usando mitra vermelha e uma longa barba branca (foi ele quem inspirou os nova-iorquinos a tirar os bêbados da rua e presentear as crianças).

Washington Irving escreveu uma série de contos em que São Nicolau voava pelas casas, fumando cachimbo e deixando presentes para as crianças bem-comportadas. Santeclaus foi descrito num poema anônimo, publicado na revista britânica The Children’s Friend, como um velho gorducho que dirigia um trenó puxado por renas e deixava presentes nas meias das crianças. O poema The Night Before Christmas, escrito no início do século XIX, se difundiu rapidamente pelos Estados Unidos, e padronizado São Nicolau como Santa Claus, que é como os americanos chamam Papai Noel.

A imagem do bom velhinho que Thomas Nast criou para revista Harper's Weekly, durante a guerra civil norte-americana, lembrava um duende. Até o início dos anos 1930, Papai Noel foi retratado vestindo uma indumentária de cor marrom. Quando uma campanha publicitária da Coca-Cola vinculou o refrigerante às festas natalinas, o velhote ganhou o barrigão, as barbas brancas, o casaco vermelho de gola e punhos brancos, o cinto largo e as botas pretas.

Entre 1931 e 1964, o ilustrador Haddon Sundblom pintou cenas encantadoras da casa de Papai Noel para a Coca-Cola, e Norman Rockwell o retratou como um velhote bonachão. As pessoas gostaram tanto dos anúncios que a empresa recebeu uma enxurrada de cartas quando o cinto preto de Papai Noel foi exibido de cabeça para baixo. E quando o personagem apareceu sem aliança, milhares de fãs escreveram para perguntar o que havia acontecido com a Senhora Noel.

Torçamos para que Papai Noel se lembre de nós em mais este Natal, a despeito da polarização política e de toda a desgraceira que os telejornais exibem 24/7. Quanto ao tradicional "presentinho", nos últimos anos ele virou "lembrancinha" — isso quando não foi rebaixado a um prosaico cartão de Natal virtual (para economizar o selo de correio).

Para saber mais sobre a história de Papai Noel, assista a este vídeo, e como rir ainda é de graça nesta banânia, não deixe de ver o clipe abaixo.