terça-feira, 13 de setembro de 2016

WINDOWS RESOURCE PROTECTOR ― O SALVADOR DA PÁTRIA

O PUDOR É A MAIS AFRODISÍACA DAS VIRTUDES.

Para evitar alterações indevidas em seus arquivos de sistema, o Windows conta com uma proteção que só permite modificações “legítimas”. Assim, se algum dos arquivos protegidos for modificado de maneira “não autorizada”, o Windows Resource Protector  (que se chamava Windows File Protector nas edições anteriores ao Server 2008/Vista) recupera automaticamente a versão original a partir de cópias que o Windows mantém numa pasta oculta.

Não obstante, isso não garante que algum arquivo do sistema não possa ser corrompido. Então, se você suspeita que eventuais alterações indevidas venham prejudicando o funcionamento do seu PC, faça logon como administrador, clique em Iniciar > Executar, digite “sfc /scannow” (sem as aspas) e tecle ENTER

Repare que surgirá uma janela do prompt de comando com a mensagem “Iniciando verificação de arquivos. O processo levará alguns minutos para ser concluído”. Ela não mostra muita coisa, mas permite que você acompanhe o andamento da verificação, que leva pelo menos 15 minutos ― vá tomar um café, ou coisa parecida, pois usar o PC concomitantemente só retarda a conclusão do processo.

Observação: Nas edições mais antigas do Windows, a ferramenta exigia que a mídia de instalação do sistema fosse devidamente introduzida na leitora óptica, mas isso deixou de ser necessário a partir do Windows Vista.

Ao final, a tela de prompt exibirá uma mensagem com o resultado. Se alguma alteração indevida tiver sido detectada, o arquivo modificado será substituído por uma cópia de sua versão original assim que você reiniciar o computador.

Bom dia a todos e até mais ler.

Em tempo: Dada a importância do tema, resolvi não esperar até o final da semana para publicar aqui no Blog o texto a seguir, que acabo de postar na minha comunidade de política:


TCHAU, QUERIDO!

Contrariando as expectativas dos mais pessimistas e superando escandalosamente as previsões mais otimistas, Cunha foi cassado por 450 votos a 10, numa “lavada” histórica e, convenhamos, inesperada, considerando que havia uma movimentação nos bastidores visando ao adiamento da votação e/ou abrandamento da pena, além da possibilidade de um grande número de parlamentares com rabo preso não comparecer à sessão, favorecendo “seu bandido preferido”. Mas apenas 42 deputados faltaram e só 9 se abstiveram de votar (a soma dá 511, e não 513, pois o presidente da Casa não vota ― e nem tampouco Eduardo Cunha, naturalmente).

Cunha é o segundo presidente da Câmara cassado ― o primeiro foi Ibsen Pinheiro ― e o terceiro desde quando o voto para este tipo de sessão passou a ser aberto. Os outros foram o petista André Vargas e o peemedebista Natan Donadan.

Depois de quase um quarto de século da vida pública, Cunha ganhou projeção no segundo governo de Lula e atingiu o ápice no ano passado, ao assumir a presidência da Câmara. Nos últimos 20 meses, todavia, ele passou de presidenciável a cassável, mentiu copiosamente, postergou por quase um ano o que viria a ser o processo de cassação mais longo da história da Câmara e ainda tentou a derradeira ― mas infrutífera ― cartada na sessão de ontem.

À media que as manobras regimentais foram rechaçadas e as tentativas de transformar a cassação em mera suspensão caíram por terra, a condenação tornou-se mais do que previsível, embora o fato de 88% de seus pares terem apoiado sua cassação foi surpreendente. Em discurso, Cunha afirmou que “pagou o preço” por dar seguimento ao processo de impeachment de Dilma e culpou o PT pela decisão, que, além da perda do mandato, o torna inelegível até janeiro de 2027.

Embora tenha contribuído para a deposição da grande-chefa-toura-sentada-impichadaaspecto que salientou antes, durante e depois da votação ―, a verdade é que Cunha só deu seguimento ao processo depois que todas as tentativas de negociar um “toma-lá-dá-cá” com o PT fracassaram. Demais disso, não se sabe o que teria acontecido se outro deputado presidisse a Câmara; dependendo de quem fosse, talvez a gente tivesse se livrado da sacripanta petralha bem antes.

Além do mandato e dos direitos políticos, Cunha perdeu também a prerrogativa a foro privilegiado. Agora, da mesma forma que Lula e Dilma, ele está sujeito a ser investigado e julgado pela Justiça Penal como qualquer cidadão comum, e não faltam indícios e acusações sua participação no Petrolão, sem mencionar que duas ações penais no Supremo e outras investigações que o relacionam ao esquema devem migrar para a esfera do juiz Sergio Moro ― a menos que, por razões processuais, um ou outro caso que envolva investigados com foro direito a foro especial fiquem no STF.

Como salientou Reinaldo Azevedo, em sendo verdade bem menos da metade do que se diz sobre Cunha, ele acabará na cadeia ― e, a depender do que decida o Supremo em breve, já a partir da condenação em segunda instância ―, o que faz dele um provável candidato à delação premiada.
Enfim, Cunha caiu, mas promete levar consigo nada menos que 150 deputados, um senador e um dos ministros mais próximos a Temer. Daí se infere que tanto o impeachment da anta petralha quanto a cassação do peemedebista são apenas um pequeno passo em direção à moralização da política tupiniquim, que, em última análise, necessitaria de ampla reforma e, por que não dizer, do afastamento de quase todos os integrantes do Congresso Nacional, além de governadores, prefeitos, vereadores de praticamente todos os partidos. Ou seja: se gritar pega ladrão, não fica um, meu irmão.


Resumo da ópera: Entre ausências, nãos e abstenções, restaram 59 parlamentares ao lado do ex-deputado, sabe-se lá se por amizade ou medo. Mas só vale a pena ele "abrir o bico" no âmbito de uma delação; do contrário, estará criando novos inimigos sem obter benefício algum em troca, e burro, convenhamos, Cunha não é. 

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

TRUQUE ALGORÍTMICO FACILITA A CRIAÇÃO DE SENHAS SEGURAS E DISPENSA MEMORIZAÇÃO

ARREPENDO-ME MUITAS VEZES DE TER FALADO, MAS NUNCA DE TER SILENCIADO.

A evolução tecnológica nos trouxe os PCs, e a popularização da internet propiciou, ainda que indiretamente, o surgimento dos smartphones, tablets e outros computadores ultra portáteis, que permitem navegar n a Web a partir de praticamente qualquer lugar. Mas nem tudo são flores nesse jardim, já que o vasto leque de senhas que somos obrigados a memorizar para acessar toda sorte de serviços online constitui um sério problema, na medida em que essas “chaves virtuais” devem ser suficientemente complexas para prover relativa segurança e, ao mesmo tempo, fáceis de memorizar.

De nada adianta criar uma senha como z34@*#zL9W0o%¢§ se utilizá-la exigir anotá-la num post-it 
e colá-lo à moldura do monitor. Claro que sempre se pode recorrer a programinhas dedicados, que requerem apenas a memorização da senha-mestra (que é criada durante a instalação do aplicativo), como você pode conferir se pesquisar o Blog a partir dos termos-chave adequados. Já para quem não se dá bem com gerenciadores de senhas, vale relembrar que é possível criar senhas seguras e fáceis de memorizar usando as primeiras sílabas ― ou primeiras letras ― de uma frase conhecida, de um verso de poema ou de um trecho da letra de uma canção. Por exemplo, “batatinha quando nasce se esparrama pelo chão” resulta em “BaQuAnNasSeEsPeChA”.

Observação: Para aprimorar a segurança de suas passwords, combine letras maiúsculas e minúsculas e/ou adicione caracteres especiais e sinais gráficos; para conferir o resultado, submeta-as a serviços online especializados, como o Password Meter e o How Secure is my Password. A título de curiosidade, o primeiro considerou “very strong” a senha do nosso exemplo, e o segundo deu conta de que seriam necessários 6 trilhões de anos para quebrá-la. Já a “sopa de caracteres” do parágrafo de abertura foi dada como 100% segura e o tempo necessário para craqueá-la foi estimado em 303 sextilhões de anos.

Importa mesmo é dizer que Manuel Blum, vencedor do Turing Award 1995 ― premiação cujo nome homenageia Alan Turing e é considerada o Nobel da computação ― apresentou uma proposta algorítmica que resulta na criação de “senhas humanas computáveis”, aprimorando a segurança dos passwords e dispensando a memorização das complicadas combinações alfanuméricas que utilizamos para acessar serviços como webmail, net banking, e-commerce e assemelhados.

Basicamente, utiliza-se um algoritmo e uma chave pessoal privada, que, combinados com o nome do site ou do webservice que desejamos acessar, criam senhas únicas. Por exemplo, a chave pode ser composta por uma matriz seis-por-seis, criada a partir de 26 letras do alfabeto e 10 dígitos, com a primeira linha composta pelas primeiras seis letras em uma máquina tipográfica Linotype: E, A, T, O, I e N e as demais arrumadas de acordo com a ordem usada nesses aparelhos antigos, seguidas dos dígitos 0 até 9. Para transformar o nome do site em senha, basta combinar a matriz com o algoritmo.

No Fórum Heidelberg Laureate, na Alemanha, Blum usou um sistema baseado nos pontos cardeais. Ele partiu da primeira letra do nome do site, seguiu em direção ao “norte” para descobrir, na matriz, o valor que a substituiria, e depois fez o mesmo com a segunda letra, desta feita seguindo em direção ao “leste”, e assim sucessivamente. Segundo ele, há uma vasta gama de algoritmos que podem ser usados ― os pontos cardeais foram apenas um exemplo ―, e o sistema é difícil de ser quebrado.

Ainda que o aprendizado requeira algum tempo de adaptação, os resultados são compensadores, pois o método dispensa a difícil memorização da quantidade cada vez maior de senhas que utilizamos em nosso dia-a-dia. No entanto, até que isso se popularize, é melhor ficar com a opção da “batatinha quando nasce” ou recorrer a um gerenciador de senhas responsável.

Abraços e até mais ler.

P.S. Quem honra este blog com suas visitas deve ter notado que de uns tempos a esta parte eu passei a postar também nos finais de semana, mas mudando o foco para o cenário político nacional, que, aliás, eu contemplo numa comunidade criada na rede .Link (o URL é http://cenario-politico-tupiniquim.link.blog.br/). Sem embargo, fica aqui a sugestão e o link para você acompanhar mais um capítulo da novela do IMPEACHMENT (http://cenario-politico-tupiniquim.link.blog.br/caderno/ainda-sobre-o-imbroglio-do-impeachment-107095.html ).

domingo, 11 de setembro de 2016

IMEPEACHMENT IRREVERSÍVEL - A VERDADEIRA INTENÇÃO DO FORA-TEMER - CASSAÇÃO DE EDUARDO CUNHA

Para Fábio Medina Osório, ex-advogado-geral da União, o fatiamento da votação do impeachment de Dilma é irreversível e não deve ser revisto pelo STF. Segundo ele, a solução do Senado de cassar o mandato da petista e manter seu direito de exercer funções públicas é uma “questão de mérito” e, portanto, uma página virada, que não pode ser apreciada pela Corte.

Se olharmos a jurisprudência do STF quanto à revisão do mérito dos julgamentos, eu diria que o Supremo não deve rever. Entendo que o fatiamento remete ao mérito do julgamento, já que foi debatido com senadores e pactuado dentro do Senado. Se violou ou não a Constituição, é uma matéria interna corporis, e a tendência é não modificar. Não se pode aceitar qualquer resquício de discurso de que tenha havido golpe, porque o impeachment transcorreu dentro do Estado Democrático de Direito. A oposição amadurecerá e criará outro tipo de discurso para o enfrentamento político”, disse o AGU em entrevista à FOLHA.

ObservaçãoOsório teve sua demissão confirmada na manhã da última sexta-feria, 9. Em seu lugar, Temer nomeou Grace Mendonça, secretária-geral de contencioso, um dos órgãos da AGU (Advocacia-Geral da União). O advogado, que já tinha sua saída cogitada nos bastidores, afirma que foi comunicado por telefone. O atrito entre Padilha e Osório ocorreu depois de reclamações do titular da Casa Civil, principalmente depois que o jurista pediu acesso a inquéritos de investigados na Operação Lava-jato. Grace é a primeira mulher a ocupar cargo de ministra no governo Temer, que já havia recebido diversas críticas por empregar apenas homens em suas pastas. 

Mudando de pato para ganso: 

O fato de Temer ter sido vaiado nas comemorações de 7 de Setembro já era esperado, como são esperadas ações mais incisivas da “esquerda”, que agora volta ao papel de oposição ― aliás, fazer oposição (a qualquer coisa, a qualquer pretexto e em qualquer tempo) é especialidade do PT, que também é mestre em enganar trouxas, sangrar Estatais e assaltar o erário, dentre outras virtudes, mas isso já é outra história.

O importante não confundir alhos com bugalhos (*). Adeptos do “FORA TEMER”, em sua esmagadora maioria, não querem a volta de Dilma, a despeito do que parece pensar uma parcela mais exacerbada (ou cretina?) dos apoiadores da deposta. O que deseja a “turma do nem-nem” é a antecipação das eleições de 2018, até porque esse pessoal não simpatiza com Temer ― e com razão, considerando que até poucos meses atrás ele era vice de Dilma e presidente do segundo partido mais corrupto do Brasil. No entanto, constitucionalmente falando, Temer é nossa única opção para pôr um ponto final no jugo lulopetista e reverter o quadro de destruição herdado da anta petralha (que na verdade era cria do PDT de Brizola, partido do qual Carlos Araújo, companheiro da deposta por mais de 30 anos, foi membro fundador, mas isso também é outra história).

No contexto atual, à falta de outra opção, Temer é nossa melhor chance de reverter o quadro calamitoso que resultou dos últimos anos de administração petista. Até porque uma eventual antecipação das eleições presidenciais seria serôdia, considerando o tempo necessário para que uma emenda constitucional fosse proposta, discutida e aprovada na Câmara e no Senado. Isso sem mencionar que dificilmente teríamos alguém em quem valesse a pena votar, a julgar pelo que se vê dos candidatos à prefeito nas principais capitais do país. Então, pessoal, um pouco de bom-senso não faz mal a ninguém. Vamos dar uma chance ao homem, que já tem um monumental abacaxi para descascar e, portanto, de nada ajuda pressioná-lo ainda mais, notadamente por razões eminentemente revanchistas. 

E, petralhada, vamos combinar: culpar Temer pelos 12 milhões de desempregados é muita leviandade, até mesmo para vocês! Afinal, nem a própria Dilma seria capaz de tal proeza em apenas 3 meses de governo ― e olha que ela era esforçada!

Cortemos para a cassação de Eduardo Cunha:

 O plenário do STF negou na última quinta-feira o recurso do deputado afastado Eduardo Cunha (o único ministro a votar pela paralisação do processo foi Marco Aurélio Mello), de modo que ficou mantida para a próxima segunda o julgamento que deverá pôr fim ao mais longo processo de cassação da história da Câmara. Há quem diga que a condenação é certa, mas eu prefiro esperar o apito final para comemorar ― afinal, política, como futebol, é uma caixinha de surpresas, haja vista o que aconteceu na reta final do julgamento do impeachment da ex-presidanta petralha. Para que Cunha perca o mandato, é preciso que ao menos 257 dos 513 deputados votem pela cassação. O problema é formar quórum numa segunda-feira ― para a maioria dos parlamentares, a semana começa na terça e termina na quinta. Isso sem mencionar que estamos às vésperas das eleições municipais, que certamente servirão desculpa para alguns deputados não comparecerem à sessão. Rodrigo Maia, sucessor de Cunha na presidência da Câmara, diz que vai adiar o julgamento para terça-feira, 13, caso não haja quórum mínimo na segunda, bem como descontar a ausência no salário de quem faltar à votação por motivo de campanha eleitoral (aliás, nem viagens oficiais estão sendo liberadas para essa data).

PT, PSDB e PSB devem votar unidos pela cassação, mas no PMDB, que tem a maior bancada na Casa (67), muitos deputados se dizem constrangidos em votar contra um correligionário, e outros, mais cautelosos, afirmam que não poderão comparecer à sessão por esta ou aquela razão, quando na verdade “devem esse favor” a Cunha, por conta de doações de campanha ou apoio político. PP e PSD também estão divididos (pouco mais de 1/3 dos deputados dessas legendas se manifestou disposto a votar pela cassação), mas a bancada vermelha deve comparecer em peso, até porque os “comunas” culpam Cunha pela deposição de Dilma (a meu ver, uma das poucas coisas que ele fez no interesse da nação, ainda que movido por questões pessoais, foi dar andamento ao processo de impeachment da anta petralha, mas isso já é outra história).

O mais curioso é que, a despeito da gravidade das maracutaias em que o ex-presidente da Câmara se meteu, o que voga para seus pares é ele ter mentido à CPI da Petrobras e ao Conselho de Ética da Câmara sobre as tais contas no exterior ― o que, a meu ver, dá uma boa ideia de como funciona a lógica dos nossos políticos e de quão “estranhas” são sua escala de valores e seus conceitos de probidade e honradez.

Para mal dos pecados (de Cunha), o Ministério Público Federal em Curitiba abriu mais uma investigação sobre pagamentos feitos no Brasil para Cláudia Cruz, mulher do deputado. Os procuradores da Lava-Jato suspeitam que contas administradas por ela no país, e não apenas no exterior, podem ter recebido recursos originários de propina referente a contratos da Petrobras. Relatório produzido pela Receita Federal sobre as movimentações financeiras apontam “expressivos valores de gastos com cartões de crédito de emissão no Brasil” pela investigada, sem que houvesse lastro suficiente para pagar as faturas, especialmente em 2014 e 2015. 

De acordo com o Estadão, pelo menos 280 votos pela condenação são dados como certos ― ou seja, 23 além do mínimo necessário ―, mas há espaço para um "acordão" em prol de uma pena mais branda, já que os aliados de Cunha tencionam usar o regimento interno para fazer com que o plenário vote um projeto de resolução, e não o parecer do Conselho de Ética. A manobra, em grande medida semelhante à trama urdida pelo PT no julgamento do impeachment da sacripanta recém-deposta (com o beneplácito dos presidentes do Senado e do STF), visa substituir a cassação pela suspensão do mandato por até seis meses. A conferir.

(*) Os tais bugalhos citados no dito popular são bulbos comestíveis de textura semelhante à do alho, mas cujo formato de pênis inspirou um fado cantado pelos marujos lusitanos à época do descobrimento: "não confundas alhos com bugalhos / nem tampouco bugalhos com c***lhos".

sábado, 10 de setembro de 2016

AI, QUE SAUDADES DA VÉIA...

Se você não se conforma com a deposição da mulher sapiens, se sente saudades daquele sorriso perene, do gênio afável, da voz melíflua e do português escorreito com acento bostoniano (nada a ver com a cidade de Boston, naturalmente) que tanto o deliciou nos últimos anos, este vídeo vai lhe proporcionar uma inesquecível viagem no tempo. São apenas 12 minutos, mas cada segundo é pura nostalgia. É só clicar e beber, gota a gota, AS PÉROLAS DE SABEDORIA DA GRANDE-CHEFA-TOURA-SENTADA-AGORA-IMPICHADA.

De quebra, deleite-se com mais estas:

― “Não é 30% da receita da exploração. É 30% de 25%. Ou 30%... de 30%, portanto, não é 30%. Está entre 7,5% ou um pouco mais de 12%. Não se trata de 30%”.

― “Sempre que você olha uma criança, há sempre uma figura oculta, que é um cachorro atrás, o que é algo muito importante”.

― “Teve o prefeito de Tejuçuoca e me disse assim: ‘eu sou o prefeito da região produtora da terra do bode’. Então, é para que o bode sobreviva que nós vamos ter de fazer também um Plano Safra que atenda os bodes que são importantíssimos e fazem parte de toda tradição produtiva de muitas das regiões dos pequenos municípios aqui do estado”.

― “Um grande varejista uma vez disse o seguinte, disse uma coisa muito simples e de fácil entendimento, que é muito difícil para o conjunto da população ou para muitas camadas da população, comprar à vista, mas que quando se compra a prazo, tudo fica mais viável”.

― “Aqui no estado do Ceará. Não, no estado do Pará. Desculpa, gente. É que fui pro Ceará, tá? Ontem eu tava no Ceará. Aqui eu não falei uma coisa. Ah, não, falei sim, né?

― “Todos nós aqui sabemos que cada um de nós escolhe ─ a vida faz a gente escolher ─ alguma das datas em que a gente nunca vai esquecer dessa data”.

― “Se os homens e as mulheres são falhos, as instituições, nós temos que construí-las da melhor maneira possível, transformando… aliás isso é de um outro europeu, Montesquieu. É de um outro europeu muito importante, junto com Monet”.

― “Eu estou muito feliz de estar aqui em Bauru. O prefeito me disse que eu sou, entre os presidentes, nos últimos tempos, uma das presidentes, ou presidentes, que esteve aqui em Bauru”.

― “Paes é o prefeito mais feliz do mundo, que dirige a cidade mais importante do mundo e da galáxia. Por que da galáxia? Porque a galáxia é o Rio de Janeiro. A via Láctea é fichinha perto da galáxia que o nosso querido Eduardo Paes tem a honra de ser prefeito”.

― “Eu sempre escuto os prefeitos. Por que é que eu escuto os prefeitos? Porque é lá que está a população do país, ninguém mora na União, ninguém mora… Onde você mora? Ah, eu moro no Federal”.

― “A mulher abre o negócio, tem seus filhos, cria os filhos e se sustenta, tudo isso abrindo o negócio”.

― “Eu quero adentrar pela questão da inflação, e dizer a vocês que a inflação foi uma conquista desses 10 últimos anos do governo do presidente Lula e do meu governo” (mal sabia ela quanta verdade estava dizendo sem saber...).

― “Em Portugal o desemprego beira 20%, ou seja, 1 em cada 4 portugueses estão (sic) desempregados”.

― “Primeiro, eu queria te dizer que eu tenho muito respeito pelo ET de Varginha. E eu sei que aqui, quem não viu conhece alguém que viu, ou tem alguém na família que viu, mas de qualquer jeito eu começo dizendo que esse respeito pelo ET de Varginha está garantido”.

― “Em Vidas Secas está retratado todo problema da miséria, da pobreza, da saída das pessoas do Nordeste para o Brasil”.

― “O meio ambiente é sem dúvida nenhuma uma ameaça ao
desenvolvimento sustentável”.

Eu vou ler os nomes dos municípios, porque eu acho importante que cada um de vocês possam (sic) se identificar aqui dentro e, por isso… Eu ia ler os nomes, não vou mais. Por que não vou mais? Eu não estou achando os nomes. Logo, não posso lê-los”.

― “Eu ontem disse pro presidente Obama que era claro que ele sabia que depois que a pasta de dente sai do dentifrício, ela dificilmente volta pra dentro do dentifrício”.

― “Jamais desviei um único centavo do patrimônio público para meu enriquecimento pessoal ou de terceiros” (na carta que alguém escreveu e José Eduardo Cardozo leu na Comissão de Impeachment do Senado, jurando que nunca fez o que fizeram 99% dos “cumpanhêros” ao seu redor).

― “Eu não sou propriamente uma pessoa cujos aspectos positivos são realçados” (na entrevista à Agência Pública, ensinando que essa mania nacional de só enxergar aspectos negativos visíveis impede que o brasileiro aprenda a valorizar aspectos positivos que ela não tem).

ESSA, SENHORAS E SENHORES, É A MULHER QUE NOS GOVERNOU POR 5 ANOS, 4 MESES DE 12 DIAS. NÃO PODIA MESMO DAR CERTO.

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

10º ANIVERSÁRIO DO BLOG


O Blog completa hoje seu décimo aniversário  o que é surpreendente, considerando que eu pretendia tirá-lo do ar em meados da década passada, tão logo a edição Blogs & Websites da Coleção Guia Fácil Informática ficasse pronta. Todavia, conforme mencionei em outras oportunidades, a atenção e o carinho de alguns leitores me estimularam a levá-lo adiante, e aqui estamos nós, dez anos depois, com mais de 2.600 postagens, mais de meio milhão de visualizações de páginas e 2,2 milhões de visualizações de perfil.

Seguidores e visitantes vão e vêm, é verdade... Alguns acompanham os posts por meses a fio, deixando comentários em quase todos eles, e um belo dia desaparecem como fumaça; outros ressurgem depois de meses (ou anos), e daí tornam a sumir do mapa (ou pelo menos da seção de comentários). Enfim, agradeço a atenção de todos (e o carinho de alguns) que por aqui passaram nestes dez anos, e espero poder comemorar novo balanço positivo em setembro do ano que vem.

Como o bolo e o champanhe são meramente virtuais, clique e ouça (ou assista, melhor dizendo) o clipe de vídeo a seguir:

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

IMPRIMIR É PRECISO...

A ESTRATÉGIA SEM TÁTICA É O CAMINHO MAIS LENTO PARA A VITÓRIA. TÁTICA SEM ESTRATÉGIA É O RUÍDO ANTES DA DERROTA.

Ainda que não sejam exatamente indispensáveis, as impressoras e multifuncionais (estas últimas integram funções de escâner e copiadora) continuam populares entre os usuários domésticos, e a despeito de ainda existirem, os modelos “matriciais” são usados quase que exclusivamente por quem trabalha com formulários contínuos e cópias carbonadas, por exemplo. Para a maioria de nós, os modelos baseados na tecnologia Ink Jet  (e Laser, ainda que em escala bem menor), representam a opção ideal, embora existam outras tecnologias menos conhecidas ― como a tinta sólida, a sublimação, a cera térmica e a plotagem, apenas para citar alguns exemplos), mas que são direcionadas a segmentos específicos de mercado, de modo que fogem ao escopo desta postagem.

As arcaicas portas paralelas, largamente utilizadas para conectar impressoras a PCs nos tempos de antanho, há muito caíram em desuso. Atualmente, todos os modelos a jato de tinta, inclusive multifuncionais, utilizam o USB, e a maioria oferece também conexões Wi-Fi e/ou Bluetooth.

Observação: Wi-Fi, Bluetooth e NFC (*) são soluções “wireless”, ou seja, capazes de transferir dados entre os dispositivos sem que eles estejam interligados “fisicamente”. Todavia, como esses protocolos foram criados em épocas distintas e com finalidades diferentes, cada qual apresenta vantagens e desvantagens em relação aos demais ― e à conexão cabeada, que, embora seja restritiva do ponto de vista da mobilidade, é sempre mais veloz e estável do que as modalidades sem fio.

Portanto, ao escolher uma impressora, não se balize somente pelo preço do aparelho. Abrir mão da possibilidade de acessar o dispositivo a partir de qualquer cômodo da casa com um notebook, tablet ou smartphone, a pretexto de poupar algumas dezenas de reais, é “economia porca”. Se você não tem um roteador, lembre-se de que, desde sua criação em 1998, o Bluetooth vem crescendo em alcance e velocidade (taxa de transmissão de dados). Na versão 5.0, a velocidade dobra e o alcance passa a ser quatro vezes mais do que na versão 4.2. Com isso, os aparelhos já não precisam estar tão próximos para se enxergar mutuamente, ou seja, o que só era possível dentro do mesmo cômodo agora passa a ser possível num raio de até 40 metros.

De modo geral, todas as impressoras modernas são fáceis de instalar. Basta conectar o aparelho a uma porta USB do computador, executar os arquivos de instalação e seguir o passo a passo (a instalação sem fio também é possível, mas geralmente é bem mais complicada; portanto, conecte fisicamente a impressora ao computador na hora de instalá-la e só depois usufrua dos benefícios da conexão wireless). Mas não deixe de atentar para a compatibilidade da impressora com o sistema operacional do seu PC, já que modelos mais antigos, mas ainda presentes nas prateleiras das lojas, não contam com drivers para o Windows 10.

O despenho da máquina também deve ser levado em conta, embora a estimativa dos fabricantes (expressa em “PPM” ou páginas por minuto) não sejam lá muito confiáveis, pois fazem as medições em “condições ideais” que você dificilmente conseguirá reproduzir no uso diário. Para evitar arrependimentos tardios, baseie-se em testes realizados conforme a norma ISO/IEC 24734 ou em reviews publicados em sites ou revistas especializadas.

Outro detalhe importante é o preço dos cartuchos. Nos modelos mais baratos, é comum um único cartucho ser responsável pela impressão em preto e em cores, e duas substituições podem custar mais do que você desembolsou ao comprar o aparelho. Se possível, dê preferência a modelos que utilizem pelo menos dois cartuchos ― um preto e outro colorido ―, de modo a poder repô-los individualmente.

Para piorar, se a tinta dura pouco quando você usa a impressora constantemente, poupá-la nem sempre é uma boa ideia, pois os cartuchos ressecam ou entopem quando o aparelho fica ocioso por muito tempo. Ainda assim, é possível economizar configurando a impressora para imprimir em baixa resolução (modo rascunho), ou recorrer a cartuchos compatíveis (novos, mas não originais), que oferecem bons resultados e relação custo/benefício interessante. No entanto, dependendo da marca/modelo da máquina, pode ser difícil encontrar cartuchos compatíveis, e aí o jeito é partir para produtos reabastecidos ou remanufaturados, que proporcionam uma economia representativa (cerca de 50% no primeiro caso e entre 10% e 20% no segundo). Para utilização doméstica, essa solução costuma ser bastante aceitável, a despeito do rendimento inferior ― esses cartuchos armazenam menos tinta e, portanto, tendem a produzir menos páginas do que um novo, sem mencionar que pequenas variações na fórmula da tinta podem reduzir substancialmente a qualidade e a durabilidade da impressão (especialmente em cores).

Observação: Ao contrário do que se costuma pensar, a tecnologia Ink Jet é bastante complexa: os cartuchos possuem um reservatório de tinta que é fervido por um elemento de aquecimento, e as bolhas resultantes se espalham por buracos minúsculos no papel (a composição exata da tinta determina a qual temperatura ela será fervida, o tamanho das bolhas e como elas voam pelos buracos na cabeça de impressão).Vale lembrar que o uso puro e simples de cartuchos remanufaturados ou reabastecidos não anula a garantia do aparelho. No entanto, se eles acarretarem danos ao hardware, você não estará coberto (embora essa situação não seja frequente, a possibilidade existe). Então, se você for exigente em relação à qualidade de impressão e não quiser se preocupar com potenciais danos à sua impressora, o melhor é usar cartuchos originais (ou compatíveis, desde que de boa procedência).

Dicas: Impressoras a jato de tinta podem usar papel comum, mas só conseguem imprimir com qualidade fotográfica com tintas e papéis especiais. Nesse caso, preste atenção na hora de alimentar o aparelho, porque nem todos os papéis fotográficos suportam impressão em ambas as faces. Além disso, como a tinta é líquida, convém esperar um pouco antes de manusear as folhas impressas, especialmente se você usar cartuchos recarregados. Se sua impressora informar que o cartucho está “no grito”, aqueça-o com um secador de cabelos por dois ou três minutos (o calor faz com que a tinta endurecida flua através dos pequenos orifícios do cartucho e permite finalizar a impressão em curso). Aliás, alguns modelos indicam que não há mais tinta quando ainda é possível imprimir algumas dezenas de páginas; para contornar o problema, tente “enganar” a máquina realizando os procedimentos de substituição e reinstalando o cartucho em uso como se fosse um novo.

(*) O NFC (de Near Field Communication) é uma especificação que permite a comunicação wireless entre dois dispositivos mediante uma simples aproximação entre eles, sem que seja preciso digitar senhas, clicar em botões ou realizar alguma ação similar para estabelecer a conexão. A distância que os dispositivos é de, no máximo, 10 cm, para deixar evidente a intenção de comunicação, mas, ao mesmo tempo, evitar conexão acidental e/ou a ação da bandidagem de plantão. Essa tecnologia é relativamente comum em smartphones, mas também vem se tornando popular em tablets, além de ser largamente utilizada em crachás, cartões de bilhetes eletrônicos ou qualquer outro item que comporte a instalação de um chip NFC.

Era isso, pessoal. Abraços e até a próxima.

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

OPERAÇÃO GREENFIELD, LÉO PINHEIRO E A JARARACA PETRALHA



A Semana da Pátria começou mal para Leo Pinheiro. O ex-chefão da OAS tornou a ser preso nesta segunda-feira, depois de ser levado coercitivamente a depor na Operação Greenfield, que apura crimes contra fundos de pensão de estatais.

A prisão preventiva foi decretada pelo juiz federal Sérgio Moro, sob o argumento de que é difícil controlar iniciativas do empresário para obstrução das investigações com ele cumprindo pena em regime de prisão domiciliar. Moro lembrou ainda em despacho que ele já havia sido condenado por ter pago pelo menos R$ 29,2 milhões em propinas em contratos da Petrobras e é acusado em outras três ações em andamento, além de ser investigado em inquérito que apura suposto pagamento de vantagens indevidas ao ex-presidente Lula ― caso que envolve a reforma do famoso tríplex no Guarujá, cuja propriedade o petralha nega de pés juntos.

Pinheiro, que havia sido preso na 7ª Fase da Lava-Jato, em novembro de 2014, e colocado em prisão domiciliar pelo STF em abril do ano passado, vinha negociando um acordo de delação premiada que não só feria mortalmente o ex-presidente Lula, mas também associava a OAS a uma reforma milionária na mansão cinematográfica do ministro Dias Toffoli. Depois que Veja publicou detalhes sobre esse acordo, as tratativas foram suspensas pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot (confira nesta postagem).

Na recém-deflagrada Operação Greenfield ― nome que, no jargão do mercado financeiro, designa investimentos em projetos de empresas que ainda não se realizaram ―, foram expedidos 127 mandados de busca e apreensão, condução coercitiva e bloqueio de R$ 8 bilhões em bens de 103 pessoas físicas e jurídicas em São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Amazonas e no Distrito Federal, dentre as quais, além de Leo Pinheiro, destacam-se os irmãos Joesley e Wesley Batista, donos da holding que comanda a JBS e a Friboi, o ex-tesoureiro petralha João Vaccari Neto ― que cumpre pena em Curitiba ― e Walter Torre Junior, fundador e CEO da Construtora WTorre.

Falando na jararaca petralha, um artigo publicado no site do Valor Econômico informa que a ofensiva contra a petista na Lava-Jato será dividida em pelo menos três denúncias. A primeira, que será oferecida ainda este mês, deverá apontar delitos como corrupção e lavagem de dinheiro e abordar a questão do tríplex no Guarujá e o armazenamento do butim que Lula trouxe de Brasília no final de seu segundo mandato, que teriam sido bancadas pela OAS. Além do ex-presidente e da ex-primeira dama, serão denunciados Leo Pinheiro (olha ele aí de novo), Paulo Gordilho ― executivo da OAS ― e Paulo Okamotto ― presidente do Instituto Lula. As outras duas denúncias têm a ver com a reforma do sítio Santa Bárbara e o uso da Lils Palestras, Eventos e Publicações pelo petista para recebimento de pagamentos feitos por sete empresas envolvidas no Petrolão, e devem ser oferecidas até o final do ano.

O fatiamento da acusação é uma estratégia processual recorrente na Lava-Jato e visa evitar que o processamento penal seja demorado. Demais disso, se as tratativas de delação premiada forem retomadas e o empreiteiro realmente se tornar delator, as informações e provas eventualmente indicadas por ele poderão ser juntadas a uma acusação futura a ser promovida contra a “alma viva mais honesta do Brasil” ― que, nunca é demais lembrar, já reponde a processo na 10ª Vara da Justiça Federal em Brasília por integrar uma suposta trama para obstruir a Lava-Jato, mediante tentativa de compra do silêncio do ex-diretor de Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró.

E “o cara” ainda faz pose de pré-candidato à presidência nas eleições de 2108.


ATUALIZAÇÃO: Um dia depois de ser preso, o ex-presidente da OAS mudou de estratégia e pediu ao juiz Sérgio Moro para prestar novo depoimento na ação que investiga pagamento de propinas ao ex-senador Gim Argello, visando barrar a CPMI da Petrobras e impedir que fossem convocados executivos de empresas fornecedoras da estatal. Para mais detalhes, siga o link http://link.blog.br/comentarios/leo-pinheiro-decide-finalmente-falar-com-moro-106830

terça-feira, 6 de setembro de 2016

VOCÊ SABE QUAL É O MELHOR SISTEMA DE ARQUIVOS PARA FORMATAR PENDRIVES?

SE TODOS CONHECESSEM A INTIMIDADE SEXUAL UNS DOS OUTROS, NINGUÉM CUMPRIMENTARIA NINGUÉM.

No finalzinho da postagem anterior, eu adiantei que o Windows oferece três opções de sistema de arquivos para a formatação de dispositivos de memória, e que cada qual apresenta vantagens e desvantagens, conforme o uso que ser fará do componente e o tipo de aparelho no qual ele será conectado. Agora, veremos qual a melhor opção para você formatar seus dispositivos de memória. Acompanhe:

Observação: Por sistema de arquivos, entenda-se o conjunto de estruturas lógicas que permite ao sistema operacional acessar e gerenciar dispositivos de memória (como HDs, SSDs e chips de memória flash presentes em pendrives e SD Cards). Cada sistema de arquivos possui suas peculiaridades ― como limitações, qualidade, velocidade, gerenciamento de espaço, entre outras características ―, que definem como os dados que formam os arquivos serão armazenados e de que forma o sistema operacional terá acesso a eles.

O crescimento progressivo da capacidade de armazenamento dos drives (hoje em dia, é comum os PCs domésticos disporem de HDs com 1 TB ou mais de espaço) contribuiu para o surgimento de novos sistemas de arquivos. Até o Win95, o sistema usado era o limitado FAT16 (de File Allocation Table), que foi substituído pelo FAT32 e, mais recentemente, pelo NTFS (sigla de New Technology File System), que oferece suporte a criptografia e recursos de recuperação de erros.

O FAT16 não era capaz de gerenciar drives com mais de 2 GB, sem mencionar que o tamanho avantajado de seus clusters (setores de alocação) davam margem a um grande desperdício de espaço. O FAT32, que foi usado até a edição ME do Windows, trabalhava com clusters menores, mas era até 6% mais lento que o FAT16, não gerenciava partições maiores que 32 GB, não reconhecia arquivos com mais de 4 GB e, para completar, era considerado inseguro, daí o Windows XP e seus sucessores terem adotado o NTFS, que não utiliza clusters (e, portanto, não propicia desperdício de espaço) e permite configurar permissões para cada tipo de arquivo, de modo a impedir que usuários não autorizados acessem determinados arquivos do sistema operacional.

A maioria dos pendrives é formatada em FAT32, para garantir a leitura e gravação de arquivos em computadores com Windows, Mac OS e Linux, além de videogames e aparelhos que possuem interfaces USB. Mas formatar um SD Card em FAT32 ― no qual, como dito, o tamanho dos arquivos é limitado a 4 GB pode resultar numa indesejável divisão dos arquivos quando o usuário grava um clipe de vídeo, por exemplo, de modo que você deve optar por esse sistema somente em pendrives em dispositivos de armazenamento externo mais antigos e de baixa capacidade de armazenamento (menos de 4 GB) ou que não suportem outras opções de formatação.
O NTFS, criado em 1993 e utilizado inicialmente no Windows NT, foi adotado também nas versões domésticas do sistema a partir do XP e continua sendo utilizado até hoje, inclusive no Windows 10

Para pendrives e unidades de armazenamento externo, todavia, os especialistas não recomendam sua adoção, já que eles realizam atividades de leitura e gravação maiores do que os sistemas FAT32 e exFAT ― o que diminui a vida útil dos dispositivos ― e não são compatíveis com consoles Playstation, por exemplo.
O exFAT surgiu em 2006 e foi adicionado às edições XP e Vista do Windows mediante atualizações. Trata-se de um sistema de arquivos otimizado para pen drives ― até porque é eficiente como o FAT32 e, como o NTFS, não apresenta limitações de tamanho dos arquivos ―, sendo a opção mais acertada para formatação de dispositivos de armazenamento externo com capacidade superior a 4 GB.

Resumo da ópera: Prefira o NTFS para formatar HDs internos operados pelo Windows, use o exFAT em pendrives e HDs externos (USB) e opte pelo FAT32 somente no caso de o dispositivo que você for formatar não suportar outros sistemas de arquivos.

Era isso, pessoal. Bom dia a todos, bom feriado e até a próxima.

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

VÍRUS NO PENDRIVE (conclusão)

SOU REACIONÁRIO. MINHA REAÇÃO É CONTRA TUDO QUE NÃO PRESTA.

Antes de prosseguir no assunto da postagem de sexta-feira, volto a enfatizar importância de manter backups atualizados de arquivos pessoais e de difícil recuperação. E como quem tem dois tem um e quem tem um não tem nenhum, sugiro manter mais de uma cópia de segurança: por exemplo, além de armazenar o backup em outra partição que você criou no HD do seu PC, envie uma cópia para um drive virtual e/ou salve-a num pendrive, num HD USB ou num CD ou DVD (caso sua máquina disponha de um gravador de mídia óptica, naturalmente). Dito isso, vamos adiante.

Certifique-se de que você instalou no seu Windows todas as atualizações críticas e de segurança disponibilizadas pela Microsoft. No Ten, as atualizações automáticas vêm ativadas por padrão, mas convém verificar se porventura não existe alguma coisa pendente (mais informações na sequência de postagens iniciada por esta aqui). Feito isso, atualize sua suíte de segurança (ou aplicativo antivírus, conforme o caso). O procedimento varia de uma ferramenta para outra, mas geralmente é bastante intuitivo e no mais das vezes consiste em clicar em Atualizar, Check for updates, ou coisa parecida. Na dúvida, consulte a Ajuda do seu aplicativo.

Cumpridas essas etapas, assegure-se de que seu sistema esteja limpo fazendo uma varredura completa. Aliás, convém repetir esse procedimento semanalmente.

Observação: Segurança é um hábito e, como tal, precisa ser cultivado. Então, mantenha seu sistema e arsenal de defesa sempre atualizados, e não apenas quando ― e se ― for tentar desinfetar um dispositivo de mídia removível.      

Na sequência, espete o pendrive na portinha USB do computador, abra o Explorer, clique com o botão direito no ícone que representa o dispositivo removível e, no menu suspenso que se abrir em seguida, selecione a opção que comanda a varredura com o antivírus.

Supondo que você não consiga se livrar da praga, o jeito será partir para a reformatação do pendrive. Para isso, ainda na janela do Explorer, torne a clicar sobre o ícone que representa a unidade em questão e escolha agora a opção Formatar. Se o ícone não estiver visível, pressione o atalho de teclado Win+R, digite diskmgmt.msc e tecle Enter para abrir o Gerenciamento de Disco. Se não houver problemas de hardware (físicos) que impeçam o funcionamento do drive ou da porta USB, a unidade deverá aparecer listada e você poderá seguir os passos retro citados para executar a formatação.

Note que, ao formatar um pendrive, um cartão de memória, um HD USB ou mesmo um disco rígido convencional, o Windows oferece 3 opções de sistema de arquivos: NTFS, FAT32 ou exFAT. Todos elas têm vantagens e desvantagens, à luz do uso que será feito da unidade de armazenamento e do dispositivo na qual ela será conectada. Mas isso já é conversa para uma próxima oportunidade.