ARREPENDO-ME
MUITAS VEZES DE TER FALADO, MAS NUNCA DE TER SILENCIADO.
A evolução
tecnológica nos trouxe os PCs, e a popularização da internet propiciou, ainda
que indiretamente, o surgimento dos smartphones, tablets e outros computadores
ultra portáteis, que permitem navegar n a Web a partir de praticamente qualquer
lugar. Mas nem tudo são flores nesse jardim, já que o vasto leque de senhas que
somos obrigados a memorizar para acessar toda sorte de serviços online
constitui um sério problema, na medida em que essas “chaves virtuais” devem ser
suficientemente complexas para prover relativa segurança e, ao mesmo tempo,
fáceis de memorizar.
De nada
adianta criar uma senha como z34@*#zL9W0o%¢§
se utilizá-la exigir anotá-la num post-it
e colá-lo à moldura do monitor. Claro
que sempre se pode recorrer a programinhas dedicados, que requerem apenas a
memorização da senha-mestra (que é criada durante a instalação do aplicativo),
como você pode conferir se pesquisar o
Blog a partir dos termos-chave adequados. Já para quem não se dá bem com
gerenciadores de senhas, vale relembrar que é possível criar senhas seguras e
fáceis de memorizar usando as primeiras sílabas ― ou primeiras letras ― de uma
frase conhecida, de um verso de poema ou de um trecho da letra de uma canção.
Por exemplo, “batatinha quando nasce se
esparrama pelo chão” resulta em “BaQuAnNasSeEsPeChA”.
Observação: Para aprimorar a segurança de suas passwords, combine letras maiúsculas e minúsculas e/ou
adicione caracteres especiais e sinais gráficos; para conferir o
resultado, submeta-as a serviços online especializados, como o Password
Meter e o How
Secure is my Password. A
título de curiosidade, o primeiro considerou “very strong” a senha do nosso
exemplo, e o segundo deu conta de que seriam necessários 6 trilhões de anos para quebrá-la. Já a “sopa de caracteres” do parágrafo de abertura foi dada como 100% segura e o tempo necessário para
craqueá-la foi estimado em 303
sextilhões de anos.
Importa
mesmo é dizer que Manuel Blum,
vencedor do Turing Award 1995 ― premiação
cujo nome homenageia Alan Turing e é considerada o Nobel
da computação ― apresentou uma proposta algorítmica que resulta na criação de “senhas humanas computáveis”,
aprimorando a segurança dos passwords e dispensando a memorização das
complicadas combinações alfanuméricas que utilizamos para acessar serviços como
webmail, net banking, e-commerce e assemelhados.
Basicamente,
utiliza-se um algoritmo e uma chave pessoal privada, que, combinados com o nome
do site ou do webservice que desejamos acessar, criam senhas únicas. Por
exemplo, a chave pode ser composta
por uma matriz seis-por-seis, criada a partir de 26 letras do alfabeto e 10
dígitos, com a primeira linha composta pelas primeiras seis letras em uma
máquina tipográfica Linotype: E,
A, T, O, I e N e as demais arrumadas de acordo com a
ordem usada nesses aparelhos antigos, seguidas dos dígitos 0 até 9. Para
transformar o nome do site em senha, basta combinar a matriz com o algoritmo.
No Fórum Heidelberg Laureate, na Alemanha,
Blum usou um sistema baseado nos pontos
cardeais. Ele partiu da primeira letra do nome do site, seguiu em direção ao
“norte” para descobrir, na matriz, o valor que a substituiria, e depois fez o
mesmo com a segunda letra, desta feita seguindo em direção ao “leste”, e assim
sucessivamente. Segundo ele, há uma vasta gama de algoritmos que podem ser
usados ― os pontos cardeais foram apenas um exemplo ―, e o sistema é difícil de
ser quebrado.
Ainda que o
aprendizado requeira algum tempo de adaptação, os resultados são compensadores,
pois o método dispensa a difícil memorização da quantidade cada vez maior de senhas
que utilizamos em nosso dia-a-dia. No entanto, até que isso se popularize, é melhor
ficar com a opção da “batatinha quando
nasce” ou recorrer a um gerenciador de senhas responsável.
Abraços e
até mais ler.
P.S. Quem honra este blog com suas visitas deve ter notado que de uns tempos a esta parte eu passei a postar também nos finais de semana, mas mudando o foco para o cenário político nacional, que, aliás, eu contemplo numa comunidade criada na rede .Link (o URL é http://cenario-politico-tupiniquim.link.blog.br/). Sem embargo, fica aqui a sugestão e o link para você acompanhar mais um capítulo da novela do IMPEACHMENT (http://cenario-politico-tupiniquim.link.blog.br/caderno/ainda-sobre-o-imbroglio-do-impeachment-107095.html ).
P.S. Quem honra este blog com suas visitas deve ter notado que de uns tempos a esta parte eu passei a postar também nos finais de semana, mas mudando o foco para o cenário político nacional, que, aliás, eu contemplo numa comunidade criada na rede .Link (o URL é http://cenario-politico-tupiniquim.link.blog.br/). Sem embargo, fica aqui a sugestão e o link para você acompanhar mais um capítulo da novela do IMPEACHMENT (http://cenario-politico-tupiniquim.link.blog.br/caderno/ainda-sobre-o-imbroglio-do-impeachment-107095.html ).