sábado, 7 de janeiro de 2017

SAUDOSISMO - CUIDADO COM O QUE VOCÊ DESEJA

Para alguns, a palavra “saudade” existe somente no português; para outros, isso não passa de um mito. Verdade ou não, o termo ficou em 7º lugar no ranking das palavras mais difíceis de traduzir da empresa britânica Today Translations.

Saudade deriva do latim solitas, solitatis, que, em latim, significa “solidão”, “desamparo”, “abandono”. Daí o significado de “desejo de um bem do qual se está privado”; “lembrança nostálgica e, ao mesmo tempo, suave, de pessoas ou coisas distantes ou extintas, acompanhada do desejo de tornar a vê-las ou possuí-las”.

Segundo a professora Luísa Galvão Lessa, Doutora em Língua Portuguesa pela UFRJ e membro da Academia Brasileira de Filologia, os demais idiomas têm dificuldade em traduzir ou atribuir um significado preciso a “saudade”, mas o fato de uma língua não ter palavra que, por si mesma, possa traduzir-se por “saudade” não significa que o povo que a fala não conheça tal sentimento. Tal conceito pode ser, nessa língua ou em outras, expresso por mais de uma palavra. No inglês, por exemplo, têm-se várias tentativas: homesickness (equivalente a saudade de casa ou do país), longing e to miss (sentir falta de uma pessoa); no castelhano, te extraño; no francês, j’ai regret, e no alemão, Ich vermisse dish.

Talvez essas expressões não definam com exatidão o sentimento luso-brasileiro de saudade, mas aí já é outra história; para os propósitos deste preâmbulo, interessa dizer que a lembrança é o elo que liga o passado ao presente, e que é fundamental separar a saudade do saudosismo de achar que tudo era melhor, mais bonito e mais feliz.

Saudosistas, não raro, idolatram um passado que nunca existiu. Um exemplo disso é que, diante do calamitoso cenário político atual, algumas pessoas dizem ter saudades dos tempos da ditadura, mas, quando se vai se ver, nem se conheciam por gente nos assim chamados “anos de chumbo”. E conhecimentos não-empíricos, de segunda-mão, obtidos através de inexatos livros de História, não autorizam, salvo melhor juízo, pleitear volta dos militares.

A ditadura militar foi instituída em março de 1964, com a deposição do então presidente João Goulart e a posse do marechal Humberto de Alencar Castello Branco, e se estendeu ao longo de 21 anos, sob o comando dos generais Costa e Silva, Médici, Geisel e Figueiredo, nessa ordem. 

Em 1968, o “linha-dura” Costa e Silva decretou o AI-5, produzindo um elenco de ações arbitrárias de efeitos duradouros que prevaleceram durante os “anos de chumbo”, o período mais repressivo do governo militar. Em 1974, Geisel deu início ao lento processo de abertura que, 11 anos depois, poria fim no regime de exceção com a eleição (indireta) de Tancredo Neves ― o primeiro presidente civil em mais de duas décadas ―, embora quem assumiu o posto foi seu vice, José Sarney.

O fim da ditadura não foi uma “consequência natural do espírito democrático” de Geisel e Figueiredo, e tampouco transcorreu sem turbulências e acidentes de percurso. Aliás, o processo de abertura só foi concluído devido às manifestações populares pró-diretas, que em 1983, reuniram 1,5 milhão de pessoas na Candelária (RJ) e 1 milhão no vale do Anhangabaú (SP). A mais emblemática delas lotou a Praça da Sé (também em São Paulo), em janeiro de 1984, com 300 mil pessoas carregando faixas e vestindo camisetas onde se lia a inscrição “EU QUERO VOTAR PARA PRESIDENTE” ― note que os manifestantes apareceram espontaneamente para ouvir e aplaudir líderes como Ulysses Guimarães, Tancredo Neves, Leonel Brizola, Fernando Henrique Cardoso, Lula e outros políticos, artistas e intelectuais que se revezavam ao microfone, pois a internet era então uma ilustre desconhecida e as redes sociais só surgiriam e se popularizariam quase duas décadas depois.

Observação: Em rápidas pinceladas, a “Revolução de 1964” ― cuja data “comemorativa” é 31 de março ― foi um golpe de Estado desfechado na madrugada de 1º de abril daquele ano, quando líderes civis e militares conservadores derrubaram o presidente João Goulart, a pretexto de afastar do poder um grupo político que supostamente flertava com o comunismo.

Nos movimentos pró “Diretas Já”, pugnava-se pela aprovação da emenda constitucional Dante de Oliveira, que visava restaurar o direito às eleições diretas suspenso pelos militares. No dia da votação, exatos 20 anos depois do golpe, uma manobra de bastidores tirou da Câmara 112 deputados, e a emenda foi rejeitada, a despeito do clamor das ruas. Em outras palavras, o povo foi traído pelos políticos, para variar. Mas o desgaste do governo propiciou a eleição (indireta) de Tancredo Neves, que venceu Paulo Maluf no Colégio Eleitoral (por 480 votos a 180), depois de unir o PMDB à chamada Frente Liberal, formada por dissidentes do PDS, que dava sustentação ao governo militar.

Em janeiro de 1985, o então deputado federal Ulysses Guimarães ― que chegou a ser cogitado para disputar a presidência da República pelo PMDB contra o pedessista Paulo Maluf, mas acabou sendo preterido pela chapa “mista” formada com o PFL de Sarney ― entregou a Tancredo o programa denominado Nova República, que previa eleições diretas em todos os níveis, educação gratuita, congelamento de preços da cesta básica e dos transportes, entre outras benesses. Com esperança e ânimos redobrados, os brasileiros ansiavam pela chegada do dia 15 de março, data prevista para a posse do primeiro presidente civil depois de 21 anos e a volta dos militares às casernas. Mas o que deveria ser a festa da democracia se transformou em luto nacional: Tancredo foi internado na véspera da posse e faleceu em 21 de abril (num dos maiores cortejos fúnebres já vistos no país, seu esquife foi acompanhado por mais de 2 milhões de pessoas por São Paulo, Brasília e Belo Horizonte, a caminho de São João Del Rey, onde o corpo do político foi sepultado).

Depois de algumas discussões jurídicas sobre a possibilidade de o então presidente da Câmara dos Deputados (Ulysses Guimarães) assumir a presidência, prevaleceu o entendimento de que José Sarney, vice na chapa de Tancredo, deveria ser empossado. E foi o que aconteceu, para o bem e para o mal, como veremos no próximo capítulo desta retrospectiva. Abraços a todos e até lá.

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sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

MAIS SOBRE REDES VIRTUAIS PRIVADAS

DEMOCRACIA SÃO DOIS LOBOS E UMA OVELHA VOTANDO SOBRE O CARDÁPIO PARA A JANTA. LIBERDADE É UMA OVELHA BEM ARMADA.

Já discutimos o assunto em tela em outros posts (para conferir, clique aqui e aqui), mas não custa relembrar que uma rede virtual privada (VPN) é um canal seguro entre dois ou mais computadores na internet, ou seja, um recurso que permite que um acesse o outro como se ambos estivessem em uma rede local.

No passado, essas redes eram mais usadas no âmbito corporativo ― para conectar de forma segura ramais remotos ou ligar funcionários em roaming à rede do escritório ―, mas tornaram-se importantes também para usuários comuns, na medida em que ajudam a prevenir ataques virtuais, além de permitirem contornar suspensões do WhatsApp por determinação judicial (como as que ocorreram no início deste ano).

Vale frisar que redes wireless abertas representam um sério risco para os internautas, já que os cibercriminosos se valem de diversas técnicas para invadir o tráfego na web e até mesmo sequestrar contas em sites que não usam o protocolo de segurança HTTPS. Isso sem mencionar que algumas operadoras de redes Wi-Fi injetam intencionalmente anúncios na web, que podem levar a rastreamentos indesejados.

Ao usar uma VPN, todo o seu tráfego pode ser direcionado de maneira segura por meio de um servidor localizado em outro local do mundo, protegendo seu computador de tentativas locais de rastreamento, de hacks, e até mesmo impedindo que os sites por onde acessem seu endereço IP (Protocolo de Internet). Demais disso, as VPNs permitem acessar conteúdo online eventualmente indisponível localmente ― embora isso dependa de como os donos do conteúdo imponham suas restrições. Os provedores de serviços de VPN costumam contar com servidores em muitos países pelo mundo e oferecer a possibilidade de alternância entre eles, permitindo, por exemplo, que você se conecte em um servidor baseado no Reino Unido para acessar conteúdo restrito da BBC, ou em algum servidor baseado nos EUA para acessar conteúdo da Netflix que não está disponível no Brasil.

As empresas configurarem suas próprias VPNs usando aplicações especiais de redes, mas, para usuários domésticos, é bem mais prático e fácil escolher entre as inúmeras opções disponíveis, tanto gratuitas quanto pagas. As primeiras costumam exibir anúncios e oferecer um leque mais limitado de servidores, além de acarretar redução nas velocidades de conexão, ainda que isso não chegue a incomodar (muito) um usuário doméstico eventual. Outro ponto negativo dos servidores gratuitos é que existem mais chances de os endereços IP que eles utilizam ser bloqueados ou filtrados em diversos sites (até porque crackers, spammers e outros usuários mal-intencionados costumam se valer desses serviços para seus propósitos pouco recomendáveis). Já as opções comerciais funcionam mediante assinatura e se diferenciam por não reduzir a velocidade dos download ou limitar o tráfego de dados, além de não armazenar logs que possam ser utilizados para identificar os usuários (ou pelo menos é o que ele afirmam).

É bom saber que diversos fabricantes de aplicativos de segurança oferecem serviços VPN que funcionam como um meio-termo entre as soluções gratuitas e as comerciais. Via de regra, quando o preço não está embutido na licença do pacote de ferramentas, o valor cobrado em separado costuma ser bem mais camarada. Além disso, essas soluções já possuem configurações razoavelmente seguras, desobrigando os usuários de ajustá-las por conta própria (o que nem sempre é uma tarefa fácil para quem não tem conhecimento avançado de redes e seus intrincados protocolos).

A título de colaboração, seguem algumas sugestões interessantes:

― O Private Internet Access e o TorVPN suportam Windows, OS X, Linux, iOS e Android (o plano gratuito tem limite de 1GB por mês).
― O ProXPN suporta Windows, OS X e iOS.
― O Baixaki inclui mais de 70 opções de VPN, boa parte delas gratuita para uso doméstico. É só clicar, conferir e escolher a que mais lhe agradar.

(Com conteúdo do portal de tecnologia IDGNOW!)

E como hoje é sexta-feira:






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quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

GLARY UTILITIES ― CONCLUSÃO

AMAR É DAR RAZÃO A QUEM NÃO TEM.

Como dito no capítulo anterior, a tela que se abre quando clicamos no botão Inicialização da janela principal do Glary Utilities dispõe de 5 abas. A primeira delas (Programas de Inicialização) permite inibir a inicialização automática dos aplicativos, conforme já foi explicado. As outras quatro (Tarefas Agendadas, Plugins, Serviços de Aplicativos e Serviços do Windows) listam e permitem ativar/desativar uma série de itens ― que devem ser manipulados com cuidado, notadamente nas duas últimas, que, como seus nomes indicam, envolvem serviços de aplicativos e do próprio sistema operacional.

Clicando com o botão direito sobre cada item e selecionando Propriedades, temos uma ideia melhor do que eles são e para que servem, mas, na dúvida, é melhor deixar a configuração padrão ou consultar o Google para descobrir se é ou não conveniente alterar sua inicialização (se preferir, pesquise os itens desconhecidos diretamente no FILEINSPECT).

Observação: O Gerenciador de Inicialização do Glary facilita a manipulação dos itens elencados em suas abas, mas convém ter em mente que plugins, processos e serviços podem ser gerenciados através das configurações dos próprios programas, do Agendador de Tarefas do Windows, das ferramentas do navegador e de utilitários embutidos no próprio sistema (que, verdade seja dita, boa parte dos usuários desconhece).

Voltando agora às abas da janela principal do programa, Manutenção 1-Click dá acesso a 7 itens configuráveis, cinco dos quais vêm assinalados por padrão. Porém, diferentemente da aba Visão Geral, nesta é possível marcar ou desmarcar qualquer das caixinhas de verificação. Depois de fazer os ajustes desejados, clique no botão “Procurar”, acompanhe o andamento da varredura (na porção direita da janela), clique em “Mostrar detalhes...” (ao lado dos problemas identificados) para obter mais informações. Ao final, pressione o botão “Reparar problemas” e aguarde a conclusão do processo. Mais simples, impossível.

Ferramentas” é a terceira e última aba da janela principal. Clique nela para ter acesso a 39 funções distribuídas por 11 categorias (dependendo do modo de exibição selecionado, que pode ser alternado através de dois botõezinhos na coluna esquerda da janela, são 30 funções agrupadas em 5 categorias; nesse caso, selecione a categoria desejada e confira, à direita da tela, os recursos que ela disponibiliza.

Por último, mas não menos importante, a barra de ferramentas exibida na borda inferior da janela do Glary exibe 10 ícones e um botão com uma setinha apontando para cima. Pouse o mouse sobre cada ícone para visualizar uma breve descrição do que ele faz; clique na setinha para ter acesso a mais 16 comandos úteis.

Apesar de ser bastante intuitivo, o Glary Utilities oferece um competente sistema de ajuda baseado em FAQs, que elucidam as dúvidas mais comuns. Para acessá-lo, clique no botão Menu e selecione a opção “Perguntas frequentes”. Caso isso não seja suficiente, pressione a tecla F1 para ser encaminhado a uma webpage onde você pode postar perguntas ― que serão respondidas por email, através do endereço eletrônico que você inserir no campo respectivo.

Resumo da ópera: O Glary Utilities é uma mão na roda para usuários iniciantes e um verdadeiro “canivete suíço” para os medianos e avançados. Todavia, considerando que o que abunda não excede e que não há problema algum em manter duas ou mais suítes de manutenção instaladas no computador, não descarte os (já sugeridos) excelentes Cleaner e Advanced System Care (mais detalhes no capítulo desta sequência). Aliás, recomendo instalar também o excelente Wise Registry Cleaner (para saber mais sobre o Registro do Windows, clique aqui).

Observação: O Windows Registry Cleaner acompanha o Wise Care 365, que é pródigo em recursos e funções, mesmo na versão gratuita. No entanto, depois de tê-lo instalado, a BSOD DPC_WATCHDOG_VIOLATION ― que eu nunca havia visto até então ― deu o ar de sua graça em duas ocasiões. Na primeira, eu relevei o problema, mas na segunda eu pensei comigo que seria melhor desinstalar a suíte para não ter uma terceira vez (volto a falar dessa Tela Azul da Morte numa próxima oportunidade). Felizmente, a WiseCleaner disponibiliza o Wise Registry Cleaner (além de outros componentes que integram o WC365) em separado, de modo que não foi preciso abrir mão dessa excelente ferramenta.   

Boa sorte e um ótimo dia a todos.

MORO E A LAVA-JATO

Fábio Zanini, da Folha de S. Paulo, disse que “a principal ameaça à Lava-Jato, maior até do que um acordão no Congresso, é a perda de credibilidade de seu porta-estandarte”, o juiz Sergio Moro.

Em 2017, de acordo com o colunista, “com novas revelações da Odebrecht, a possível delação de Eduardo Cunha e prováveis condenações de Lula, a fervura seguirá plena, mas tais condições exigem que Moro mantenha a discrição pré-estrelato, sem cair na tentação de ser parte do debate político ― sem virar um Gilmar Mendes, em outras palavras”.

Na verdade, foi o “estrelato” do magistrado que impediu as sucessivas tentativas de golpe contra a Lava-Jato. E as revelações da Odebrecht, a delação de Eduardo Cunha e as condenações de Lula terão o efeito de aumentar ainda mais a credibilidade de nosso porta-estandarte.

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quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

AINDA SOBRE O GLARY UTILITIES

NA INFÂNCIA E NA VELHICE, A FELICIDADE PODE ESTAR NUMA SIMPLES CAIXA DE BOMBONS.

Na primeira postagem desta sequência sobre o Glary Utilities (*), eu disse que versão freeware dessa excelente suíte de manutenção é plenamente satisfatória para a maioria dos usuários domésticos, mas nada impede o leitor de registrar o produto (o que é necessário para uso comercial). A licença custa US$ 19,97 (com desconto promocional de 50%, segundo o fabricante) e dá direito a instalar o programa em até 3 computadores.

(*)  Não sei bem o que fiz ao dividir esta matéria em capítulos, mas vejo agora que a parte do texto a que me referi no parágrafo acima como "a primeira postagem desta sequência" se perdeu. Isso posto, transcrevo a seguir parte do post publicado na minha comunidade de informática sobre o aplicativo, que preenche satisfatoriamente a lacuna. Lamento o ocorrido.

Hoje, vou dedicar algumas linhas ao excelente Glary Utilities, que é compatível com todas as edições recentes do Windows de 32 bits quanto de 64 bits (do XP ao 10), disponibiliza um arsenal de ferramentas respeitável e, o que é melhor, conta com uma versão freeware que é sopa no mel para quem deseja uma suíte de manutenção responsável e pródiga em recursos, mas não pode ― ou não quer ― desembolsar cerca de R$ 70 (ou US$ 19,97, que é o preço promocional da licença válida para 3 PCs).   

Depois de baixar os arquivos (sugiro fazê-lo a partir da página do fabricante), salvá-los na área de trabalho e dar duplo clique sobre o ícone respectivo, leia a EULA e, se concordar, aceite os termos do contrato (sem o que, como sabemos, não é possível dar sequência à instalação do software).

Observação: É fundamental ler de cabo a rabo o contrato de licença ao instalar qualquer aplicativo, sobretudo se ele for gratuito, mas a gente sabe que a maioria dos usuários não se dá a esse trabalho. Em sendo o seu caso, considere a possibilidade de usar o EULALYZER, que analisa e exibe informações resumidas do contrato, destacando as cláusulas mais importantes e alertando para eventuais elementos potencialmente perigosos, como adwares, spywares e assemelhados.

Concluída a instalação, abre-se a janela do programa com a aba “Visão Geral” selecionada por padrão (vide ilustração). A coluna esquerda da tela apresenta 5 itens configuráveis, sendo que o terceiro e o quinto vêm assinalados também por padrão ― você pode desmarcar o último, caso não queira desativar a atualização automática da suíte, mas será convidado a registrar o programa se tentar fazer qualquer outra alteração, de modo que eu sugiro manter a configuração original.

A coluna central exibe o tempo de boot do seu PC; clique no botão azul (Inicialização) para visualizar uma nova tela de configuração com cinco abas, das quais a primeira ― Programas de inicialização ― corresponde a uma versão mais intuitiva do MS Config  (utilitário nativo do Windows que permite gerenciar a inicialização do sistema, de seus componentes e dos demais aplicativos). Clique sobre um item qualquer da lista para obter algumas informações que poderão ajudá-lo a decidir se vale ou não a pena manter habilitada a inicialização automática do dito-cujo.

Observação: Via de regra, pode-se inibir a inicialização automática da maioria dos apps que pegam carona na inicialização do Windows ― com exceção do antivírus e do firewall ―, até porque os programas podem ser inicializados manualmente a qualquer tempo. Talvez eles demorem um pouquinho mais para responder, mas o fato é que quanto menos programas permanecerem habilitados, menor será o consumo de recursos do computador (notadamente espaço na memória RAM e ciclos do processador), o que não só resulta num boot mais rápido, mas também em mais “fôlego” para o sistema rodar os aplicativos que você realmente precisa utilizar.

O resto fica para o próximo post, pessoal. Nesse entretempo, siga os links retro citados para saber mais sobre o Config e a memória física do computador. Abraços e até lá. 

Ainda conforme eu disse no capítulo anterior, a janela do GU conta com 3 abas: Visão Geral, Manutenção 1-Click e Ferramentas. Clique na primeira e repare que 2 dos 5 itens configuráveis exibidos na porção esquerda da janela vêm assinalados por padrão. Se você tentar marcar os demais, será convidado a registrar o produto ― e aí a coisa foge ao escopo desta postagem), mas poderá desmarcar o segundo item pré-configurado, embora isso não seja recomendável, pois o programa deixará de buscar automaticamente atualizações de versão e banco de dados. Então, sigamos em frente.

A porção central da janela exibe o tempo de boot do PC e o botão Inicialização, que convoca uma nova tela com 5 abas (voltaremos a ela mais adiante). A porção direita informa a versão do Glary Utilities, a data correspondente ao banco de dados e a data da última atualização ― clique no botão Verificar atualizações para conferir se tudo está up to date, e no botão Fazer Upgrade para inserir seu nome de usuário e a chave de registro do produto (caso disponha de uma chave; caso negativo, você pode adquiri-la clicando no link “Clique aqui para obter uma”).

Voltando agora à janela do gerenciador de inicialização (que é exibida quando você clica no botão Inicialização, conforme eu mencionei linhas atrás), as 5 abas que ela disponibiliza são: Programas de Inicialização, Tarefas Agendadas, Plugins, Serviços de Aplicativos e Serviços do Windows. A primeira delas lista e permite gerenciar os aplicativos que pegam carona (às vezes desnecessariamente) na inicialização do Windows.

Observação: Tenha em mente que a maioria dos apps não precisa ― e nem deve ― ficar rodando em segundo plano durante todo o tempo, até porque isso resulta em desperdício de ciclos de processamento e espaço na memória RAM. Convém você rever essa configuração à luz do impacto de cada um deles na inicialização do sistema (oriente-se pela coluna Tempo de Carregamento e pela a quantidade de estrelinhas com que o Glary os classifica) e inibir a inicialização automática dos que forem dispensáveis (só não mexa no antivírus, no firewall e no antispyware). Note que eles não deixarão de funcionar, apenas levarão um pouquinho mais tempo para responder quando você os convocar.

Aqui convém abrir um parêntese para relembrar que o software é um dos dois segmentos que compõem um sistema computacional (o outro é o hardware), e engloba tanto o Sistema Operacional quanto os aplicativos, processos e serviços. Numa definição tosca, mas adequada aos propósitos deste artigo, aplicativos são os “programas” que instalamos no computador, e os processos e serviços, conjuntos de instruções destinadas a executar uma vasta gama de tarefas específicas (geralmente em segundo plano, de forma transparente ao usuário). Note que um programa pode se subdividir em dois ou mais processos, mas o mesmo processo não pode ser compartilhado por dois ou mails programas., e que alguns processos não pertencem a programas ― como é caso dos serviços, cuja função é dar suporte ao sistema operacional e seus componentes. Fecho o parêntese.

Por hoje chega, pessoal. Continuamos na próxima postagem. Abraços e até lá.

LULA LÁ, COM A JUSTIÇA AMERICANA NOS CALCANHARES E DILMA A REBOQUE

As investigações sobre o Petrolão caminham céleres na Justiça americana, e se acordo de leniência da Odebrecht põe fim às ações contra as empresas do grupo, o mesmo não ocorre em relação aos processos que correm indivíduos como os tais Brazilian Official 1, 2, 3 e 4 (Lula, Dilma, Palocci e Mantega), que poderão ter a prisão decretada em breve, embora só venham a ser recolhidos ao xilindró do Tio Sam se pisarem em solo americano.

Observação: Nunca é demais lembrar o caso de Paulo Maluf, que, aos 84 anos, carrega uma bagagem considerável de acusações, denúncias e processos por corrupção, mas, até agora, nenhuma condenação ― no Brasil, pois Maluf foi condenado a 3 anos de prisão pela Justiça da França (por lavagem de dinheiro em grupo organizado) e figura na lista de procurados da Interpol (pelo desvio de mais de R$ 11 milhões em fundos públicos brasileiros, que teriam sido transferidos para contas em bancos norte-americanos). Ainda assim, o deputado continua livre, leve e solto por aí, pois só pode, até que seja expedida uma ordem de prisão contra ele pela Justiça Brasileira, só corre o risco de ir em cana se botar o focinho fora do Brasil.

Quando por mais não seja, esse desdobramento internacional das investigações sobre práticas nada republicanas desses sacripantas desmonta a tese abilolada (dos petistas e seus admiradores) de que as ações penais movidas contra Lula e sua quadrilha vermelha não passam de perseguição política. Triste notícia para o comandante da ORCRIM ― que, dizem, estuda a possibilidade de se auto-exilar em alguma (outra) republiqueta de bananas ―, pois, aos olhos da maior potência mundial, a nação que o acolher estará protegendo um criminoso que lesou empresas e cidadãos norte-americanos.
 
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terça-feira, 3 de janeiro de 2017

MANUTENÇÃO PREVENTIVA (CONTINUAÇÃO)

QUEM DESDENHA QUER COMPRAR, QUEM DISFARÇA ESTÁ ESCONDENDO, MAS QUEM DESDENHA E DISFARÇA NÃO SABE O QUE ESTÁ QUERENDO.

Conforme a gente viu no post anterior, as ferramentas de manutenção do Windows cumprem sua função, mas é possível ampliar a gama de recursos e obter melhores resultados com suítes de terceiros, tanto pagas quanto gratuitas. Dentre as diversas opções disponíveis na Web para download, eu selecionei alguma das que mais gosto, e cuja adoção recomendo a quem interessar possa:

Começo pelo CCleaner, da Piriform, que é sucesso tanto de crítica quanto de público. Sua interface, limpa e intuitiva, dá acesso às ferramentas através de 4 botões: Limpeza, Registro, Ferramentas e Opções ― na versão gratuita, existe ainda um quinto botão, que remete à página onde o interessado pode fazer a migração para a versão paga, que custa cerca de R$ 70 ― que inclui alguns recursos adicionais, mas, na minha modesta opinião, a opção gratuita atende satisfatoriamente à maioria dos usuários. Na sequência de postagens publicada no final de 2015, eu publiquei uma avaliação circunstanciada ― que pode lhe dar uma ideia de como usar as ferramentas, a despeito de o fabricante ter disponibilizado novas edição a partir de então. que o fabricante tenha liberado novas versões desde então. Para obter mais detalhes e fazer o download dos arquivos de instalação a partir do site do fabricante, clique aqui.

O Advanced System Care, da IOBit, é outra suíte de manutenção eficiente e popular que eu já abordei em diversas oportunidades (para conferir, digite o nome do programa no campo de buscas do Blog e pressione Enter). Da mesma forma como o CCleaner, o ASC é distribuído tanto como shareware quanto como freeware. Você pode baixar e instalar a opção gratuita e registrá-la posteriormente, se quiser ter acesso a diversos recursos adicionais (o registro custa R$ 76,99). Para comparar as versões, obter informações adicionais e fazer o download, siga este link.

Por hoje é só, pessoal. Volto com mais dicas de suítes de manutenção ao longo das próximas postagens.

NOVO INSULTO AOS BRASILEIROS ― Editorial do Estadão

No momento em que as enormes dificuldades e incertezas da conjuntura política, econômica e social do País não encorajam previsões auspiciosas de um Feliz Ano Novo, soa como escárnio a desfaçatez com que o PT vem a público para confirmar a intenção de lançar a pré-candidatura de Lula à Presidência da República “com um programa de reconstrução da economia nacional”. Porque assim, afirma o presidente nacional do partido, Rui Falcão, “ficará muito claro para a população qual o objetivo dessa perseguição”, de que seu líder é “vítima”.

É um desafio estimulante imaginar qual possa ser o “programa de recuperação da economia” a que se refere o alto comissário petista. O país tem um governo em exercício há menos de oito meses, encabeçado por Michel Temer, cuja prioridade tem sido criar condições exatamente para resgatar dos escombros o que sobrou da economia nacional, varrida pela “nova matriz econômica” que Dilma Rousseff tirou da manga do colete. Talvez os petistas tenham em mente agora uma “novíssima matriz econômica”, já que nem mesmo um surto de insanidade poderia justificar a repetição de um erro pelo qual pagam hoje, de modo muito especial, mais de 12 milhões de brasileiros desempregados.

Em resumo: qual a credibilidade do PT para propor qualquer coisa na área econômica depois de ter praticamente destruído o mercado brasileiro com sua obstinação pela concentração de poderes nas mãos de um governo que prometia “distribuir” a riqueza mas acabou dizimando o que compartilhar? Pior: um governo que liberou os cofres públicos a políticos e empresários corruptos, todos eles beneficiários de uma promiscuidade que, a partir do Palácio do Planalto, alastrou-se como nunca antes na história deste país por todos os desvãos da administração federal direta e indireta.

O lançamento da pré-candidatura presidencial de Lula é, na verdade, o derradeiro recurso do PT para garantir a sobrevivência política de ambos: o partido e seu líder maior. Do ponto de vista eleitoral, até onde a vista alcança deverá prevalecer o veredicto selado nas urnas municipais de outubro, que transformou o PT exatamente naquilo que sempre usou para desqualificar as legendas concorrentes: um partido sem votos. A pré-candidatura presidencial de Lula – cuja imagem, como sempre, sobrepaira à de seu partido – serviria, pelo menos, para lembrar à militância que o PT ainda existe.

Ocorre que é no mínimo improvável que Lula consiga sobreviver ileso à Lava-Jato. Foi-se o tempo em que os figurões da República estavam fora do alcance da Justiça. Hoje as cadeias estão abarrotadas de vereadores, prefeitos, deputados, senadores, governadores, juízes, executivos, donos de grandes corporações privadas e criminosos do colarinho branco das mais variadas extrações, a maior parte lá colocados a partir do advento da Operação Lava-Jato.

Mas, de acordo com o que deixou claro Rui Falcão, é necessário fazer uma distinção entre os petistas e os demais investigados e condenados pela Lava-Jato. Os episódios de corrupção que envolvem correligionários de Lula, segundo Falcão, “nós vamos avaliá-los a nosso próprio juízo, dado o processo de parcialidade que tem na Justiça brasileira”. Quer dizer, quanto à condenação de um Eduardo Cunha ou de um Sergio Cabral, ambos do PMDB, nada a opor. Mas, quando se trata de petistas acusados, “temos mecanismos internos, comissão de ética, uma corregedoria, para avaliar comportamentos de filiados dentro de nossas regras, com direito de defesa, contraditório, no devido processo legal do PT”. Ou seja, a Justiça que vale, para os petistas, é a do PT. O que não é novidade, pois já no julgamento do mensalão os dirigentes petistas condenados foram imediatamente glorificados, pela direção partidária, com a honrosa condição de “guerreiros do povo brasileiro”.

Em resumo, Lula e o PT continuam exatamente os mesmos. Haverá quem caia de novo nessa esparrela?

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segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

MANUTENÇÃO PREVENTIVA É FUNDAMENTAL PARA O PC

PODE-SE DIZER A MAIOR BESTEIRA, MAS, SE FOR DITA, EM LATIM MUITOS CONCORDARÃO.

Dizia-se até pouco tempo atrás que o computador veio resolver todos os problemas que não existiam quando não existiam computadores, que o hardware era a parte que a gente chuta e o software, a que a gente xinga, que o Windows deveria se chamar Ruindows, e por aí afora. Mas o PC evoluiu, diminuiu de tamanho (especialmente se considerarmos tablets e smartphones como o que eles realmente são, ou seja, computadores pessoais ultra portáteis), baixou de preço e se tornou praticamente indispensável no nosso dia a dia. Claro que não existe hardware perfeito nem programa de computador à prova de falhas, até porque, mesmo tendo sido criado à imagem e semelhança de Deus ― isso para quem acredita, já que muitos defendem a tese de que a vida na Terra surgiu e evoluiu por mero acaso ―, o ser humano é falível, e igualmente falíveis são suas criações (do ser humano, bem entendido; vamos deixar Deus fora disso).

Ainda que tenha sido desenvolvido ― e venha sendo constantemente aprimorado ― pela “Gigante do Software”, o Windows está longe de ser perfeito. Claro que as edições mais recentes são menos sujeitas a instabilidades e travamentos do que as dos anos 90 (as famigeradas 9.X/ME). No entanto, se a própria Microsoft adiciona aos componentes do seu sistema uma série de ferramentas nativas, a conclusão é óbvia (trançando um paralelo com a indústria automobilística, se pneus não furassem, os fabricantes não equipariam os veículos com estepe, macaco e chave de roda).

Vale salientar que o fato de o Windows se tornar progressivamente mais lento e claudicante com o passar do tempo e o uso normal da máquina não é propriamente um defeito, e sim uma característica do produto. E se realizar manutenções preventivo-corretivas regulamente, o usuário conseguirá manter o desempenho do sistema em patamares aceitáveis ― apenas aceitáveis; para resgatar o viço original, a desenvoltura dos primeiros dias, o “cheirinho” de máquina nova, só mesmo reinstalando tudo do zero, e olhe lá.

Dentre os utilitários que compõem a “malinha de ferramentas” gentilmente oferecida pela Microsoft, o limpador de disco, o corretor de erros e o otimizador/desfragmentador são os mais conhecidos. Para executá-los, deve-se dar um clique direito no ícone que representa a unidade onde o Windows se encontra instalado (geralmente C:), clicar em Propriedades e, em seguida, no botão Limpeza de Disco ― para eliminar arquivos inúteis e outros entulhos que vão se acumulando e acabam minando a estabilidade e o desempenho do computador (veja detalhes nesta postagem). Concluída essa importante etapa, a seguinte consiste em clicar na aba Ferramentas e, nos campos Verificação de erros e Otimizar e desfragmentar a unidade, acionar os botões Verificar e Otimizar (um de cada vez, naturalmente; veja detalhes nesta postagem) e seguir as instruções na tela.

Da mesma forma que o próprio Windows, essas ferramentas vêm sendo aprimoradas a cada nova edição, mas não são páreo para algumas suítes de manutenção de terceiros, tanto em prodigalidade de recursos (quando por mais não seja, pela ausência de um módulo que limpe, corrija erros e compacte o Registro do Windows) quanto em eficiência e rapidez na execução das tarefas.  

Observação: O Registro ― ou Registry, como preferem os puristas, é a espinha dorsal do sistema, uma espécie de banco de dados dinâmico que armazena uma vasta gama de informações sobre o hardware, o software e os perfis dos usuários do computador. Seus parâmetros são modificados a cada inicialização e salvos ao final ao final da sessão, com as respectivas alterações (para mais detalhes, reveja a sequência de postagens iniciada por esta aqui).

Na próxima postagem, veremos algumas sugestões de programas de manutenção, tanto pagos quanto gratuitas. Abraços e até lá.

FELIZ 2017 A TODOS!

Complementando a retrospectiva que eu venho fazendo ao longo das últimas postagens, o cenário é devastador, mas a esperança é a última que morre.

Volto a frisar que não nutro especial simpatia pelo atual presidente da Banânia, nem pelos integrantes do alto escalão do seu governo. Mas não me resta alternativa que não seja torcer para que ele realmente faça um bom trabalho, que recoloque o país na rota do crescimento, e que seja mesmo lembrado, por que não, como o presidente que debelou a monumental crise econômica, política e moral que castiga o Brasil há anos, em grande parte devido à péssima administração da anta vermelha e da corrupção institucionalizada que campeou solta após a ascensão do molusco abjeto à presidência.

Temer já conseguiu ― ao trancos e barrancos, mas conseguiu ― aprovar a PEC do teto dos gastos e encaminhar a reforma da Previdência, dentre outras medidas impopulares, mas essenciais para o  país. A economia já deu sinais de melhora ― pífios, é verdade, mas antes pingar do que secar ―, após um longo período de severa retração. Ainda é pouco, o Brasil tem pressa, mas o presidente sabe que não tem outra alternativa senão acertar, acertar e acertar.

Para encerrar, vale lembrar (mais uma vez) que nenhum dos problemas que vivemos no momento foi criado pela atual administração; os direitos autorais dessa desgraceira toda pertencem unicamente a seus antecessores, embora a tigrada vermelha e outros segmentos espúrios da sociedade pareçam ter decidido declarar guerra aos fatos. Não costuma dar certo.

Desejo a todos um ano novo repleto de realizações. 

Ah, já ia me esquecendo: não deixe de assistir a este clipe de vídeo


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