quinta-feira, 25 de outubro de 2018

AINDA SOBRE O CHROME E AS ABAS...


O CONHECIMENTO CRIA PROBLEMAS, MAS NÃO É A IGNORÂNCIA QUE OS RESOLVE.

Como vimos, o Chrome não avisa quando há várias abas abertas no momento em que ele é fechado. Não que essa omissão seja uma tragédia, mas implementar o recurso também não seria um bicho-de-sete-cabeças. Por alguma razão, porém, o Google preferiu disponibilizar um plugin (extensão para navegador) que, dentre outras funções, supria essa “deficiência”. Entretanto, a partir da versão 45, lançada em 2015, o Chrome deixou de suportar o NPAPI (tecnologia necessária ao funcionamento de applets em Java) e o Chrome Toolbox foi removido do Google Web Store.

Sem embargo da solução que eu mencionei na postagem anterior, o “Close...NOT!” pode ser uma alternativa interessante. Basta você seguir este link, clicar no botão Adicionar e reiniciar o Chrome.

Note, porém que será preciso ativar a extensão em cada janela ou aba para que ela funcione — para isso, dê um clique sobre o ícone ao lado da barra de endereço e observe que um sinal de interrogação surgirá junto do escudo, indicando que o plugin está ativo. 

Outro “senão” é que o Close...NOT! não diferencia links do comando fechar — ou seja, se ao navegar por uma página você clicar num link interno, o plugin perguntará se você deseja sair ou permanecer no endereço.

Tudo somado e subtraído, quem não abre mão do alerta sobre as abas pode estar pensando em trocar de navegador. Mas existe um paliativo mais ou menos satisfatório, qual seja configurar o Chrome para iniciar de onde ele parou. Assim, se você fechar várias abas sem querer, elas serão reabertas automaticamente quando o browser for reiniciado.

Para fazer esse ajuste, acesse o menu de configurações do Chrome (clique no ícone dos três pontinhos, no canto superior direito da janela), selecione Configurações e, no campo Inicialização, marque a opção Continuar de onde você parou.

Talvez não seja a solução ideal, mas é melhor pingar do que secar.

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quarta-feira, 24 de outubro de 2018

A 5 DIAS DO SEGUNDO TURNO...



Reza a sabedoria popular que, para náufrago, jacaré é tronco. Essa pérola cai como uma luva para explicar a insistência de Haddad e do PT em criar factoides em busca do “grande escândalo” que, segundo Lula, seria a única maneira de evitar a derrota de seu fantoche.

A Folha deu uma mãozinha ao denunciar a compra de supostos “disparos” de fake news contra Haddad por empresas (ou empresários) que apoiam Bolsonaro, mas denunciar é uma coisa, provar é outra. Mesmo que essa história tenha repercutido, e o PT e o PSD se aproveitado dela para pedir a impugnação da candidatura do adversário, a investigação determinada pelo TSE não altera, no curto prazo, o cenário eleitoral que se vem delineando desde o primeiro turno e que tende a se consolidar no próximo domingo 28.

Até o momento não existem provas de que empresas (ou empresários, o que mudaria completamente a história, já que, dentro de certos limites, colaborações de pessoas físicas às campanhas eleitorais continuam sendo permitidas) patrocinaram os tais disparos em massa no WhatsApp, mas a petralhada mantém o tom elevado, como se o partido da estrela (cadente) fosse a quintessência da virtude, e não uma organização criminosa comandada por um apenado e integrada por Gleisi Hoffmann, Lindbergh Farias, Humberto Costa, Paulo Teixeira e outros que tais.

Um vídeo publicado em junho (não dias ou semanas atrás, portanto), no qual Eduardo Bolsonaro dá uma resposta infeliz a uma pergunta igualmente infeliz, ganhou vulto agora, a poucos dias do segundo turno, também impulsionado pela Folha. Diante dessa “grave ameaça às instituições”, o ministro Dias Toffoli, atual presidente do STF, afirmou em nota que um ato contra o Judiciário seria “atacar a democracia”. Na minha desvaliosa opinião, está-se  fazendo tempestade em copo d’água. Mas não vou insultar a inteligência dos leitores exaltando o óbvio, e sim convidá-los a clicar aqui para ler a nota de Toffoli, aqui para ver como se pronunciaram outros ministros da Corte, e então tirar suas próprias conclusões.

Observação: Ainda sobre o tal vídeo, talvez Jair Bolsonaro pudesse ter escolhido melhor as palavras que usou para condenar o ato de seu rebento — referir-se a  Eduardo como “garoto” e dizer que o repreendeu, tanto como filho quanto como parlamentar, não me pareceu lá muito apropriado. Já a ex-corregedora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Eliana Calmon, também se referiu a Eduardo como “menino inconsequente e imaturo”, mas ponderou que o presidenciável não pode ser responsabilizado pela bravata do filho, e que, quando se vê qual foi o contexto à época em que foi feito, fica clara a intenção do PT de criar mais um factoide e usá-lo contra o adversário.

É oportuno lembrar que o deputado petista Wadih Damous — um daqueles que tramou a soltura de Lula durante o recesso do Judiciário — disse com todas as letras, num vídeo postado meses atrás em sua página no Facebook depois que o ministro Barroso não acolheu os recursos da defesa do ex-presidente petralha, que “tem de fechar o Supremo Tribunal Federal”.

José Dirceu — outro criminoso condenado, mas em liberdade condicional graças à ala garantista do STF — também disse recentemente que “é preciso tirar todos os poderes do Supremo”, rebatizá-lo como “Corte Constitucional”, e que “Judiciário não é poder da República, é um órgão, mas se transformou em um quarto poder; se o Judiciário assume poderes do Executivo e do Legislativo, caminhamos para o autoritarismo”.

Gleisi Hoffmann, a uma semana do julgamento de Lula no TRF-4, berrou aos quatro ventos que para Lula ser preso “vai ter que prender muita gente, vai ter que matar gente”. O próprio Lula chegou a dizer que “botaria o exército de Stedile nas ruas”, e que a mídia deveria “trabalhar” para que ele não voltasse ao poder, porque, quando voltasse, haveria regulação da imprensa (e outras bravatas que a síndrome do macaco me impede de enumerar).

Para encerrar: Segundo a revista digital Crusoé, os petistas depositam suas últimas esperanças em uma possível “onda silenciosa” de eleitores que só se manifestarão nas urnas. Essa onda seria formada por pessoas que vão votar no poste de Lula, mas teriam receio ou até vergonha de expor o voto publicamente, e por isso não aparecem nas pesquisas.

Sem  mais comentários. Que o leitor tire suas próprias conclusões.

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AINDA SOBRE O GOOGLE CHROME TOOLBOX


AQUELE QUE LÊ MAUS LIVROS NÃO LEVA VANTAGEM SOBRE AQUELE QUE NÃO LÊ LIVRO NENHUM.

Como vimos na postagem anterior, se você usa o Chrome e já teve o desprazer de encerrar uma sessão de navegação quando pretendia apenas fechar a aba ativa, deve ter percebido que, diferentemente de seus concorrentes, o navegador do Google não avisa que há outras abas abertas quando você clica no X vermelho para encerrar a sessão de navegação, e nem permite incluir essa funcionalidade mediante uma simples reconfiguração.

A boa notícia é que um plugin (ou extensão, como queira) chamado Chrome Toolbox faz isso e muito mais, pois permite deixar até dez comandos do Chrome configurados em um menu suspenso e de fácil acesso. A má notícia é que ele foi removido da Chrome Web Store em 2015, quando a empresa lançou a versão 45 de seu festejado navegador e suprimiu o suporte ao NPAPI (tecnologia necessária para applets em Java).

O plugin em questão ainda pode ser baixado do site do Baixaki, que dá detalhes sobre a instalação, configuração e outros que tais. Mas para que o troço funcione, é preciso instalar outro plugin (clique aqui para mais informações e download).

Observação: Eu não experimentei, de modo que não posso dizer mais do que já disse. Se você quiser tentar, faça-o por sua conta e risco. Se houver algum problema, basta desinstalar a extensão ou, em último caso, reinstalar o Google Chrome.

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terça-feira, 23 de outubro de 2018

O DESESPERO DO PT A 5 DIAS DO SEGUNDO TURNO



Ao encerrar sua peregrinação pelo Nordeste, Haddad criticou a “leniência” da TSE com o suposto envio em massa de fake news anti-PT (ou a favor de Bolsonaro, o que a esta altura dá no mesmo). Até aí nenhuma surpresa: para os sectários da seita do inferno, o Judiciário só acerta quando decide a favor de Lula. Aliás, o partido da estrela cadente sempre procura pregar suas bobagens onde consegue reunir uma claque numerosa de apoiadores — como a região Nordeste, a única em que o fantoche petista foi mais votado que Bolsonaro (a não ser no Ceará, estado em que Ciro Gomes ganhou disparado, como se vê na imagem que ilustra este post).

A irresignação do PT foi prontamente apoiada pelo PDT, cujo candidato ficou em terceiro lugar no primeiro turno. Haddad chegou a dizer que “o certo seria ele e Ciro disputarem o segundo turno”, e agora busca impugnar a candidatura de Bolsonaro com base numa reportagem publicada na Folha, onde o partido vê “provas robustas do uso de cadastro sem autorização, caixa 2 de campanha e calúnia e difamação”, embora sustente até hoje que Lula foi condenado sem provas, que foi vítima de um conspiração da mídia, da Justiça e do diabo que o carregue.

Salvo melhor juízo, não existe a menor possibilidade de o TSE impugnar a candidatura de Bolsonaro a poucos dias do segundo turno, até porque é muito difícil de provar que houve abuso de poder econômico nesse caso. O fato é que Haddad está prestes a sofrer mais uma derrota acachapante — a exemplo da que sofreu quando tentou a reeleição para a prefeitura de São Paulo e perdeu para João Doria. Para náufrago, jacaré é tronco, mas se é para o poste “escolher” quem ele quer enfrentar no segundo turno, não faz sentido ter realizado o primeiro.  

Não há provas que sustentem o pedido do PT. O que se tem é uma matéria jornalística inconclusiva. A investigação aberta no TSE levará meses — senão anos — para ser concluída (basta lembrar que a ação por de abuso de poder econômico movida pelos tucanos contra a chapa Dilma/Temer em 2014 levou 3 anos para ser julgada). Ademais, a denúncia contra Bolsonaro é de que a distribuição em massa de fake news seria disparada na última semana da campanha, o que agora dificilmente aconteceria, mesmo que a acusação fosse verdadeira.

O PT, que sempre acusou o Judiciário de ser rápido no gatilho ao condenar Lula, agora pede urgência ao TSE, como se fosse razoável o Tribunal interferir na eleição presidencial a partir de meras suspeitas. Aliás, a campanha petista se baseia em tentativas de deslegitimar a do oponente, além de atribuir a Temer as mazelas geradas e paridas na gestão de Dilma, notadamente após o estelionato eleitoral que produziu sua reeleição. Isso só cola com a patuleia desvairada, mas essa não precisa ser convencidos de nada.

Observação: Criar narrativas de vitimização é uma especialidade petista que Haddad assimilou rapidamente: mesmo sendo réu por improbidade administrativa e alvo de mais de 30 inquéritos, ele fala como se fosse a Madre Teresa e seu adversário, o próprio Belzebu.

Depois de testar os limites legais e a paciência do eleitorado insistindo na candidatura de um ficha-suja e denunciando, inclusive no exterior, que “eleição sem Lula é fraude”, a seita vermelha ora lança dúvidas sobre o processo eleitoral, revelando sua natureza autoritária, que não admite oposição por se julgar dona da verdade e exclusiva intérprete das demandas populares. Sua usina de produção de narrativas parece não ter limite. A da vez é que está sendo vítima de uma “guerra suja” travada no WhatsApp e que Bolsonaro só vencerá a eleição devido às fake news, como se a rejeição ao PT e a Haddad não estivesse batendo recordes em todo o país.  

Numa campanha difamatória contra Bolsonaro, a pecedebista Manuela D’Ávila, vice do poste, compartilhou um vídeo em que dois atores, simulando um motorista dirigindo para uma “madame” preconceituosa, divulgam posições já desmentidas pelo adversário, como a de que Bolsonaro vai acabar com a licença maternidade, com o 13º, e “subir o morro atirando em todo mundo”. Sem citar diretamente o vídeo, o capitão tuitou: “Quão canalha e cara de pau alguém tem que ser pra se colocar como vítima de fake news enquanto espalha aos quatro cantos que votei contra deficientes, que vou aumentar imposto pra pobre, acabar com bolsa-família, com licença maternidade, 13° salário e mais um monte de mentiras?

Na propaganda política, Haddad tem concitado os eleitores a não votarem em seu adversário simplesmente por serem contra o PT. Só falta ele dizer qual seria a alternativa, pois todas as demais opções (que também não eram grande coisa) deixaram o palco após a apuração das urnas no último dia 7. Agora, minha gente, não adianta chorar.  
  
Sobrando tempo, assista a este clipe.

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SOBRE O GOOGLE CHROME TOOLBOX


O SOCIALISMO É UM SISTEMA QUE SÓ FUNCIONA NO CÉU, ONDE NÃO PRECISAM DELE, E NO INFERNO, ONDE ELE JÁ EXISTE.

Google Chrome desbancou o Internet Explorer em 2012 e desde então conta com a preferência da maioria dos internautas do mundo inteiro, debalde os esforços da Microsoft para popularizar o EDGE e de existirem alternativas excelentes a esses programas, como o Firefox, o Opera e o UC-Browser.

Diferentemente do que ocorria até poucos anos atrás, hoje em dia a escolha do browser tem mais a ver com a preferência pessoal dos usuários, já que a maioria das opções se equivale na oferta de recursos e funcionalidades. Isso não significa que os programas sejam absolutamente idênticos, naturalmente: veja, por exemplo, que o Chrome não exibe uma caixa de diálogo informando que há mais de uma aba aberta quando a gente clica no X vermelho para encerrar a sessão. Isso pode parecer algo de somenos, mas não é.

As abas foram implementadas inicialmente no Firefox, embora alguns afirmem que elas já existiam no pré-histórico NetCaptor — do qual a maioria dos usuários jamais ouviu falar. Mais adiante, esse recurso foi adotado pelos principais navegadores, o que é bom, pois permite acessar múltiplas página simultaneamente sem que seja preciso abrir duas ou mais instâncias do programa.

A questão é que, por desatenção, é comum encerrarmos o browser em vez fecharmos somente a aba ativa, e aí o conteúdo carregado nas demais se perde. Para piorar, nem sempre uma consulta ao histórico de navegação resolve, já que o Chrome pode estar configurado para apagar automaticamente os rastros de navegação no momento em que é fechado — isso sem mencionar que algumas ferramentas de segurança também se incumbem de realizar essa faxina.

O fato é que a caixa de diálogo retrocitada tem sua utilidade, ms por alguma razão o Google parece não pensar assim. A boa notícia é que a extensão Chrome Toolbox supre essa deficiência. A má é que ela foi removida do Chrome Web Store em 2015, quando do lançamento da versão 45 do Chrome, que deixou de suportar o NPAPI — tecnologia necessária ao funcionamento dos applets escritos em Java. Mas vamos por partes.

Se você preza a sua privacidade, mas nunca se lembra de apagar seu histórico de navegação, talvez seja prudente configurar o browser para fazê-lo automaticamente. Do ponto de vista da segurança, porém, faz mais sentido usar um bloqueador de anúncios — seja o que integra nativamente o navegado, seja os que são providos por algum plugin. Até porque, a rigor, apagar o histórico evita apenas que outras pessoas que tenham acesso ao seu computador bisbilhotem seus hábitos de navegação.

ObservaçãoSites de notícias e provedores de conteúdo não apreciam o uso de bloqueadores, mas é inegável que essa medida represente uma camada adicional proteção, já que inúmeros malwares e scripts maliciosos são distribuídos meio de anúncios. 

Feita essa ressalva, vejamos como configurar o apagamento automático no Chrome

— Abra o navegador e clique nos três pontinhos (no canto superior direito da janela) para ter acesso ao menu de configurações.

— Role a página até o rodapé e clique na opção Avançado.

— Em Privacidade e segurança, clique na setinha à direita de Limpar dados de navegação, vasculhe as opções sob os menus Básicas e Avançado e faça os ajustes desejados marcando (ou desmarcando) as respectivas caixinhas de verificação.

— Reinicie o navegador e repita os passos anteriores para verificar se a nova configuração foi efetivada.

Continuamos na próxima postagem. Até lá.

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segunda-feira, 22 de outubro de 2018

FALTANDO 6 DIAS PARA O SEGUNDO TURNO



Enquanto a gente sofre com a síndrome do macaco (para saber do que se trata, clique aqui e veja a foto no final da postagem), PT e PDT padecem da síndrome do mau perdedor. O primeiro por estar prestes a levar uma monumental lavada do PSL; o segundo por ter ficado em terceiro lugar no primeiro turno. Inconformados, ambos pleiteiam a cassação de Bolsonaro, baseados numa denúncia de que empresários teriam bancado a compra de “pacotes de disparo de mensagens pelo WhatsApp contra o PT”, que foi publicada pela Folha na semana passada.

Chega a ser hilário um pedido desses partir do PT, que sempre jogou sujo o jogo eleitoral, tanto na esfera legal quanto do ponto de vista moral. À extensa lista de infrações cometidas pela seita do inferno ao longo de três governos e meio, acrescentam-se na reta final desta campanha erros crassos equivocadamente tratados no noticiário como “estratégias”. Da insistência na candidatura falaciosa do criminoso de Garanhuns ao prosaico “Lula Livre”, do “mensalinho do Twitter — em que influenciadores foram pagos para postar loas a candidatos petistas — à retomada da programática passado, culminando com a conversão súbita ao dito pelo não dito no segundo turno, a legenda da estrela apagada só fez reforçar as razões do modelo rejeitado pelo eleitorado — que Bolsonaro soube tão bem cooptar jogando com a manipulação das emoções negativas.

Observação: Haddad afirma que está disposto a debater com Bolsonaro a qualquer momento e em qualquer lugar, mesmo numa enfermaria, e o capitão diz que “quem conversa com poste é bêbado”. A julgar pelos nível dos últimos confrontos televisivos entre João Doria e Marcio França — no da Globo o mediador chegou a dizer que esperava que ambos sobrevivessem ao programa e no da Record a baixaria foi ainda pior —, os eleitores não vão perder grande coisa, já que ninguém parece disposto a discutir programas de governo, mas apenas atacar o adversário para tentar ganhar no grito. Triste Brasil.

Na guerra generalizada de fake news, o PT é tanto vítima quanto algoz, como no caso recente em que Haddad tuitou uma informação falsa (que depois apagou) sobre suposto voto de seu adversário contra um projeto de lei envolvendo a inclusão de portadores de deficiência — e isso vários dias depois de a informação já ter sido desmentida nas mídias sociais. É nítida, portanto, a impressão de esse insurgimento do PT não passa de mera tentativa de “vencer no tapetão”, e que o PSL resolveu surfar nessa onda, vislumbrando a possibilidade — remota, mas enfim... — de anulação do primeiro turno e de um segundo pleito tendo como adversários o segundo e o terceiro colocados no sufrágio do último dia 7.

Observação: Segundo Maurício Lima publicou na seção Radar da revista Veja, o próprio Lula já admitiu abertamente a derrota na eleição. Na visão dele e da cúpula do PT, só um grande escândalo poderia mudar o resultado final. Talvez seja isso que Haddad e o PT, com uma ajudinha da Folha, estão querendo produzir com essa "denúncia".

O Ministério Público Eleitoral e a Justiça Eleitoral estão aí para receber denúncias, promover investigações e julgar os casos que chegarem à corte, mas será que há consistência na acusação envolvendo Bolsonaro, seus apoiadores e o WhatsApp? (a propósito, assistam ao vídeo no final desta postagem). Será que não faltam indícios de materialidade do suposto crime eleitoral, já que não foi apresentada comprovação de que o esquema realmente existiu, colocando em xeque a própria fundamentação da denúncia?

Na última sexta-feira, o WhatsApp cancelou as contas das agências  mencionadas na reportagem da Folha, mas não deu maiores detalhes sobre o teor dos conteúdos que foram compartilhados, o que não permite inferir se os envios eventualmente já feitos configurariam a existência de um esquema criminoso. Supondo que haja empresários pagando agências para disparar mensagens as tais mensagens, seria preciso apurar se o dinheiro vem de pessoas físicas ou jurídicas, já que empresas não podem contribuir para campanhas eleitorais, mas seus donos podem — ao menos dentro de certos limites.

A capa da Folha fala em “empresas” e o título da reportagem, em “empresários”. Apesar do uso do plural, apenas a rede de lojas Havan foi citada, e seu proprietário negou ter pago pelo envio de mensagens. Junte-se a isso o fato de a denúncia não envolver doação oficial de campanha — para caracterizar caixa 2, seria preciso comprovar que o esquema foi realizado com conhecimento ou anuência de Bolsonaro; se tiver sido fruto de iniciativa independente, tomada por apoiadores do candidato, não se pode considerá-lo doação irregular de campanha.

Supondo que se trate de uma ação individual sem o conhecimento da campanha do capitão, a resolução 23.551/2017 do TSE proíbe expressamente a compra de cadastros e pune os responsáveis pelo envio das mensagens, independentemente de terem alguma ligação formal com a campanha, mas o candidato só é responsabilizado se for comprovado seu prévio conhecimento. E se o envio de mensagens tiver usado apenas a base de dados fornecida pela própria campanha, com os números de pessoas que voluntariamente se dispuseram a informar seus dados? Mais uma vez, a reportagem diz que houve compra de cadastros, mas não apresenta provas, além do que a referida resolução do TSE não prevê todas as situações nem delimita até onde vai a liberdade individual quando se trata de ajudar um candidato.

Caberá ao MPE investigar as denúncias. Se efetivamente for possível ir além do que foi publicado até agora, amarrar todas as pontas soltas — que são muitas — e se apurar que há realmente indícios de crime eleitoral, que o caso seja levado ao TSE, a quem caberá julgar e responsabilizar os envolvidos (o que não exclui o próprio Bolsonaro). Do contrário, teremos de nos questionar se não estamos diante de mais uma tentativa petista de deslegitimar uma eleição que o PT está prestes a perder, mostrando como o discurso que tenta colocar a legenda no “campo democrático” não passa de mais um engodo do partido, que desde o início do ano vem tumultuando o processo sucessório com o (felizmente já esquecido) “eleição sem Lula é fraude”.

O TSE ficou de se pronunciar na tarde deste domingo (ontem), mas o que eu consegui apurar até a conclusão deste texto é que foi decretado sigilo no inquérito instaurado pela PF a pedido da PGR/PGE Raquel Dodge (para investigar o disparo de fake news em massa pelo WhatsApp referentes a Bolsonaro e Haddad), e que a presidente do TSE, ministra Rosa Weber, afirmou que não há “base empírica” para as “criativas teses” em mensagens de conteúdo falso que lançam suspeitas sobre o processo eleitoral. Em suas próprias palavras: “As criativas teses que intentam contra a lisura do processo eleitoral não possuem base empírica. Estão voltadas à disseminação rápida de conteúdos impactantes sem o compromisso com a verdade. A resposta da instituição, ao contrário, há de ser responsável, após análise das imputações. Reafirmo: o sistema eletrônico eleitoral é auditável. Qualquer fraude nele necessariamente deixaria digitais, permitindo a apuração das responsabilidades.”

Indagada sobre eventual falha do TSE no combate à disseminação de mensagens com conteúdo falso, Rosa Weber negou, mas ponderou que a desinformação é um fenômeno mundial para o qual não há uma solução “pronta e eficaz”. Novamente, nas palavras da presidente da Corte: “A desinformação visando minar a credibilidade da Justiça Eleitoral, a meu juízo, é intolerável e está merecendo a devida resposta. Nossa resposta está se dando tanto na área jurisdicional como também na própria área administrativa. Agora, se tiverem a solução para que se evitem ou se coíbam 'fake news', por favor, nos apresentem. Nós ainda não descobrimos o milagre.”

Eventuais novidades sobre mais esse circo mambembe serão objeto do post de amanhã, ou, em havendo relevância maior, numa postagem em edição extraordinária.


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HORÁRIO DE VERÃO 2018 FOI ALTERADO, MAS ESQUECERAM DE AVISAR A TIM


INSENSATEZ É INSISTIR NO ERRO SUCESSIVAS VEZES, ESPERANDO QUE UMA HORA O RESULTADO SE TRANSFORME EM ACERTO.

Nem o tempo é sério no Brasil. Prova disso são as constantes idas e vindas do governo em relação à adoção ou não do famigerado “horário de verão” — prática que teve início em 1931 e ganhou periodicidade anual em 1985. No entanto, somente em 2008 que o Decreto nº 6558 instituiu o terceiro domingo dos meses de outubro e fevereiro como datas oficiais de início e término do horário de verão no Brasil.

O objetivo de adiantar os relógios em uma hora é reduzir a demanda máxima durante o horário de pico de carga do sistema elétrico brasileiro. Em tese, fatores como a mudança de comportamento dos consumidores e o término do expediente de trabalho ainda com luz natural, associados ao retardo do início da utilização da iluminação pública, reduziriam a coincidência do consumo de energia elétrica e resultariam na queda do consumo nos horários de pico de carga no Sistema Interligado Nacional. Na prática, todavia, a teoria é outra, mas isso agora não vem ao caso.

No ano passado, o governo cogitou de abandonar o horário de verão — amado por muitos e odiado por outros tantos — que, aliás, só é adotado nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal. Mas acabou voltando atrás, não me lembro bem sob qual justificativa.

Além da trabalheira de acertar os relógios, a mudança de horário pode causar insônia seguida de dificuldade para acordar, pelo menos até que nosso organismo se habitue. Segundo os especialistas, convém evitar a pratica de esportes competitivos e exaustivos à noite, bem como reduzir o volume de comida no jantar, fugir de bebidas como café e chá preto e de banhos quentes ou frios demais. Quem toma insulina deve retardar a aplicação em uma hora, já que o corpo está acostumado com a dose e “alterar os ponteiros do relógio biológico” é um pouco mais complicado.

Interessa dizer que o período de vigência previsto no retro citado nem sempre é respeitado. Em anos eleitorais, por exemplo, a data de início do troço é alterada, de maneira a não coincidir com o domingo em que os brasileiros devem exercer seu “direito de voto”. Neste ano, no entanto, a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) foi um complicador a mais, e o governo cogitou adiar o início do horário de verão em duas semanas, MAS VOLTOU ATRÁS, e ele vai mesmo começar a valer a partir da zero hora do dia 4 de novembro.

Por essas e outras, muita gente foi despertada uma hora mais cedo na segunda-feira passada, já que o relógio de seus smartphones — não de todas as marcas e modelos, mas de iPhones e alguns aparelhos da Asus vinculados à operadora TIM — foram adiantados automaticamente na data “correta”. Assim, quem não se deu conta do fato no dia 14 e tinha o alarme do celular programado para despertá-lo na segunda-feira 15 acabou dormindo uma hora a menos. A TIM reconheceu que “alguns modelos de smartphones tiveram realmente o relógio adiantado indevidamente por uma ocorrência do sistema, garantiu que as ações corretivas já haviam sido tomadas, lamentou o ocorrido e se desculpou pelo inconveniente.

O imbróglio se repetiu ontem em celulares Android com chips da Claro, Vivo, OiTIM, que foram agraciados com o ajuste do horário feito fora de hora pelas operadoras (donos de iPhone também relataram o problema, mas em menor número). Isso porque uma programação do sistema faz com que, anualmente, a maioria dos smartphones e computadores tenham os relógios ajustados ao horário de verão sem que o usuário precise adiantá-los ou atrasá-los manualmente em uma hora. Só que neste ano, como dito linhas atrás, a mudança deverá ser feita à zero hora do próximo dia 4. 

Se seu iPhone foi vítima dessa “falha de sistema”, toque em Ajustes > Geral > Data e Hora e, em Fuso Horário, desabilite a opção Automaticamente. No Android, toque no ícone da engrenagem para acessar o menu de Configurações, role a tela até a seção Sistema e desative a atualização automática de Fuso Horário. Dependendo do modelo do seu aparelho ou da versão do seu Android, pode ser necessário ajustar o fuso manualmente.

Resumo da ópera: Em dezembro de 2017, Temer assinou decreto que encurtou o período de duração do horário de verão, que em geral começava no mês de outubro. Na oportunidade, o presidente atendeu a pedido do TSE, para que o início do horário de verão não coincidisse com a data das eleições deste ano. Vale ressaltar, porém, que o término do horário de verão foi mantido, de deverá ocorrer no terceiro domingo de fevereiro do ano que vem (dia 17).

Para saber a hora certa (horário de Brasília) e obter mais informações sobre o horário de verão, clique aqui.

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domingo, 21 de outubro de 2018

A UMA SEMANA DO 2º TURNO, PT ARMA CIRCO MARAMBAIA NA JUSTIÇA ELEITORAL




SE VOCÊ AINDA NÃO PERCEBEU QUEM OS POLÍTICOS, MINISTROS DE TRIBUNAIS, GÊNIOS DOS PARTIDOS ETC. ESCOLHERAM PARA FAZER O PAPEL DE PALHAÇO NESSE PICADEIRO, OLHE-SE NO ESPELHO.

Mesmo ciente da inelegibilidade chapada de Lula, o PT levou sua candidatura adiante o quanto pode, de olho na “transferência de votos” para o (sempre negado) “plano B” — que acabou sendo Haddad devido à recusa do brioso Jaques Wagner em se prestar ao papel de fantoche). Agora, às vésperas do segundo turno, quando tudo indica que sua derrota será acachapante, a seita do inferno, rápida como um raio, se articula para melar a eleição e ganhar “no tapetão”, deslegitimando a eventual vitória de Bolsonaro mediante a acusação de que sua candidatura está sendo impulsionada nas redes sociais por organizações que atuam no “subterrâneo da internet”. Ou, nas palavras da ainda senadora Gleisi Hoffmann

Eu acuso o senhor [Bolsonaro] de patrocinar fraude nas eleições brasileiras. O senhor é responsável por fraudar esse processo eleitoral manipulando e produzindo mentiras veiculadas no submundo da internet através de esquemas de WhatsApp pagos de fora deste país. O senhor está recebendo recursos ilegais, patrocínio estrangeiro ilegal, e terá que responder por isso. (…) Quer ser presidente do Brasil através desse tipo de prática, senhor deputado Jair Bolsonaro?

Como salientou o Estadão em editorial, “se vem do PT, não pode ser casual”.

À narrativa da fraude eleitoral junta-se o esforço para que o partido se apresente ao eleitorado — e, mais do que isso, à História — como o único que defendeu a democracia e resistiu à escalada autoritária supostamente representada pela possível eleição de Bolsonaro. Esse “plano B” foi lançado quando ficou claro que a patranha lulopetista da tal “frente democrática” não enganou ninguém.

A própria ideia de formação de uma “frente democrática” é, em si, uma farsa lulopetista, destinada a dar ao partido a imagem de vanguarda da luta pela liberdade contra a “ditadura” de Bolsonaro. Tudo isso para tentar fazer os eleitores esquecerem que o PT foi o principal responsável pela brutal crise política, econômica e moral que o País ora atravessa — e da qual, nunca é demais dizer, a candidatura Bolsonaro é um dos frutos. Como os eleitores não esqueceram, conforme atesta o profundo antipetismo por trás do apoio a Bolsonaro, o partido deflagrou as denúncias de fraude contra o adversário. Aliás, o pau-mandado de Lula chegou até mesmo a mencionar a hipótese de “impugnação” da chapa de Bolsonaro por, segundo ele, promover “essa campanha de difamação tentando fraudar a eleição”.

Observação: Como é que uma frente política pode ser democrática tendo à testa o PT, partido que pretendia eternizar-se no poder por meio da corrupção e da demagogia? Como é que os petistas imaginavam ser possível atrair apoio de outros partidos uma vez que o PT jamais aceitou alianças nas quais Lula não ditasse os termos, submetendo os parceiros às pretensões hegemônicas do demiurgo que hoje cumpre pena em Curitiba por corrupção?

O PT tenta mais uma vez manter o País refém de suas manobras ao lançar dúvidas sobre o processo eleitoral, como fez ao testar os limites legais e a paciência do eleitorado sustentando a candidatura do criminoso de Garanhuns — e bom lembrar que, até bem pouco tempo atrás, o partido denunciava, inclusive no exterior, que “eleição sem Lula é fraude”. Tudo isso reafirma a natureza profundamente autoritária de um partido que não admite oposição, pois se julga dono da verdade e exclusivo intérprete das demandas populares. O clima eleitoral já não é dos melhores, e o partido ainda quer aprofundar essa atmosfera de rancor e medo ao lançar dúvidas sobre a lisura do pleito e da possível vitória de seu oponente. Mas nada disso surpreende, considerando que essa corja sempre se fortaleceu na discórdia, sem jamais reconhecer a legitimidade dos oponentes — prepotência que se manifesta agora na presunção de que milhões de eleitores incautos só votaram em Bolsonaro porque “foram manipulados fraudulentamente pelo subterrâneo da internet”.

Como vivemos no país do faz de conta, parece que essa palhaçada — a exemplo da candidatura do presidiário, a seu tempo — ainda vai dar pano pra manga. A ação movida pela coligação do PT, baseada em uma reportagem da Folha, foi distribuída e terá como relator o ministro Jorge Mussi, corregedor-geral eleitoral. Paralelamente, O PDT de Ciro Gomes ingressou com um pedido para anular o primeiro turno do das eleições (ele foi encaminhado ao corregedor-geral do TSE e tem o mesmo fundamento inicial da ação movida pelos petistas).

Tudo somado e subtraído, a ideia que fica é de que isso é coisa de mau perdedor. Resta saber como a Justiça Eleitoral se pronunciará a respeito. O pedido de cassação da chapa Dilma-Temer, apresentado pelos tucanos quando a anta vermelha derrotou o mineirinho safado por um punhado de votos, demorou mais de 3 anos para ser julgado, e o resultado foi o Circo Marimbondo montado pelo então presidente da Corte Eleitoral, ministro Gilmar Mendes. Aliás, se você não percebeu quem os políticos, ministros de tribunais, gênios dos partidos etc. escolheram para fazer o papel de palhaço nesse picadeiro, olhe-se no espelho.



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sábado, 20 de outubro de 2018

FALTAM 8 DIAS PARA AS ELEIÇÕES NO PAÍS DO CABEÇA PARA BAIXO




Era uma vez, numa terra muito distante, o País do Cabeça Para Baixo. Lá, tudo é ao contrário. A água, ao invés de descer, sobe pelas cachoeiras. As árvores crescem de ponta cabeça, com as raízes para cima e as copas enterradas no chão. Os carros andam de ré. A chuva brota do chão e cai para cima. As conversas começam com “adeus” e terminam em “oi”. Nesse país, tudo é o oposto do que a gente imagina. O que é feio é bonito e o que é bonito é feio. O que é velho é novo e o que é novo é velho.

Quando você mora no País do Cabeça Para Baixo, compreende que a vida pode ser muito mais fácil. Por exemplo, as leis são feitas para ser ignoradas; então você pode fazer o que bem entender. As regras existem para ser burladas, e sempre tem um jeitinho ou alguém que, por um trocado, resolve seu problema.

Quem mora no País do Cabeça Para Baixo aprende desde criança que estudar não é importante, porque não tem escola pra todo mundo. Nem esgoto, nem hospitais, nem segurança. Mas tudo bem, porque no País do Cabeça Para Baixo fartura é faltar.

No País do Cabeça Para Baixo, pensar no coletivo é investir no ego. Roubar não é grave. Principalmente se for político. Se alguém disser alguma coisa, eles respondem que tudo é feito pelo bem do povo. E o povo acredita.

No País do Cabeça Para Baixo, as pessoas acreditam em tudo. Em promessas, em boatos e até em mentiras deslavadas. E as verdades, aquelas óbvias e inquestionáveis, todos acham que são mentiras. Como é tudo ao contrário do que a gente imagina, quanto mais o tempo passa, menos se aprende sobre a vida, sobre as pessoas e sobre o mundo.

Este ano estão acontecendo eleições no País do Cabeça Para Baixo. Eleições são um período onde o País do Cabeça Para Baixo fica especialmente diferente de tudo que já se viu. Só o Carnaval é mais estranho que isso, com todo mundo andando pelado pelas ruas. As eleições, contando ninguém acredita.

Os dois candidatos que disputam a presidência, por exemplo, são os que mostram bem como pensa quem vive no País do Cabeça Para Baixo. O primeiro candidato nem é um candidato de verdade — está mais para um porta-voz, um candidato de mentira. É que, como o candidato para valer está preso, esse outro ocupa seu lugar.

Isso mesmo que você ouviu: preso. O tal candidato de verdade foi preso por corrupção, mas, mesmo preso, continua mandando e desmandando no que o candidato de mentira pode falar. Assim, antes de se pronunciar, o candidato de mentira tem de passar na cadeia para saber o que pode e o que não pode dizer. Porque, no País do Cabeça Para Baixo, preso é solto e solto é preso.

Você pode achar estranho, mas é só porque não vive nesse país. Muito mais estranho é que, quando a bola entra no gol, é escanteio. Quando vai fora, é gol. Vai entender.

E tem o outro candidato. Um sujeito que diz que é “a favor da tortura”, que “tem de fechar o Congresso”, que abertamente se posiciona contra gays, índios, negros, e por aí vai. Um monte de gente vibra com isso, porque no País do Cabeça Para Baixo o que é bom é ruim e o que é ruim é bom.

Um dos dois candidatos vai ganhar, e a vida vai seguir seu curso. Porque o correto, no País do Cabeça Para Baixo, é não ligar para nada. 

Em alguns meses, ninguém lembra nem em quem votou, porque no País do Cabeça Para Baixo quem sofre de amnésia é que lembra de tudo.

E olha, até hoje sempre deu certo. Que para nós, na verdade, é errado.

Texto de Mentor Neto.

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sexta-feira, 19 de outubro de 2018

ELEIÇÕES — FALTANDO 9 DIAS PARA O SEGUNDO TURNO...




Antes de qualquer outra coisa, cumpre esclarecer que a charge que ilustra esta postagem nada tem a ver com o texto, mas eu simplesmente não resisti. Dito isso, vamos em frente.

Um amigo meu diz que está com a “síndrome do macaco” (vide imagem autoexplicativa no final desta postagem). Vai ver esse troço é contagioso, pois também pra mim está ficando cada vez mais difícil aturar as baixarias dessa campanha eleitoral, assistir aos debates e não perder a paciência diante da avalanche de fake news espalhadas pelos adeptos de ambos os postulantes e replicadas pelos sem-noção de plantão. Mas mais difícil ainda é escrever sobre política num momento como esse. E não por falta de assunto.

Torno a insistir que não concordo com tudo que Bolsonaro diz, mas sou totalmente avesso à volta do PT ao poder, sobretudo quando isso significaria ter no Planalto um fantoche que não é capaz de dar um arroto sem pedir autorização a um criminoso condenado e encarcerado por ter rapinado o Erário a pretexto de levar adiante seu espúrio projeto de poder. Em suma, é exatamente isso que uma eventual vitória de Haddad representaria, digam o que disserem os 30% do eleitorado que apoiam esse total desatino. Mas não adianta chorar sobre o leite derramado. A dicotomia começou por culpa vocês sabem de quem, com aquela história do nós contra eles, cresceu em progressão geométrica e contaminou inexoravelmente a sociedade como um todo e todas as esferas do poder — haja vista a cizânia que se instalou entre os membros da nossa mais alta Corte de Justiça. Daí não ter sido exatamente surpreendente o resultado do primeiro turno das eleições presidenciais, no qual candidatos “mais de centro” e muito mais preparados foram preteridos pelo eleitorado. Agora é tarde, Inês é morta, e o que temos de aturar até o dia 28 é a campanha do “votem em mim não por mim mesmo, mas contra meu adversário”.

Ao PT, mergulhado até os beiços em esquemas de corrupção, resta apontar os defeitos do deputado-capitão, já que as próprias qualidades do partido caíram em descrédito — aliás, guardadas as devidas proporções, em idêntica situação se viram os advogados do ex-presidente petralha, que, sem elementos para refutar as acusações, passaram a atacar o Judiciário, mas isso é outra conversa. Sem demonstrar qualquer arrependimento de seus atos espúrios — e olha que não foram poucos —, os petistas ficaram sem o suporte de um aliado certo — o PDT de Ciro Gomes — e não conseguiram o esperado apoio de Fernando Henrique (aliás, só mesmo se o grão-tucano tivesse sangue de barata, depois de 15 anos sendo duramente criticado e responsabilizado por uma falaciosa “herança maldita” que jamais existiu fora do imaginário dar corja vermelha).

No outro canto do ringue, Bolsonaro, com uma imodéstia, digamos, desbragada, diz que já está “com uma mão na faixa”. Convém não contar com o ovo na cloaca da galinha nem cantar vitória antes da hora, mas o fato é que, a julgar pelas pesquisas e, principalmente, pelo resultado do primeiro turno (e aí não há que se falar em margem de erro, embora estejamos no Brasil, e no Brasil nem o passado é previsível), tudo indica que o prato da balança penderá para o lado do Capitão Caverna.

Observação: Para qualquer náufrago, jacaré é tronco: enquanto o fantoche do presidiário de Curitiba fez o diabo para disseminar nas redes sociais as imagens de um menino apontando e atirando contra o pai — como forma de pregar o direito à vida e exaltar o risco da morte se a política do adversário for para valer —, Bolsonaro não precisou fazer o menor esforço para impulsionar o vídeo em que Cid Gomes chama a atenção para “os babacas” do PT (se você ainda não viu, clique aqui para acessar o post onde eu o incluí; são pouco mais de 4 minutos, mas que valem cada segundo).

Para encerrar esta postagem (afinal, a “síndrome do macaco” é inclemente), transcrevo mais um texto magistral do jornalista J.R. Guzzo, cuja leitura recomendo enfaticamente:

As últimas pesquisas de “intenção de votos” que estão circulando na praça dizem, em números redondos, que Jair Bolsonaro está com cerca de 60% das preferências do eleitorado, contra 40% de Fernando Haddad. Mas esperem um momento: deve haver alguma coisa errada aí. Até às vésperas da votação do primeiro turno, todas as pesquisas (e a mídia insistia muito nesse ponto: todas as pesquisas) garantiam que Bolsonaro perderia de qualquer dos outros candidatos no segundo turno. Repetindo: de qualquer candidato

Nove em cada dez análises se fixavam na importância terminal desta informação vinda da ciência estatística. Podia se contar com diversos cenários, mas uma coisa pelo menos estava certa, acima de toda e qualquer dúvida: o candidato da direita iria perder a eleição no segundo turno, seja lá o adversário que sobrasse para a disputa com ele. Até o Meirelles? Aparentemente, não chegaram a medir a coisa nesses detalhes, mas as manchetes diziam que Bolsonaro perderia de todos os candidatos no segundo turno, e como Meirelles (ou o cabo Daciolo, ou o Boulos, ou o Amoedo, ou o Álvaro Dias etc.) eram candidatos, sempre dá para dizer, tecnicamente, que até essas nulidades ganhariam dele. Não aconteceu nada de extraordinário de lá para cá. Porque, então, as pesquisas preveem agora exatamente o oposto do que previam cinco minutos atrás?

Os institutos de pesquisa fariam uma especial gentileza ao público se explicassem, em umas poucas palavras compreensíveis, por que seus números devem ser levados a sério no segundo turno, se mostram agora o contrário do que mostravam no primeiro. Não conseguindo fazer isso, talvez ficasse mais simples dizer o seguinte às pessoas: “Esqueçam o que a gente deu no primeiro turno. Era tudo chute”. Chute ou torcida, tanto faz, porque uma coisa é tão ruim quanto a outra e, no fim das contas, nenhuma das duas será cobrada. Como sempre acontece, se Bolsonaro ganhar mesmo as eleições, os autores das pesquisas dirão que ficou provado o quanto eles acertaram — pois o resultado que costuma sobrar na memória é o último. 

Daqui a pouco, contando com esquecimento geral por parte do público, estarão propondo novas profecias para quem estiver interessado. E em 2022, ou já em 2021, prepare-se para ler que Lula está na frente de todo mundo com 50%, que Marina está subindo e Ciro Gomes começa a crescer. Bolsonaro, se for eleito agora e se candidatar à reeleição, estará com 0%. Na reta final os números serão ajustados de novo (“ocorreram mudanças no processo decisório”) e tudo continuará como sempre foi.

As pesquisas eleitorais de 2018 deixaram claro, mais que em qualquer eleição anterior, o quanto elas são incapazes de medir aquilo que está realmente na cabeça do eleitor. Foi um desastre. Dilma Rousseff foi garantida como a senadora mais votada do Brasil e ficou num quarto lugar em Minas Gerais. O senador de São Paulo Eduardo Suplicy, outro “eleito” pelas pesquisas, foi exterminado após 27 anos de Senado. Houve erros grotescos nas pesquisas para governador de Minas e Rio de Janeiro — os que acabaram colocados em primeiro lugar tinham 1% dos votos, ou nada muito diferente disso, até poucos dias antes da eleição. Geraldo Alckmin ficou com menos de 5% dos votos. Marina Silva ficou com 1%. No Nordeste, que foi citado durante seis meses seguidos como o grande celeiro de onde Lula poderia operar a sua “volta”, o PT teve 10 milhões de votos a menos que em 2014. Das sete capitais da região, perdeu em cinco.

Erros deste tamanho, por mais que os institutos neguem, são sintoma de alguma coisa profundamente errada no sistema todo. Como escrito acima, tudo isso tende a cair rapidamente no esquecimento, sobretudo porque não há paciência para ficar discutindo um assunto que não interessa mais até a próxima eleição. Mas o problema não vai sumir só porque não se falará mais nele.

As pesquisas, com certeza, não conseguiram captar as correntes que se movimentam no oceano da internet e do mundo digital como um todo. Não entenderam nada sobre o peso que as redes sociais tiveram no processo eleitoral. Seus questionários podem não estar fazendo as perguntas certas, na maneira certa, na hora e no lugar certos. Na disputa nacional, o papel da propaganda obrigatória na televisão, tido como algo sagrado, mostrou que está valendo zero — e as pesquisas não estavam preparadas para isso, nem para o efeito nulo dos “debates” entre candidatos na TV, das opiniões dos comentaristas políticos e da orientação geral da mídia.

Está surgindo um mundo novo por aí. Não será fácil para ninguém começar a entender como ele vai funcionar. Uma boa razão, portanto, para começar já o esforço.

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VAZAMENTO DE DADOS DE 500 MIL USUÁRIOS DO GOOGLE PLUS


A DEMOCRACIA É O PIOR REGIME DE GOVERNO DEPOIS DE TODOS OS OUTROS.

Depois de mais um vazamento de dados no Facebook (objeto desta postagem), uma falha de software na rede Google Plus — ocorrida em março, mas que só foi divulgada recentemente pelo The Wall Street Journal comprometeu informações de mais de 500 mil contas de usuários.

Em comunicado, a empresa admitiu que a falha de segurança realmente aconteceu e foi corrigida em março de 2018. Só não divulgou publicamente a vulnerabilidade porque não conseguiu identificar com precisão os usuários afetados e nem encontrou evidências de uso indevido dos dados pelos 438 apps que tiveram acesso às informações — portanto, “não haveria nenhuma ação que um usuário ou desenvolvedor pudesse tomar em resposta ao incidente”.

Combinado com o baixo uso da plataforma (segundo o Google, 90% das sessão iniciadas duram menos de 5 segundos), esse problema deve resultar no enceramento do G+.

Os usuários poderão continuar utilizando a rede social até agosto do ano que vem, quando a desativação será concluída. 

Resta saber o destino da versão corporativa — segundo o Google, a ideia é mantê-la ativa e operante.

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quinta-feira, 18 de outubro de 2018

FALTAM 10 DIAS PARA O SEGUNDO TURNO — QUEM CONVERSA COM POSTE É BÊBADO!


Depois do resultado do primeiro turno, o criminoso de Curitiba concitou seu esbirro a ser “mais Haddad”. A estratégia é descolar sua imagem puída da do poste e se eximir da culpa por uma eventual derrota, para a qual terão contribuído a demora e a relutância na definição do “plano B” do PT.

Lula, que de bobo não tem nada, não esqueceu o fiasco do PT nas eleições municipais de 2016, quando seu poste perdeu a prefeitura de São Paulo para Doria no primeiro turno, mesmo tendo a tiracolo o sumo pontífice da seita do inferno. Mesmo assim, ele atribui sua crescente impopularidade no estado à derrota humilhante de Haddad, quando na verdade dá-se o inverso: a impopularidade do demiurgo é que foi determinante para a derrota de seu protegido — embora este tenha contribuído com uma péssima gestão — muitos paulistanos consideram-no o pior prefeito de todos os temos, embora Celso Pitta, Luiza Erundina, Marta Suplicy e Gilberto Kassab sejam concorrentes de peso ao título.

Observação: Do alto de sua megalomania, o deus pai da Petelândia não se vê como um criminoso condenado e réu em mais meia dúzia de processos. De tanto repetir a narrativa de que é um preso político, um perseguido, uma espécie de mártir, ele parece acreditar nas próprias mentiras.

Falando no poste, um bate-boca entre o dito-cujo e o capitão caverna viralizou nas redes sociais. Tudo começou quando o candidato do PSL tuitou uma mensagem chamando o petista de “fantoche de corrupto” — referindo-se a um comentário do adversário sobre os erros cometidos nos os governos de Lula e Dilma (no tuíte, o deputado disse que narrativa do petista não passava de uma “conversa para boi dormir”).

Essa história de o fantoche de corrupto admitir erros do seu partido é pra boi dormir. A corrupção nos governos Lula/Dilma não era caso isolado, era regra para governar. Por isso estão presos presidente, tesoureiros, ministros, marqueteiros, etc., além de tantos outros investigados”, disse Bolsonaro em sua postagem. E Haddad respondeu: “Tuitar e fazer live é fácil, deputado. Vamos debater frente a frente, com educação, em uma enfermaria se precisar. O povo quer ver você aparecer na entrevista de emprego”.

Bolsonaro tem dito que, mesmo se for liberado pelos médicos para participar dos debates televisivos, só confirmará presença se achar que deve. Em outra publicação, ele chamou o petista de “Andrade”, disse que “quem conversa com poste é bêbado” e insinuou que Haddad pode ser o próximo a cumprir pena na sede da Polícia Federal.

Como se vê, o nível da campanha é "o melhor possível". Mas esses bate-bocas até que são interessantes. Já que o troço virou circo, vamos às palhaçadas.

Piada do dia:


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