O ÓTIMO É INIMIGO DO BOM.
Melhor e pior são conceitos relativos — o que é bom para mim pode não ser para você, e vice-versa —, mas pode-se dizer que o melhor produto é aquele que melhor satisfaz nossas expectativas por um preço que podemos pagar.
Em números redondos, o Android controla 70% dos smartphones e tablets, e o iOS, que só roda no hardware da Apple, cerca de 30%. KaiOS, HarmonyOS, LineageOS, GrapheneOS e outros sistemas baseados no Linux também disputam um lugar ao sol, mas sua participação é inexpressiva.
A Apple é reconhecida pela excelência de seus produtos, mas a arquitetura fechada, o software proprietário e o preço estratosférico os tornam um sonho de consumo que poucos conseguem realizar. Já o código aberto do Android amplia as possibilidades de customização, mas seus mais de 3 bilhões de usuários fazem dele o alvo preferido dos cibercriminosos.
CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA
Depois que a Primeira Turma do STF rejeitou os embargos de declaração, os advogados de Bolsonaro analisam a conveniência de apresentar embargos infringentes.
Isso porque a jurisprudência da Corte é no sentido de que esse tipo de recurso contra a decisão de uma turma só é recebido quando e se há pelo menos dois juízos absolutórios em sentido próprio, ou seja, pela absolvição no mérito do processo, não em questões preliminares, e isso não se verifica no caso do ex-presidente.
Outra opção da defesa seria protocolar novos embargos de declaração como tentativa de atrasar a conclusão do processo e procrastinar o início do cumprimento da pena. Luiz Fux, de quem Bolsonaro esperava um voto favorável, pediu transferência para a Segunda Turma e não pediu para participar do julgamento dos embargos. Vale ressaltar que o julgamento só terminará oficialmente na próxima sexta-feira, 14, de maneira que, pelo menos em tese, os ministros ainda podem mudar seus votos.
Há incerteza sobre o momento exato da prisão de Bolsonaro. A jurisprudência do Supremo segue o princípio da unirrecorribilidade, segundo o qual as partes de um processo só podem apresentar um recurso contra decisão judicial, mas a Corte vem aplicando desde o Mensalão o entendimento de que o processo só encerrado após a rejeição do segundo recurso apresentado pela defesa. Nesse caso, o refugo da escória da humanidade só começaria a cumprir a pena depois da negativa do segundo embargo de declaração — que seria levado a julgamento somente em janeiro.
Pelo andar da carruagem, Moraes pode decretar o fim do processo e o início do cumprimento da pena ainda em novembro.
Escolher um iPhone ou um smartphone Android é uma questão de preferência pessoal (e de bolso). Quem migra de um iPhone antigo para um novo se adapta mais facilmente do que quem troca um dispositivo da Motorola por um da Samsung, por exemplo. Por outro lado, se o código proprietário do iOS torna as configurações gerais mais homogêneas e intuitivas, o código aberto do Android permite que os fabricantes (e, em menor medida, os próprios usuários) promovam alterações na interface, nos aplicativos pré-instalados e por aí afora. No entanto, isso não significa que um sistema seja melhor que o outro; cada qual tem suas qualidades, defeitos, vantagens e desvantagens.
Encontrar aparelhos Android com desempenho superior ao dos modelos da Apple pode parecer uma tarefa desafiadora, sobretudo por causa dos processadores de alto desempenho da marca da maçã e do "casamento" entre hardware e software. Mas tanto a coreana Samsung quanto a americana Motorola — que lideram o mercado brasileiro com 36% e 20% de participação, respectivamente — e as chinesas Xiaomi e Realme têm investido pesado em tecnologia e oferecem smartphones com desempenho equivalente (ou até superior) ao dos iPhones.
Quando a tecnologia celular desembarcou no Brasil — nos idos anos 1980 —, os aparelhos custavam caríssimo, a habilitação era demorada e problemática, a cobertura era restrita às capitais e algumas grandes metrópoles, a escassez de células (antenas) prejudicava o alcance e a intensidade do sinal, o minuto de ligação custava os olhos da cara, e até as chamadas recebidas eram cobradas. Isso mudou com a privatização das Teles, no segundo mandato do presidente Fernando Henrique. Mais adiante, o lançamento do iPhone (2007) forçou a concorrência a promover seus dumbphones a smartphones — que se tornaram verdadeiros microcomputadores de bolso.
Meu primeiro celular foi um Motorola D160, comprado em 1999. Depois dele, tive aparelhos da Ericsson, da Nokia e da Sony, mas os dumbphones de que mais gostei foram os Motorola Razr V3 e Krzr K1. Já na era dos smartphones, alternei entre modelos da Samsung e da Motorola. Quando meu Galaxy M23 "estacionou" no Android 14, comprei um Moto G75, que vem me prestando bons serviços desde então.
Já vimos o que devemos considerar na hora de escolher um celular, mas nunca é demais lembrar que os fabricantes costumam enfatizar alguns recursos que chamam a atenção, mas que, na prática, não justificam pagar mais caro por um modelo os ofereça. O melhor a fazer é priorizar o processador (modelos recentes costumam ser mais eficientes que verões mais antigas mais "parrudas"), investir em memoria e armazenamento (sugiro 8 GB e 256 GB, respectivamente) e assegurar-se de que a capacidade da bateria seja de 4.500 mAh ou superior, que o componente suporte carregamento rápido e que o carregador adequado acompanhe o aparelho.
As especificações da tela (resolução, taxa de atualização, etc.) são importantes, mas não fazem muita diferença no uso diário — ao menos para a maioria dos "usuários comuns". Em contrapartida, a classificação IP68 faz toda a diferença quando o aparelho cai no vaso sanitário, por exemplo. E não deixe de conferir a versão do Android que vem pré-instalando, quantas atualizações do sistema estão previstas e por quantos anos o dispositivo continuará recebendo patches de segurança.
Voltando ao que eu dizia sobre smartphones Android que rivalizam com os icônicos iPhones, o problema não é encontra-los, mas o preço cobrado por eles. Na pesquisa que fiz em julho para embasar este post, o Redmagic 10 Pro partia de R$ 5.111, e o Galaxy S25 Ultra, o Realme GT7 Pro, o Poco F7 Ultra e o Xiaomi 15 Ultra, de R$ 7.198, R$ 7.260, R$ 7.999 e R$ 9.993, respectivamente — lembrando que o tarifaço de Trump não havia entrado em vigor.
Celulares da Motorola saem de fábrica com diversas funções que melhoram o desempenho e personalizam o aparelho, mas que são subtilizadas por simples desconhecimento. Tornar o dispositivo multitarefa ativando a divisão da tela com um simples toque, bloquear notificações e evitar outras distrações são bons exemplos. E ainda que que fotografar e gravar vídeos não sejam prioridades para você, habilitar o smartphone para tirar fotos automaticamente ou fazer uma captura de tela por gestos pode ser interessante. O mesmo vale para o Smart Connect, que facilita o compartilhamento de arquivos entre aparelhos, o acesso a aplicativos móveis em PCs e o gerenciamento de notificações — tudo de forma prática, eficiente e segura.
Para não encompridar ainda mais este post, os detalhes ficarão para os próximos capítulos.




