Programas capazes de se auto-replicar surgiram (experimentalmente) na década de 50, mas só vieram a ser conhecidos como “vírus” cerca de 30 anos depois, quando os primeiros códigos maliciosos escritos para o Apple 2 começaram a se disseminar através de disquetes com cópias piratas de joguinhos. A partir de então, a coisa não parou de crescer: na virada do século, já havia mais de 50 mil malwares conhecidos; hoje, dependendo da metodologia utilizada para catalogar suas diversas famílias e respectivas variações, o número já ultrapassa a casa do milhão!
Além dos vírus, worms e assemelhados (que continuam se auto-replicando e causando estragos em sistemas desprotegidos), uma vasta gama de programinhas espiões (spywares) espreita os internautas em cada “esquina” da Web, prontos para monitorar seus hábitos de navegação e permitir que vigaristas de plantão roubem identidades, senhas bancárias e números de cartões de crédito. E mesmo “entupindo” o PC com soluções de última geração, sempre existe o risco de algum deles furar as barreiras e se manter oculto, esperando para atacar no momento em que a vítima realiza uma compra virtual ou uma transação bancária pela Rede.
Convém ter em mente que as soluções antivírus e antispyware convencionais (que trabalham com “assinaturas”) só funcionam adequadamente quando atualizadas, e sempre leva algum tempo até que o fabricante identifique as novas pragas e disponibilize as respectivas “vacinas”. Então, caso você esteja sendo bombardeado com janelinhas pop-ups – mesmo quando não estiver navegando – ou se seu browser passar a exibir anúncios com conteúdo pornográfico, por exemplo, a prudência recomenda fazer uma varredura com algum serviço online como o da Kaspersky (www.kaspersky.com.br/virusscanner/).
Alternativamente (ou adicionalmente), abra o Gerenciador de Tarefas do Windows, clique na aba Processos e, munido de muita paciência, pesquise os nomes desconhecidos no Google ou em www.answersthatwork.com/Tasklist_pages/tasklist.htm, www.pacs-portal.co.uk/startup_content.php, www.liutilities.com/products/wintaskspro/processlibrary/ e http://fileadvisor.bit9.com/services/search.aspx.
Observação: Matar processos ou serviços essenciais pode tornar o sistema instável ou inoperante, e como a lista é exibida com base nos executáveis, nem sempre é fácil saber a que eles se referem ou se realmente deveriam estar ali. Para facilitar, você pode instalar programinhas como o ProcessExplorer (http://technet.microsoft.com/pt-br/sysinternals/default(en-us).aspx) ou o YAPM (http://sourceforge.net/projects/yaprocmon/), que são uma mão na roda na hora de conferir se aqueles nomes estranhos remetem a coisas legítimas ou maliciosas (vírus, trojans, spywares, etc.).
Boa sorte e uma ótima semana a todos.