quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Upgrade de CPU (conclusão)

Conforme dissemos na postagem anterior, o upgrade de processador só é uma opção viável quando “o molho não sai mais caro que o peixe”. Primeiramente, da mesma forma que em relação às memórias, você terá de identificar a marca e modelo da sua placa-mãe e as opções de processadores que ela suporta (não espere compatibilidade com nada de última geração), lembrando que só poderá trocar o dispositivo por outro que use o mesmo tipo de soquete, ou então terá de trocar também a placa-mãe e outros componentes (como as memórias), mas isso já foge a esta nossa abordagem.
Identificado o processador compatível que lhe agradar, pesquise preços e coloque tudo na ponta do lápis: além do chip – e do cooler, já que o mercado informal geralmente não comercializa versões “boxed” –, adicione o custo da mão de obra do técnico (a menos que você se sinta capacitado a fazer o serviço por conta própria). Se ainda assim compensar, leia as dicas a seguir, mas siga as instruções do fabricante para a instalação da peça (a diversidade de modelos inviabiliza a apresentação de um tutorial detalhado que cubra cada caso).

1.       Para prevenir dores de cabeça, adquira as peças em lojas idôneas e exija nota fiscal. Evite comprar componentes de revendedores desconhecidos (por telefone ou pela internet) e resista à tentação de realizar o upgrade assim que chegar da loja com o processador novo. Deixe para fazê-lo quando dispuser de tempo e não tiver qualquer tarefa pendente que exija o uso do computador.
2.      Antes de substituir o processador, talvez convenha fazer um upgrade de BIOS (pesquise o Blog para saber mais sobre esse assunto), de modo a garantir que o novo seja reconhecido e funcione adequadamente. Claro que nada o impede de fazer isso posteriormente, no caso de a nova CPU não funcionar, mas aí o trabalho será dobrado.
3.      Leia atentamente – e siga religiosamente – as instruções do fabricante para a instalação do chip, até porque produtos de marcas e modelos distintos podem requerer procedimentos diferentes. Escolha um local tranqüilo para trabalhar — livre de crianças, animais de estimação, curiosos e palpiteiros (muito faz quem não atrapalha), remova qualquer coisa estranha à montagem (cinzeiros, copos e xícaras de café, por exemplo) e mantenha os componentes e as ferramentas numa posição de fácil acesso, mas que não ofereça risco de quedas. Tome especial cuidado com parafusos e outros objetos de dimensões reduzidas, que parecem ter vocação para cair e desaparecer (pior ainda se dentro do gabinete).
4.      Depois de desligar o cabo de energia, desconectar o teclado, o mouse, a impressora, as caixas de som e os demais periféricos, deite o gabinete sobre a mesa, retire os parafusos de fixação e remova a tampa lateral. Para retirar a CPU original, geralmente basta percorrer o caminho inverso sugerido pelo fabricante para a instalação da nova.

A partir dos PC 486, o exaustor da fonte de alimentação deixou de ser suficiente para garantir a refrigeração do gabinete, e os processadores passaram a integrar coolers combinados com pequenas ventoinhas. Atualmente, tanto a AMD quanto a Intel oferecem dissipadores térmicos homologados e devidamente projetados para seus produtos, mas você pode encontrar modelos compatíveis mais eficientes e mais silenciosos – capazes, inclusive, de aumentar ou diminuir a rotação das hélices de acordo com a necessidade.

5.      Uma camada lisa e uniforme de pasta térmica deve ser aplicada entre o dissipador e o processador. Alguns coolers trazem fitas térmicas (elastômero) que geralmente não proporcionam bons resultados, sendo recomendável substituí-las por pasta de boa qualidade. E se você for reaproveitar o cooler original (só o faça se tiver certeza que ele dará conta do recado), limpe a pasta antiga com um cotonete embebido em álcool isopropílico e aplique uma camada nova (sem exageros) em ambos os componentes. Feito isso, siga as instruções do fabricante para fixar o cooler sobre o processador e religue o conector de energia da ventoinha.

Os chips são encaixados nos soquetes através de “perninhas” (pinos) sensíveis a descargas eletrostáticas e que podem ser facilmente entortadas ou quebradas durante o manuseio ou por ocasião da instalação. Se a peça não encaixar perfeitamente, não force; assegure-se de que os pinos estejam alinhados com o soquete, que a alavanca (ou outro mecanismo de trave) esteja totalmente levantada, e só então tente novamente. Caso um pino esteja torto, use um cartão de crédito para empurrá-lo de volta à posição original sem danificar os demais.

6.      Concluído o trabalho, assegure-se de que nenhum corpo estranho ficou perdido entre os componentes da placa, feche o gabinete, recoloque os parafusos, reconecte os periféricos, religue o cabo de força, cruze os dedos e ligue o computador. Se o Windows reiniciar sem problemas, bom sinal, mas não deixe de rodar um programa de identificação de hardware (como o  CPU-Z) para conferir se o novo processador está rodando com o clock correto. Se não estiver, você precisará acessar o CMOS Setup e ajustar as configurações respectivas (isso costuma ser necessário quando você troca o chip por um modelo que opere com um clock externo maior).

Era isso, pessoal.
Abraços e até mais ler.