quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Os altos e baixos do WINDOWS e o futuro do EIGHT


A versão 1.01 do Windows – comercializada em quatro disquetes de 5.25 polegadas/360 KB – foi lançada em 1985, mas mas o "pulo do gato" da Microsoft aconteceria somente 10 anos mais tarde com o Windows 95, já um sistema operacional autônomo.
Win.98, outro estrondoso sucesso, só largou o trono depois do lançamento do XP, já que o ME (Millennium Edition) foi um fiasco sem precedentes (embora repetido pelo Vista, lançado em 2007 com aparato publicitário digno do nascimento de um príncipe, mas cuja pífia participação no mercado concedeu ao seu antecessor uma sobrevida pra lá de significativa (veja detalhes na ilustração da direita).
Atualmente, o Seven é tido e havido como o melhor SO para PCs de todos os tempos, até porque o Eight, lançado há pouco mais de dois meses, ainda não teve tempo de mostrar a que veio. Mas já deu para perceber que a mudança foi radical, pois o recém chegado se destina tanto a suceder seu antecessor na plataforma PC quanto – ou principalmente  – alavancar a inexpressiva participação da Microsoft no segmento de tablets e assemelhados (para smartphones existe o Windows 8 Phone, mas isso já é outra história).
O furdunço começou já no lançamento, com as divergências entre o preço informado pela Microsoft e o efetivamente praticado. Além disso, a confusão entre as versões full e de atualização, as nebulosas distinções entre o Windows 8 8 Pro Enterprise RT, os novos blocos que substituem os ícones da Área de Trabalho e a exclusão do botão INICIAR, do suporte à reprodução de DVDs e do Windows Media Center complicaram a vida dos usuários. Na condição de mãe-coruja, a Microsoft não poupou despesas com marketing – segundo a FORBES, o investimento ficou em quase US$ 2 bilhões – e vem alardeando aos quatro ventos o formidável sucesso comercial do seu mais novo rebento (60 milhões de licenças – número semelhante ao alcançado pelo Seven em seus primeiros meses e, portanto, dentro das expectativas), mas reconhece que a interface radicalmente redesenhada vem “amarrando” a adoção do novo sistema por usuários de PCs convencionais, que os tablets equipados com chips x86 demoraram para chegar ao mercado e que diversos dispositivos que executam o Windows RT – versão para tablets com ARM – não tiveram o tipo de distribuição “ideal”.
Por outro lado, os fabricantes de PCs atribuem ao Eight a culpa por não terem atingido suas metas de vendas, e pesquisas independentes dão conta de que boa parte dos entrevistados desconhecia o novo sistema – e, dentre os que sabiam de sua existência, apenas uma minoria alegou ter interesse em adotá-lo (veja a matéria publicada no Huffington Post a propósito). Entretanto, na opinião do Mestre Piropo – um dos mais respeitados colunistas de informática do Brasil –, analisar este tipo de dados é uma curiosa ciência, na qual os mesmos números podem levar a conclusões bastante diferentes, conforme as convicções de quem os analisa.

Observação: 89,8 milhões de PCs foram vendidos em todo o mundo no quarto trimestre de 2012. Essr número ficou 6,4% abaixo do resultado obtido no mesmo período do ano passado e representa o pior desempenho do setor em mais de cinco anos.

A título de curiosidade, a StatCounter ainda não registra o Eight em seu gráfico, mas a NetMarketShare, que já leva em conta o mês em curso, indica que ele abocanha 1.72 pontos percentuais (confira na ilustração ao lado).

Pelo andar da carruagem, é provável que o mais novo rebento da Microsoft compartilhe as prateleiras com seu sucessor durante um bom tempo. Aliás, não custa lembrar um upgrade desse quilate só é viável depois que a nova versão receber seu primeiro Service Pack (pacote de updates e hotfixes destinados a corrigir bugs e agregar novas funções ao programa). No caso específico do Eight  que o próprio Paul Allen (co-fundador da empresa de Redmond) achou confuso, há que se levar em conta também o desconfortável período de adaptação que os usuários terão de amargar para reaprender a usar o computador. Enfim, vamos esperar para ver no que isso vai dar.
Abraços a todos e até amanhã.