quinta-feira, 14 de março de 2013

TV A CABO - O GOLPE


Antes de qualquer outra coisa, Habemus Papam. 
No final da tarde de ontem, subiu a fumacinha branca e, como num milagre do Espírito Santo, temos um novo Papa. Jesuíta (contrariando as expectativas), e Argentino... Ainda bem que eu não sou fã de futebol. Enfim, dizem que DEUS é brasileiro, de maneira que...  

Lá pela década de 80, quando os fumantes podiam dar suas baforadas sem que ninguém lhes enchesse o saco, o (então famoso) jogador Gérson protagonizou um comercial do cigarro Vila Rica com o bordão “o importante é levar vantagem”, aludindo à boa qualidade aliada ao baixo preço dessa marca. No entanto, não demorou para que a assim chamada “Lei de Gérson” passasse a ser vista como algo nocivo, onde levar vantagem implicava ignorar os princípios da ética e da moral – como é no caso de quem faz “gato” na rede elétrica ou de TV a cabo, apenas para citar uma prática largamente utilizada – não só, mas principalmente – por moradores de “comunidades” (hoje é politicamente incorreto falar em “favelas”).
Falando em TV a cabo, há diversas maneiras de surrupiar o sinal. O método varia conforme a tecnologia utilizada pela operadora; às vezes, basta instalar um splitter (conector “em T” que funciona como um benjamim) para compartilhar o serviço pago pelo vizinho, mas maracutaias mais sofisticadas contam geralmente com a participação dos instaladores, que oferecem um decodificadores capazes de acessar todos os canais sem a incomodativa contrapartida da fatura mensal.

Observação: No meu caso específico, o cara era realmente funcionário da TVA – hoje VIVO TV – e o desbloqueio, que custaria R$ 600, seria feito mediante a substituição do cartão convencional (aquele que a gente precisa remover e reinserir para restabelecer o sinal após um apagão, por exemplo) por um “módulo” usado pelos técnicos para destravar e testar os canais. Todavia, há escroques que se passam por prepostos da empresa e tomam o dinheiro dos incautos em troca de um cartão grosseiramente falsificado e um número de telefone “frio” (qualquer coisa, doutor, liga direto pra mim). Valendo-se de técnicas de engenharia social, eles convencem o "cliente" a aguardar uma ou duas horas até que “o sinal seja liberado” e, com a grana no bolso, saem em busca da próxima vítima.

Num mundo perfeito, qualquer cidadão de bem denunciaria um funcionário desonesto a seu empregador, mas como não vivemos num mundo perfeito, cautela e canja de galinha...

Um ótimo dia a todos.