RESPEITO É
BOM E CONSERVA OS DENTES.
Até a virada do século, a política de contas e
senhas do Windows era
“coisa para inglês ver”. No Millennium, por exemplo, bastava você
pressionar a tecla ESC para fazer o logon sem
precisar digitar senha alguma.
Para piorar, vivíamos a era do Computador da Família, onde o mesmo
PC era compartilhado por todos os membros, quase sempre através da conta de Administrador,
o que não só comprometia a privacidade individual, mas também implicava no
risco de alguém modificar inadvertidamente configurações importantes que afetassem todos os usuários. Já com o XP, que
foi baseado na plataforma NT, surgiram as contas de administrador
e de usuário-padrão, cuja diferenciação de poderes tornou-o bem mais segura do que seus antecessores.
Observação: O Windows sempre foi considerado
menos seguro do que o Mac OS ou o Linux (que tampouco são
infalíveis, é bom que se diga), e isso lhe rendeu alcunhas como Ruíndows,
Peneira, Colcha de Retalhos, etc. Todavia, muito dessa
“insegurança” advém da sua indiscutível popularidade (atualmente, as
edições XP, Vista, Seven e Eight abocanham quase
80% do seu segmento de mercado em escala mundial), que o torna o alvo
preferido pelos crackers, desenvolvedores de pragas digitais e outros
cibercriminosos de plantão.
No entanto, a
maioria dos usuários ignorou solenemente as vantagens da conta limitada, em parte porque muitos
aplicativos de então, desenvolvidos com vistas à plataforma 9x/ME,
não funcionavam direito sem poderes administrativos. Sensível a esse
problema, a Microsoft desenvolveu o Controle de Conta de Usuário
(UAC), que foi implementado originalmente no Vista e mantido nas edições
posteriores. Basicamente, o que ele faz é limitar os poderes do administrador
e, por tabela, impedir que aplicativos e processos gravem
arquivos em pastas do sistema (em partições NTFS) e alterem as chaves HKEY_LOCAL_MACHINE
e HKEY_CLASSES_ROOT do Registro (que afetam todos os usuários).
Assim, sempre que um programa precisar de amplos poderes administrativos (ou pede
elevação, como se costuma dizer), uma caixa de diálogo com um dos ícones a
seguir solicitará a autorização expressa do usuário:
Neste caso, uma
configuração ou recurso nativo do sistema, com assinatura digital válida,
precisa de sua permissão para iniciar, e geralmente é seguro autorizar.
Desta feita, um
programa que não faz parte do Windows é que pede sua permissão. Esse programa
costuma ter uma assinatura digital válida que autentica a identidade do
respectivo desenvolvedor. Na dúvida, clique em Mais informações ou faça
uma busca na Web a partir do nome do dito-cujo.
Trata-se agora de um
programa sem fornecedor conhecido. Isso não significa necessariamente um
perigo, mas convém redobrar os cuidados. Se você não se lembra de tê-lo instalado
a partir de uma fonte confiável, faça uma busca na Web para saber se não é um software
mal-intencionado.
O ícone à esquerda
indica que o programa em questão não é confiável e, portanto, foi bloqueado
pelo administrador do sistema.
Agora, cá entre nós, será realmente importante o Administrador do sistema usar uma conta de usuário-padrão no seu dia-a-dia?
Amanhã a gente descobre; abraços e até lá.
Amanhã a gente descobre; abraços e até lá.