UMA
DESCULPA É UMA MENTIRA DISFARÇADA.
O Windows e seu sistema de alocação de arquivos gravam
dados no HD preenchendo os clusters disponíveis em ordem crescente,
começando pelo mais próximo da borda e seguindo pelos subsequentes, ainda que
eles estejam no meio de uma extensa área ocupada e haja espaço sobrando logo
adiante. O cluster é a menor "porção" de espaço que o
sistema consegue acessar, e seu tamanho (número de setores) varia de 1 a 64, dependendo de uma série
de fatores que, agora, não vêm ao caso. Um arquivo bem pequeno pode caber
integralmente num único cluster, mas os maiores são divididos e distribuídos
pelos clusters livres subsequentes.
Observação: Um
cluster não pode conter mais do que um arquivo, mas um arquivo pode ser
distribuído por vários clusters, tantos quantos forem necessários para abrigá-lo
integralmente.
Essa maneira peculiar de gerenciar
o espaço faz com que as constantes gravações, edições, apagamentos e regravações
resultem na pulverização dos dados por toda a superfície dos pratos magnéticos.
Como a cabeça de leitura precisa remontar os arquivos antes de carregá-los na memória RAM, é fácil concluir que,
quanto maior o índice de fragmentação, mais lento ficará o sistema. Então,
se você usa seu PC diariamente, habitue-se a desfragmentar o HD ao menos uma
vez por mês (desde que seu drive seja eletromecânico, já com modelos SSD a
história é outra).
Até o Win ME, o Defrag (desfragmentador
nativo do Windows) só proporcionava bons resultados quando executado no modo de segurança. (opção que inicia o
computador em um estado limitado, carregando somente arquivos e drivers
essenciais). O XP trouxe a possibilidade rodar a ferramenta e
executar outras tarefas ao mesmo tempo, mas como a máquina fica lenta e pode
parar de responder, de modo que o melhor a fazer é desconectar a Internet,
encerrar todos os programas – inclusive o antivírus – e ir tirar um cochilo,
lavar o carro, namorar ou cuidar de outros assuntos.
Nas versões mais recentes do Windows, a fragmentação é menos
significativa, até porque o próprio sistema previne sua ocorrência. Por isso, a
Microsoft automatizou o Defrag e até
suprimiu o comando respectivo no Windows
Vista, mas acabou voltando atrás no Seven.
Observação: Muitos analistas asseguram
que a ferramenta nativa do Windows foi aprimorada e ficou
até melhor do que os utilitários
renomados, como o Puran
Defrag e o Smart Defrag 2
(os meus favoritos na categoria dos freewares, pois incluem desfragmentação off-line –
feita durante a inicialização, de maneira a atuar sobre arquivos que ficam
inacessíveis depois que o Windows é carregado –, a otimização – regravação
dos arquivos do sistema no início do disco para acelerar o desempenho –, a consolidação
do espaço livre, e por aí vai).
No entanto, como o Defrag vem
programado para rodar todas as quartas-feiras à 1h da madrugada – e só o
fará se a máquina estiver ligada –, clique no botão Configurar
agendamento e ajuste esses parâmetros, ou rode-a manualmente clicando
em Iniciar > Todos os programas > Acessórios > Ferramentas do
Sistema > Desfragmentador de disco. Concluída a análise, se o grau de
fragmentação justificar, clique em Desfragmentar agora e aguarde a
conclusão do processo (que pode demorar um bocado, conforme o tamanho do disco,
o espaço ocupado e o grau de fragmentação). Caso opte por utilizar uma
ferramenta de terceiros, selecione Configurar
agendamento, desmarque a caixa Executar
seguindo um agendamento e confirme.
Um ótimo dia a todos.