O ARREPENDIMENTO É INEFICAZ
QUANDO A REINCIDÊNCIA É RECORRENTE.
A mais nova edição do mais popular sistema operacional para
PC de todos os tempos vem merecendo destaque aqui no Blog desde a última quarta-feira,
quando foi lançada oficialmente em 190 países. E hoje não será diferente,
pois essa “novela” mal começou. Mas como nem só de Windows 10 se faz um Blog de informática, amanhã a nossa pauta
retornará ao trivial variado de costume, embora possa ser interrompida a
qualquer momento por novos fatos sobre o mais novo rebento da Microsoft.
Passando ao mote desta postagem, a gestação do Windows 10 foi pródiga em situações
inusitadas e informações desencontradas, a começar pelo nome atribuído à nova
edição – ou número, melhor dizendo (para relembrar essa história, siga este
link) –, que dá margem a uma especulação interessante, até porque há tempos
que a Microsoft “dá uma no cravo e
outra na ferradura”.
Depois da
festejada edição 95 – que guindou o que até então era uma
simples interface gráfica baseada no MS-DOS à condição de sistema
operacional autônomo –, o Windows só voltou a emplacar na edição 98
(SE), considerada por muitos como a melhor de todos os tempos, que,
aliás, o Win ME – lançado a toque de caixa para aproveitar o apelo
mercadológico da “virada” do século –, não conseguiu desbancar – tarefa que o XP
cumpriu com maestria. Depois de novo fiasco de público e crítica (Windows Vista), a Microsoft tornou
a dar a volta por cima com o Seven,
mas o Eight não decolou, nem mesmo na versão 8.1.
Seguindo essa cadência, o Nine teria grandes chances de ser um natimorto, mas como quem nasceu
foi o Ten, vamos esperar para ver.
Exercícios de futurologia, mesmo quando baseados em fatos cíclicos,
são sempre temerários. Prova disso é que, para não deixar sua cria à própria
sorte, a mamãe Microsoft resolveu “dar
uma mãozinha” para incentivar os usuários a adotá-la mais rapidamente, o que
fez contemplando mais de 1 bilhão de “candidatos” com o upgrade gratuito e
concedendo para tanto o confortável prazo de um ano, contado a partir do último
dia 29, data do lançamento oficial da nova versão em âmbito mundial. No
entanto, como os pioneiros são reconhecidos pela flecha espetada no peito e
cautela e canja de galinha não fazem mal a ninguém, a prudência recomenda
aguardar a poeira baixar antes de se aventurar a servir de “boi de piranha” – mais
detalhes na postagem da última sexta-feira (31).
Voltando ao que eu dizia sobre informações desencontradas,
as próximas linhas vão para os usuários de versões “capitão gancho” do Windows 7 SP1 e 8.1 – que, num primeiro momento, teriam direito à evolução gratuita,
mas, mais adiante, acabaram excluídos da lista dos contemplados. A “boa notícia”
é que as medidas de segurança implementadas pela Microsoft parecem não ter funcionado lá muito bem, pois não faltam
relatos de atualizações feitas a partir de cópias piratas, que além de conceder
acesso ao novo sistema, torna seus usuários “proprietários legítimos” sem gastar
um tostão.
Observação: Até onde eu consegui apurar, esses “felizardos”
não recorreram a prodígios de magia ou medidas esotéricas afins para “esquentar”
seus sistemas; apenas baixaram os arquivos, procederam à instalação e assim
ganharam acesso a todos os recursos do TEM, à respectiva loja virtual e ainda
uma chave de ativação (nas propriedades do sistema, consta que essas cópias estão
regularmente ativadas).
Convém ter em mente que a Microsoft deve bloquear as
atualizações do novo sistema para cópias ilegais, e quem sabe aí a “porca torça
o rabo”. Então, como eu sempre dito quando o assunto é pirataria de software,
fica a critério (e na consciência) de cada um. Para mais detalhes, acesse a sequência de
postagens iniciada por esta
aqui.
Ah, eu já ia me esquecendo: quem fizer a migração e não
gostar do resultado terá 30 dias para reverter seu PC ao status quo ante. Eu estava justamente matutando se bastaria criar
um ponto de restauração (ou usar o ponto que é criado automaticamente quando da
instalação de patches via Windows Update ou através das atualizações
automáticas) para desfazer o upgrade, quando vi que essa dúvida foi
contemplada na seção de perguntas
e respostas da Microsoft sobre o Windows 10, onde a mãe da criança
afirma textualmente o seguinte: "Sim. Apesar de nós acharmos que você vai
amar todas as novidades do Windows 10, você terá um mês depois do upgrade para
voltar atrás à versão anterior do Windows do seu dispositivo". E o
procedimento é extremamente simples: basta clicar no Menu Iniciar, acessar Configurações
> Atualizações e segurança > Recuperação e pressionar o botão "Introdução" do item "Voltar para o Windows 7/8/8.1. Em
seguida, você deve definir uma opção que justifique sua regressão para disparar
o downgrade. Mas é bom ficar esperto: findo o prazo de 30 dias, esse recurso se
limitará a reverter a uma build anterior do próprio Windows 10.
Abraços a todos e até mais ler.