terça-feira, 15 de setembro de 2015

COMPUTADOR NOVO. VOCÊ SABE O QUE FAZER AO TIRÁ-LO DA CAIXA?

O MUNDO NÃO ESTÁ INTERESSADO NOS TEMPORAIS QUE VOCÊ ATRAVESSOU, E SIM SE VOCÊ CONSEGUIU TRAZER O NAVIO.

Como vimos no post anterior, não basta tirar o computador novo da caixa, conectar os periféricos, ligar o cabo de energia, abrir o navegador e surfar alegremente pela Web. Mesmo que não seja preciso configurar o CMOS SETUP, atualizar o BIOS da placa-mãe e o firmware de diversos componentes, inicializar o HD e instalar o sistema "do zero" (como você teria que fazer ao final de uma integração caseira), é fundamental rodar o Windows Update e instalar todas as correções/atualizações críticas e de segurança disponíveis para o seu sistema.

Observação: Se lhe parece estranho que uma máquina novinha em folha tenha atualizações pendentes, lembre-se de que muita água rolou por baixo da ponte desde o lançamento da edição do Windows fornecida com o seu PC, e que os respectivos arquivos de instalação não integram (e nem poderiam) as atualizações disponibilizadas pela Microsoft depois da criação da mídia usada pelo fabricante para instalar o software no aparelho. Note que a primeira atualização pode exigir que o Windows Update seja executado diversas vezes, pois algumas atualizações só instalam depois que outras tenham sido efetivadas, o que pode exigir também várias reinicializações do computador.

Máquinas de grife trazem o Windows em OEM modalidade de distribuição de software mediante a qual as empresas "parceiras" da Microsoft adquirem as licenças "em lote", mais baratas do que as cópias FPP (na caixinha). Nesse caso, é comum o fabricante fazer personalizações (incluir programas próprios e de terceiros, drivers de chipset e de dispositivos, etc.) e, em vez de fornecer o DVD original ou uma cópia customizada, eles costumam criar uma partição oculta no HD com os "arquivos de restauro", a partir dos quais é possível reverter o software às configurações de fábrica (mais detalhes na trinca de postagens iniciada por esta aqui).

Concluída a atualização do Windows e respectivos componentes, instale seu arsenal de segurança preferido caso pretenda usar as ferramentas nativas do sistema, acesse o Painel de Controle e assegure-se de que o Windows Defender e o Firewall do Windows estejam devidamente atualizados, ativos e operantes (para sugestões de antivírus de terceiros, tanto pagos quanto gratuitos, além de opções online para uma segunda opinião, acesse a dupla de postagens iniciada por esta aqui).

Embora o Windows seja capaz de reconhecer e instalar a maioria dos dispositivos de hardware existentes no mercado à época do seu lançamento, é sempre preferível utilizar os drivers desenvolvidos pelos fabricantes da placa-mãe e dos demais componentes (para mais detalhes, clique no link que eu incluí a propósito na postagem anterior). Em tese, essa providência deve ser tomada pela empresa responsável pela montagem do aparelho, mas como na prática a teoria costuma ser outra, não custa você conferir. Note, porém, que você não precisa recorrer o Gerenciador de Dispositivos ou visitar o site de cada um dos fabricantes, até porque existem diversos programinhas (inclusive gratuitos) que se encarregam do trabalho pesado, como o DriverMagician (eu, particularmente, uso e recomendo o Driver Booster 2, da IObit).

O próximo passo é eliminar o crapware ou bloatware, como também são chamados os apps inúteis que costumam vir "de brinde" porque os fabricantes recebem um incentivo ($$) dos desenvolvedores de software para promocionar versões freeware ou de avaliação de seus produtos. Para o usuário, no entanto, mesmo que não tenha a menor utilidade, qualquer app instalado ocupa espaço no disco rígido e disputa seu quinhão de memória RAM e de ciclos de processamento da CPU. Para identificar essas sanguessugas, você pode clicar em Iniciar e expandir a lista Todos os programas, mas não hesite em recorrer ao SlimComputer ou ao PCDecrapfier, que detectam e eliminam os inutilitários mais comuns.

Observação: Embora seja possível usar o desinstalador nativo do Windows (acessível via Painel de Controle) para remover programas, você obterá melhores resultados se recorrer a ferramentas dedicadas, que oferecem mais opções e eliminam também a maioria dos resquícios que os desinstaladores dos aplicativos costumam deixar para trás.  

Quando tudo estiver nos trinques, resgate seus backups de arquivos pessoais, reinstale seus aplicativos preferidos e crie uma imagem das configurações do sistema (para saber como fazer isso com a ferramenta nativa do Windows, acesse esta postagem; caso queira recorrer a aplicativos de terceiros, procure conhecer o Macrium Reflect Free). Assim, caso sobrevenha alguma intercorrência que prejudique irremediavelmente o funcionamento do computador, você não precisará reinstalar o Windows do zero; bastará fazê-lo a partir dessa imagem, que o software retornará ao status quo ante, do jeitinho que se encontrava no momento em que a imagem foi criada.

Espero ter ajudado. Abraços a todos e até mais ler.