PARA OLHOS
TORTOS, A REALIDADE SEMPRE TERÁ UMA FACE DISTORCIDA.
Computadores
existem desde meados do século passado, mas, até a década de 70, eram os
portentosos mainframes que reinavam
quase absolutos, trancados em salões refrigerados e operados por uma seleta
confraria de especialistas.
Embora os
primeiros microcomputadores tenham sido desenvolvidos (na Rússia), em meados dos anos 1960, a computação pessoal somente se popularizou entre usuários domésticos
após a criação da (hoje) consagrada Empresa
da Maçã, em 1976, e do lançamento do Apple
II, no ano seguinte ― que, por ser vendido montado e com teclado integrado,
e ter capacidade de reproduzir gráficos coloridos e sons, esse modelo é tido
como o primeiro representante dos computadores pessoais “modernos”).
Voltando
agora dessa breve viagem pelo tempo e passando ao mote desta postagem, a Apple, fabricante do consagrado e
ambicionado iPhone, tenciona aumentar
para 3 anos o intervalo entre as versões e proceder, nesse entretempo, apenas a
“mudanças evolutivas”. Afinal, enquanto não surgir uma tecnologia inovadora, os
avanços em hardware ficam limitados a microchips mais rápidos e baterias com
maior autonomia ― em outras palavras, os benefícios reais já não justificam o
lançamento de novos modelos a cada 6 ou 12 meses, como vem ocorrendo desde a
primeira versão, criada em 2007. Veja que, com a exceção de algumas melhorias
na câmera e na bateria, e da resistência a água, o iPhone 7 deverá ser praticamente idêntico ao 6. Já o preço...
O fato é
que, ao escolher um aparelho, a maioria dos usuários prioriza a marca, o design
e o tamanho da tela, por exemplo, em detrimento de aspectos bem mais
importantes, como a quantidade de memória (veja detalhes nesta
postagem) ou o sistema
operacional, também por exemplo. Aliás, “ofertas imperdíveis” quase sempre integram
software ultrapassado, quantidade de memória aquém do desejável, câmera de má
qualidade, e por aí afora.
No que diz
respeito ao sistema, o Android
domina o mercado ― o iOS é uma opção
exclusiva para produtos da Apple, e
o sistema operacional da Microsoft
para dispositivos mobile nem chega a incomodar a concorrência ―, e está na
edição 6.0, mas ainda é possível
encontrar aparelhos rodando o obsoleto Android
2.3, lançado no final de 2010 (na maioria dos casos, porque limitações de
hardware rodar os impeçam de rodar versões posteriores).
Ainda que o preço seja
convidativo, convém você fugir desses micos, ou não terá acesso a apps
como o navegador Google Chrome e a
assistente pessoal Google Now, por
exemplo, não contará com diversas melhorias de usabilidade, e ainda estará
exposto a falhas de segurança já corrigidas nas edições mais recentes. E não acreditem em informações sem procedência do vendedor, de que eventual
atualização será disponibilizada nos próximos meses, e blá, blá, blá,
notadamente se o aparelho for de baixo custo. Então, a não ser que você
tencione usar seu smartphone exclusivamente para fazer e receber chamadas por voz e mensagens
de texto (para o que um celular de baixo custo já estaria de bom tamanho),
evite modelos que venham com sistema Android anterior ao 4.1, que já oferece a maioria
dos principais recursos atuais.
Por hoje é
só, pessoal, o resto fica para amanhã. Abraços e até lá.