SÓ NÃO ESTAMOS
DE QUATRO, URRANDO NO BOSQUE, PORQUE O SENTIMENTO DE CULPA NOS SALVA.
A “paternidade” do rádio é
tão controversa quanto a do avião,
que até hoje gera polêmicas. Para alguns, o posto cabe ao padre gaúcho Roberto Landell de Moura, pioneiro na
transmissão de som e sinais telegráficos sem fio através de ondas
eletromagnéticas. Para outros, no entanto, o posto cabe ao italiano Guglielmo Marconi, que não inventou
nenhum dispositivo em particular, mas foi pioneiro no das as ondas hertzianas de
forma prática ou rotineira no âmbito da comunicação.
Na verdade, tudo começou com o inglês Michael Faraday ― descobridor da indução magnética ― e o físico
escocês James C. Maxwell ― cujos
estudos resultariam na teoria moderna do eletromagnetismo. Isso sem mencionar o
empresário estadunidense Thomas Alva
Edison, mais conhecido como o inventor da lâmpada elétrica incandescente,
mas que registrou nada menos que 1.063 patentes,
dentre elas a do diodo termiônico,
precursor das válvulas usadas nos
antigos aparelhos de rádio e de televisão.
Os primeiros rádios portáteis
remontam a meados do século passado. Eles começaram a ser fabricados logo após
a invenção do transistor, em 1947,
tornaram-se populares nas décadas se 60
e 70 ― notadamente porque
funcionavam com pilhas e eram pequenos e leves, o que permitia leva-los para
praticamente qualquer lugar ― e foram fabricados aos bilhões. Como não há nada
como o tempo para passar, os jurássicos aparelhinhos cederam espaço para o walkman e o discman (invenções da empresa nipônica Sony), e o fato de esses gadgets não disporem de alto-falantes
embutidos popularizou o uso dos fones de ouvido.
Observação: A maioria dos radinhos portáteis de
antigamente vinha com fone de ouvido ― monoaural,
incômodo de usar e de péssima qualidade sonora ―, mas que ao menos evitava
incomodar as demais pessoas com o nem sempre sofisticado gosto musical do dono
do aparelho. Já os modelos que acompanhavam o walkman/discman e, mais adiante, o festejado iPod, da Apple (lançado
em 2001), eram estereofônicos ― ou
seja, capazes de reproduzir som a partir de dois canais distintos, proporcionando
uma audição mais próxima da música ao vivo ― e bem menos desconfortáveis.
Mais adiante, quando os telefones celulares se popularizaram e
evoluíram a ponto de armazenar e reproduzir arquivos multimídia, fones de
ouvido cada vez mais sofisticados foram surgindo no mercado. Hoje em dia,
diante da vasta gama de recursos providos pelos smartphones, há uma profusão de
opções para todos os gostos e bolsos, dos mais elementares, vendidos nos
melhores camelódromos por cerca de R$ 10,
aos mais rebuscados, que podem custar milhares
de dólares.
Recentemente, a PROTESTE ― organização não
governamental voltada à defesa do consumidor ― testou 10 modelos intra-articulares (preferidos pela
maioria dos usuários, ainda que sejam menos confortáveis do que os supra auriculares) e constatou, mais
uma vez, que preço elevado não é necessariamente sinônimo de melhor qualidade.
Para que você tenha uma ideia, o modelo da marca Skullcandy, que se destacou como melhor do teste, custa mais barato
que o da consagrada fabricante JBL e
teve desempenho superior, como veremos em detalhes na próxima postagem.
Abraços a todos e até amanhã.