OS JOVENS TÊM TODOS OS DEFEITOS DOS ADULTOS E MAIS UM: A IMATURIDADE.
No jargão da informática, o termo "memória"
designa qualquer meio destinado ao armazenamento de dados, mas, por convenção,
quando usado genericamente, ele remete à memória RAM.
Os PCs utilizam diversos tipos de memória (ROM,
cache, HD, pendrives etc.), mas é na RAM que os
programas são carregados e as informações, processadas (desde o próprio sistema
operacional até um simples documento de texto). Nenhum computador atual, seja
um grande mainframe, seja uma simples calculadora de bolso, funciona sem uma
quantidade mínima de RAM.
O grande problema da RAM é sua “volatilidade” ― incapacidade de
reter os dados quando desenergizada ―, daí a gente recomendar o uso de um no-break,
que agrega à função de estabilizador de tensão a capacidade de alimentar as
aparelhos a ele conectados durante eventual falta de energia. Assim, no caso de
um apagão inesperado, você pode salvar os arquivos em que está trabalhando,
fechar os programas, encerrar o Windows e desligar o PC.
Observação:
Quem usa um notebook como
substituto do computador de mesa não está sujeito a perder o trabalho por conta
de um apagão, já que a bateria faz o papel de no-break ― desde que você
não a remova quando usar a máquina conectada à tomada, naturalmente.
Se você está pensando em comprar um no-break,
dê preferência a um modelo on-line ― também conhecido como UPS.
Dispositivos do tipo off-line são mais baratos, mas menos eficientes
(para mais detalhes, reveja esta
postagem). Nos portáteis, há
quem recomende remover a bateria sempre que o aparelho for usado ligado à
tomada, mas eu discordo; primeiro, porque o risco de sobrecarga é
inexpressivo (a bateria deixa de receber energia assim que atinge 100% de
carga); segundo, porque, permanecendo carregada, a bateria estará sempre pronta
se você precisar usar o PC em trânsito, e ainda fará o papel de no-break
se faltar energia da rede elétrica. Todavia, no caso de uso intensivo do
portátil (ao jogar games radicais, por exemplo, que propiciam um aquecimento
anormal dos componentes internos do aparelho), aí, sim, é recomendável remover
a bateria.
Para contornar o problema da volatilidade da RAM,
seu computador conta com uma mídia destinada armazenar os dados de maneira “persistente”
(não confundir com permanente, pois esse termo pressupõe a imutabilidade
dos dados), que é o HD (sigla de hard drive), ou, em aparelhos
mais modernos, o SSD (sigla de solid state drive; veja mais
detalhes nesta
postagem). Neles ficam residentes o sistema e os demais programas e arquivos
que a gente manipula quando usa o computador (de outra forma, seria preciso
reprogramar tudo a partir do zero cada vez que o PC fosse ligado, ou então,
como era feito antigamente, carregar o sistema e os programas a partir de fitas
k7, disquetes, etc.).
Os sistemas operacionais são construídos de forma
modular, e cada módulo (kernel, scheduler, gerenciador de
arquivos, etc.) é responsável pela execução de funções específicas. Nas
versões atuais, os módulos são carregados individual e seletivamente, conforme
as necessidades ― ou não haveria memória RAM que bastasse. Essa tarefa é
realizada pela CPU (ou processador), que executa milhões de
instruções por segundo.
“Fazer o Setup” significa configurar os parâmetros armazenados na memória do CMOS, de modo a permitir que o BIOS reconheça e gerencie adequadamente os componentes instalados, dê o boot e adote outros procedimentos básicos que envolvem o funcionamento do PC. Essa configuração consiste em oferecer respostas a uma longa sequência de perguntas num sistema de múltipla escolha, e costuma ser exigida somente ao final da montagem do PC ou de um upgrade abrangente, mas permite, em situações específicas, resolver problemas e/ou incrementar o desempenho do computador mediante ajustes que só devem ser feitos por técnicos ou usuários avançados, pois modificações indevidas ou malsucedidas podem comprometer ou inviabilizar o funcionamento da máquina.
Observação: Boot significa bota ou botina, mas se tornou sinônimo de inicialização
devido à expressão “pulling oneself up
by his own bootstraps” (içar a si mesmo pelos cordões das botinas), que,
por extensão, significa “fazer sozinho
algo impossível de ser feito sem ajuda externa”. Segundo alguns autores,
isso vem do tempo em que os computadores usavam uma pequena quantidade de
código para carregar instruções progressivamente mais complexas, e como esse
processo era conhecido como bootstrapping...
Considerando que a digestão de todas essas informações exige algum tempo, vamos deixar o resto para a próxima postagem. Abraços e até lá.
Confira minhas atualizações diárias sobre política em www.cenario-politico-tupiniquim.link.blog.br/
Confira minhas atualizações diárias sobre política em www.cenario-politico-tupiniquim.link.blog.br/